Capítulo 72
1726palavras
2024-01-27 00:21
DAVIKA
O que é a dor se não algo que fere o corpo e mata a alma
O sofrimento humano a pura aflição a angústia a agonia tudo nos leva a um mundo de arrependimentos seja físico ou emocional em algum momento a dor o fará de sua vítima a pena, a misericórdia a compaixão e clemencia sentimentos esses que nos torna capazes de perdoar nada disso sinto quando a minha frente Sérgio amaldiçoa com palavras cheias de vulgaridade por que não serei eu a puxar as cordas que regem esse teatro por que no palco da vida eu junto de Oz nós somos os únicos com qualidades que só nos transforma em protagonistas pois como um Vilão de baixo nível e nenhuma relevância o homem que me capturou não sobrevivera ao amanhã para testemunhar o lindo dia que virá

Seu grande porte o faz notável, sua personalidade é o que o faz desprezível e sem possuir algo que possa ser chamado de bom é a sua insignificância que junto com a sua tolice é o que o converte em um idiota de primeira classe suas conquistas não são grandes já suas falhas são enormes onde as pessoas veem um líder a ser seguido eu vejo um homem tão movido pela inveja que será a sua ambição que o destruirá
Sérgio poderia alcançar a grandeza
Mas ao invés disso seus ideais são tão corrompidos que a sua morte seria um favor a humanidade
- O que pensa que está fazendo seu idiota? - gritando a plenos pulmões Sérgio tem ira estragando as suas feições
O som de tiros e mais tiros soam pela noite e sem que os trovões consigam encobrir todo o barulho é em meio a tempestade que a esperança começa a brotar em meu coração Oz jamais me deixaria ser só mais uma vítima para a violência Oliver como um homem leal as suas ideias ele certamente não ensinaria a seu filho a ser indigno por que como um homem meu menino aprendeu bem o significado de lealdade
- Estou me demitindo isso não está claro? - como se achasse que Sérgio é estúpido por não saber ler os sinais o grande homem indica a arma que está em suas mãos - Isso certamente não mostra a minha satisfação em trabalhar com você

- Quando? - o pai de Miguel o questiona mal controlando a sua raiva - Quando que você começou a ter contato com Mathias?
Minhas mãos ansiosas para ficarem livres elas começam a trabalhar incessantemente a dor onde as cordas tocam não pode ser ignorada mas é me esforçando em enorme quantidade que dividida entre toda a conversa sendo feita e a busca por liberdade que ferindo a minha pele ainda mais eu oro para que na escuridão da noite seja um final feliz que nos acompanhe para fora desse armazém
Hum
Talvéz eu até consiga que Oz me peça em casamento

- Desde o inicio - ele responde - Tudo foi um plano de Mathias o seu segundo em comando precisava morrer para que assim eu assumisse o seu lugar e foi ao seu lado como um cão de guarda que mantive o seu filho informado de tudo e não é engraçado que você um homem que se gabava se sua grande inteligência nem fazia ideia de que estava sendo enganado por tanto tempo? - rindo ele destranca a porta
- Você está morto - meu captor o ameaça - Assim que colocar as minhas mãos em você ninguém poderá o reconhecer
- Eu não penso assim - apontando para fora onde a chuva cai em grande peso ele tem um sorriso provocador em seus lábios - Eu soube que você irritou a Besta e devo dizer que nenhuma ameaça que fizer será levada a sério já que caçado por um animal de hábitos tão ruins você não viverá tempo o suficiente para cumprir com o que diz
- Eu não tenho medo - meu captor tem arrogância pingando em seu tom - Não importa quem vier eu derrubarei cada um até chegar em você por que não se engane Jonas eu ainda o farei em uma massa sangrenta
- Sim certo - debochando Jonas vai embora e fechando a porta agora eu tenho um Sérgio paranoico que checando a sua arma ele demonstra está atento ao ambiente que nos cerca
Minhas tentativas de me soltar começa dar resultados e com as cordas um pouco frouxas é com o pai de Miguel repentinamente me dedicando a sua atenção que meus movimentos cessam quando chegando tão perto Sérgio segura o meu queixo o aperto é doloroso e com o seu toque repulsivo eu desejo mais e mais a liberdade para que assim possa enfiar a minha mão na sua cara
Com toda certeza seria lindo ver o seu rosto vermelho e inchado
- Você deve estar se sentindo especial
- Hum sim eu me sinto muito especial já que você está dedicando tanta atenção a mim - comento sem conseguir manter minha boca esperta
- Você até que é bonita - Sérgio para o meu completo desgosto e repulsa ele passa a sua língua por todo um lado do meu rosto - Você não faz o meu tipo eu gosto de loiras que tenham grandes peitos
Eu acho que já ouvi isso antes
- Sim eu sei você e Miguel são mais parecidos do que se possa imaginar - irritada com a sua saliva que se agarra a minha pele eu sinto uma grande compulsão para sair e ir lavar o seu toque fora
Ao ouvir o nome de seu filho Sérgio se transforma em algo cheio de brutalidade e é sem aviso algum sem que suas intenções sejam denunciadas é com as suas mãos rasgando a frente do meu vestido que o desespero toma conta de mim e me debatendo com o medo por ser tocada contra a minha vontade que impaciente Sérgio acerta o meu rosto
- Você não vai tocar em mim com as suas mãos imundas - dolorida eu me recuso a ser uma mulher afetada por suas escolhas doentias
- Será que não irei? - passando os seus dedos por meus braços nus eu fico cada vez mais com vontade de derramar sangue no solo - Oliver e Oz estão vindo resgata-la mas não acho que irão querer você de volta quando por fim terminar
Não, não, não.
O medo grita tão alto em minha mente que é o desespero por sofrer um abuso que nada pode ser ouvido o tiros a tempestade nada pode ser sentido não percebo mais a dor meus pulsos não doem mais nem meus tornozelos e muito menos meu rosto por que meus pensamentos presos em uma única ideia é o clamor que peço que chegue a Deus por que nada me impedirá de estraçalhar Sérgio caso me toque de forma indevida
- Vamos ver se Oz continuara amando você depois disso - passando as suas mãos por de baixo dos meus seios eu só posso dizer em palavras o que o futuro o aguarda
- Faça isso - digo impotente - E eu serei a última mulher em que coloca as suas mãos
- Ah ameaças assim você me deixa mais disposto - rindo Sérgio de repente se vira quando o som da porta sendo aberta pode ser ouvido - Oz - ele sussurra o nome do meu menino com grande desprezo - Já estava na hora de você aparecer
De pé parado como se o mundo o pertencesse Oz nos encara de volta sem possuir em sua fase qualquer expressão seu porte pode colocar medo em qualquer um mas hoje é a sua aura que emana um perigo que não pode ser negado suas roupas são o que de mais incomum existe por que no passado foi trajando calças folgadas e moletons alguns números maiores que nesta noite seus jeans negros, camisa preta e jaqueta de couro é o que o torna ao mesmo tempo um homem lindo e diferente de tudo que já vi o alivio em vê-lo me domina e sorrindo que nem uma idiota eu não mais sinto temor mas sim alegria por saber que agora não preciso me preocupar com nada
- Você fez o que não deveria e agora vim para puni-lo - Oz segura uma pequena caixa e a jogando nos pés de Sérgio seu gesto não augura nada de bom - Abra
- O que é isso? - desconfiado ele encara a caixa de presente
- Abra - Oz repete
Bem
Eu fui sequestrada e quase estuprada e o que Sérgio recebe é um presente?
Se agachando com cuidado é sem perder Oz de vista que meu captor agarra do chão o que é oferecido sua desconfiança o faz cauteloso e examinando com cuidado o pequeno objeto Sérgio ao puxar o grande laço preto de repente ele deixa cair o que segura quando ao ver o que esta dentro um pequeno grito é o que dá
- O que é isso? - ele pergunta assustado
- Eu prometi ao seu filho que enviaria os seus olhos para você - Oz responde com uma calma invejável - Vocês são parecidos em mais de uma maneira e achei que seria engraçado assistir você abrir uma caixa onde dentro está uma parte de Miguel
- Ele... ele... ele está... - sem conseguir dizer as palavras Sérgio fecha os olhos
Oz arrancou os olhos de Miguel?
- Morto - meu menino completa - Eu o matei e devo dizer que foi muito satisfatório
Rindo é gargalhando que meu captor parece entregue a loucura
- Eu não acredito nisso Oz - Sérgio abre os braços amplamente para indicar o nosso entorno - Todos nós sabemos que você não tem coragem para isso
Como uma perturbação é abrindo a porta novamente que um homem surge seu rosto é familiar seus atos são questionáveis e carregando com ele a sombra da morte ele fica de pé ao lado de Oz seu tamanho muito menor não o faz menos perigoso e apesar de não compartilharmos bons sentimentos em relação ao outro eu fico surpresa que em meio a tudo isso seja ele quem aparece
- Isso ainda não está claro? - o guarda da penitenciária onde Oz ficou preso o questiona - Nós somos a Besta - Otávio declara