Capítulo 18
1758palavras
2023-08-29 08:57
Luke me contou do tremendo vexame que dei na outra noite, aparentemente misturar vários tipos de bebida faziam isso com uma pessoa e foi assim que eu acabei com um vestido todo vomitado, ele tendo que tirar minha roupa e dormir ao meu lado para se certificar que eu não fosse engasgar com o próprio vômito durante a noite.
— Antes de matar a bebida humilha. — foi o que ele me disse enquanto eu colocava uma camisa dele e uma calça moletom, para poder chegar em casa mais ou menos apresentável.
Sem dúvida foi memorável e nunca voltaria a se repetir, ao menos não a parte do vômito e de não lembrar de nada pela manhã, porque de resto a noite foi ótima.
Quando chegamos na casa de Rosa eu confesso que quis muito subir correndo as escadas e contar para Alejandro como foi a noite, contar dos amigos de Luke e do meu primeiro porre.
Até mesmo falar sobre nossa pegação da noite passada. Como ele reagiria se soubesse que seu amigo e eu quase transamos na bancada da cozinha?
Mas eu não queria incomodar ele, o homem provavelmente estava dormindo ou fazendo alguma coisa naquele notebook, onde ele se enfiava nos últimos dias, então me contentei em ficar na sala conversando com Carla e Rosa.
— Eu tenho dez vestidos de madrinhas pra fazer e ainda não terminei de desenhar o vestido da noiva! — Carla resmungou pela milésima vez e no fundo pude ver John revirar os olhos enquanto ela reclamava. — Eu não posso ficar andando por aí com um guarda costas.
Era engraçado ver a revolta dela, mas eu sabia que no seu lugar me sentiria do mesmo jeito. Ninguém merece ter que mudar a vida do dia pra noite só por conta de um marido abusivo, pior ainda ganhar uma sombra.
— Mas eu não vejo no que o menino vai te atrapalhar. — Rosa interveio. — Ele por acaso tira de você seus lápis e papéis? O garoto fala o tempo todo e bagunça o ateliê pra que as costureiras não possam trabalhar?
O homem que estava sentado em uma cadeira no canto da parede, se mantendo alerta o tempo todo, sorriu largo quando ouvi as palavras de Rosa.
— Obrigada Dona Rosa. — ele murmurou e Carla se virou para trás semicerrando os olhos, parecendo prestes a voar no pescoço dele.
— De nada meu filho. Você só está aqui pra ajudar e essa ingrata não reconhece isso! — ela afirmou fazendo a filha bufar.
Era por isso que eu adorava aquela mulher, não importava se era seu filho ou uma visita, se estivesse errado iria ouvir poucas e boas.
— Mas falando sério agora Carla, qual é o problema ter John por perto pra te proteger? — eu perguntei realmente curiosa, mas já estava começando a desconfiar da resposta.
Ele era novo e terrivelmente lindo, cabelos castanho perfeitamente penteados, ombros largos, braços fortes dentro do terno e olhos azuis que hipnotizavam.
— Ele é uma distração! — ela bradou com raiva antes que percebesse o que falava. John mordeu os lábios no fundo, tentando conter o riso, mas Rosa simplesmente explodiu em uma risada. — Não pra mim! Credo, ele é novo de mais. Mas as meninas que trabalham comigo não tiram os olhos dele e esquecem de fazer o serviço.
E por falar em serviço, meus pensamentos voltaram para o homem no andar de cima. Luke tinha saído dali há alguns minutos e ainda não havia voltado. Será que tinha acontecido alguma coisa com Ale?
Me virei olhando para as escadas, mas onde eu estava não conseguia ver nada.
— Para com isso menina, deixa de bobagem. Anda vamos à cozinha fazer alguma coisa pra comer. — Rosa levantou arrastando a filha por uma mão e John pela outra. — Você não vem Magie?
— Já vou Rosa, só vou usar o banheiro rapidinho. — eu precisava mesmo usar o banheiro, mas minha necessidade maior no momento era saber como Alejandro estava.
Mas não precisei ir longe para achá-lo. Luke e Ale estavam parados na frente da escada, a conversa parecia um tanto séria pelas expressões nos rostos.
— Barbie! — Alejandro pareceu surpreso ao me ver ali.
Será que Luke já tinha dado com a língua nos dentes e falado sobre ontem a noite? Pior, será que eles estavam brigando por causa do beijo?
— Posso saber o que está acontecendo aqui? — questionei colocando as mãos na cintura e tentando conter meu interesse.
— Luke estava brigando comigo por descer sozinho as escadas. — foi Alejandro quem respondeu, relaxando os ombros e se segurando melhor no amigo.
— Humm — olhei de um para o outro com desconfiança. Será que era só isso mesmo? — E ele está certo em brigar, você parece que não conhece a palavra repouso. Anda, vai sentar e apoiar essa perna no sofá.
— Vai me ajudar a chegar lá, Barbie? — ele usou aquele tom de provocação, mas eu não podia cair, sabia que se o tocasse e ficasse muito próxima iria ser tomada pelo desejo do outro dia.
— Eu não, Luke pode muito te carregar. Eu vou subir por um instante. — falei já passando por eles e subindo correndo as escadas.
Podiam me chamar de covarde, de medrosa, não me importo, só não ia ficar babando em cima do cara que deixou claro que nada ia acontecer entre nós dois.
Ficamos o resto da tarde ali na sala, conversando e comendo aproveitando o clima mais friozinho que a chuva tinha trazido para o domingo. Mas quando a noite chegou magicamente todos se foram, Carla saiu levando John com ela, Rosa pegou carona com Luke para a casa da filha.
Alejandro já estava de volta ao seu quarto e eu tinha que ir lhe dar os remédios. Ok, não era o fim do mundo ter que cuidar dele, era o mínimo que eu podia fazer estando ali e depois de tudo o que ele tinha feito por mim. Mas estar naquela situação né lembrava quando ele tinha me puxado para o seu colo e me feito gozar como ninguém nunca antes conseguiu.
— Parece que vai chover de novo. —comentei entrando no quarto e me sentindo ridícula por não ter pensado em algo melhor para puxar conversa.
— Tomara, aí minha mãe não vai voltar pra casa e minha irmã também, deixando nós dois sozinhos.
Eu paralisei na metade do caminho, com o remédio e o copo de água estendidos enquanto eu tentava processar o que ele tinha acabado de dizer.
Ele não podia estar falando isso com segundas intenções, acho que eu estava ficando maluca, só isso. Como diria Luke o tesão acumulado estava me humilhando antes de me matar. Parecia até que Alejandro tinha despertado uma fera depravada, que tinha estado adormecida todos esses anos e com o orgasmo que ele me deu ela acordou.
— Já está cansado de todo mundo? — perguntei voltando a mim. — Não faz nem uma semana que está nessa cama.
— Não estou cansado de todo mundo, só me cansei de não ter você aqui na minha cama. — um vinco se formou na minha testa enquanto eu o encarava tomar o remédio.
Ele estava jogando comigo agora? É sério? As alfinetadas que trocávamos e os flertes, não eram nada como isso que ele estava falando. Alejandro estava sendo direto com as palavras, mas não fazia sentido depois dele mesmo ter dito para esquecermos o que aconteceu.
— Acho que você deve estar com febre. Falei que ficar comendo aquelas porcarias não ia te fazer bem. — peguei o copo da mão dele e me virei. — Vou ver se encontro o termômetro.
Mas antes que eu fosse muito longe um estalo ecoou pelo quarto e no segundo seguinte senti minha bunda esquentar. Me virei perplexa para ele, não conseguia acreditar que ele tinha mesmo feito aquilo.
— Deixe de ser medrosa e venha aqui! — ele bateu nas próprias pernas, mostrando onde me queria, mas eu ainda estava em choque.
— Você... Você acabou de me dar um tapa na bunda?
— Dei e vou dar outro se você não sentar ela no meu colo agora! — ele exclamou sério, sem nenhum resquício de brincadeira em seu rosto. — Senta aqui Barbie e me deixa te fazer gozar de novo.
Eu ergui as mãos para o teto e bufei indignada. Ele ia mesmo ficar naquele esquenta e esfria comigo? Eu não era uma criança pra aguentar essas palhaçadas dele.
— Você se escuta? Um dia atrás você estava me mandando esquecer o que aconteceu entre nós e agora me fala isso? — o encarei bem de perto, Eu disse que queria uma amizade com benefícios Alejandro, não fazer joguinhos.
O homem se curvou vindo mais perto e agarrou minha mão, eu me virei para sair, mas ele foi mais rápido e em uma fração de segundos que isso aconteceu, ele me puxou com força me sentando em seu colo com as costas grudadas em seu peito.
— Eu falei aquilo achando que ia ser fácil esquecer e fingir que nada aconteceu, mas é impossível. — ele me segurou pela nuca se certificando que eu ia ficar parada, enquanto a outra me segurava pela cintura.
— Alejandro... — tentei protestar, mas a boca dele encontrou o caminho até meu pescoço e ele lambeu minha pele.
— Não consegui parar de pensar nos seus gemidos. — os dentes dele rasparam atrás da minha orelha antes dele sugar o lóbulo me fazendo fechar os olhos e suspirar. — A sua pele macia, os seios grandes e deliciosos na minha boca. — os lábios dele desceram por meu ombro e eu tombei minha cabeça de lado sem conseguir conter. — Não tem como esquecer da sua boceta apertada e molhada, espremendo meus dedos e encharcando a minha mão enquanto eu te masturbava.
— Ale... — eu engoli em seco quando a mão em minha cintura deslizou até meu quadril.
Minha boceta já estava começando a pulsar só com aquelas palavras e os beijos dele no meu pescoço. Eu rebolei contra ele precisando de um alívio, buscando um atrito qualquer que me ajudasse a gozar.
— Você está molhada agora? — ele questionou voltando a boca para minha orelha. — Me diz que você também não consegue me esquecer, que não para de pensar no meu pau em sua boca, dos sons que você me arrancou enquanto chupava e lambia meu cacete?