Capítulo 68
788palavras
2023-09-11 00:02
Os três dias seguintes se passaram muito rápido. A coroação do futuro Rei Alfa estava chegando, então os preparativos para a coroação já tinham começaram e estavam a todo vapor. Ela não ficou entediada nenhuma vez e muito menos teve tempo para descansar.
Ela estava sempre vestida com calças pretas e blusa de manga branca, o cabelo sempre preso em um coque apertado como o resto da equipe do palácio: Peter lhe pediu para que ela usasse essa roupa quando estivesse trabalhando, ela não queria irritar ninguém do palácio.
Ela estava sempre ao lado de Lancelot. E quando não estava, ficava realizando algumas coisas importantes para ele. Roxanne achava isso muito estressante, especialmente porque ela não havia recebido nenhuma recepção dos outros funcionários. Além de Peter, parecia que ninguém mais estava interessado em falar com ela. Ela não era bem-vinda em nenhuma conversa e sempre que acontecia alguma, eles paravam de falar e olhavam para ela com um olhar de indiferença e desprezo.
Parecia que ninguém além de Peter e Lancelot queria que ela estivesse naquele lugar. E isso fazia sentido porque foram eles que a levaram para lá. No fundo, ela só desejava ter uma recepção mais amigável por parte dos seus colegas de trabalho. Isso teria facilitado sua vida profissional.
No entanto, todas as suas preocupações sumiram na tarde em que recebeu seu primeiro salário. Roxanne nunca esteve tão feliz, enquanto ela olhava para a tela do seu celular, ela não conseguiu evitar e gritou de alegria. A ideia de ser um pouco mais rica era mais do que suficiente para deixá-la mais feliz.
Então, ela continuou fazendo suas funções. Nada importava para ela: nem os comentários maldosos dos seus colegas de trabalho, nem os olhares rígidos e desconfortáveis que ela recebia e muito menos por Lancelot ter a ignorando completamente depois da noite que passaram juntos.
Ok, isso era mentira. O silêncio e a indiferença de Lancelot estavam lentamente deixando ela louca. Roxanne não estava entendendo nada.
ELE A BEIJOU! E a puxou para mais perto dele até dormir profundamente. Ela ainda se lembrava de ter colocado uma coberta nele, dado um beijo em sua testa e ter saído do quarto com a esperança de que algo finalmente tivesse mudado entre eles.
Lancelot pediu para que ela ficasse com ele! Talvez ele a quisesse tanto quanto ela o queria. Talvez, apenas talvez ele sentisse algo por ela também. Porém, quando ela entrou no quarto dele na manhã seguinte, seu comportamento rígido e silencioso estavam de volta. Sempre que ele não estava lhe dando ordens, ele estava a ignorando.
Não. Nem mesmo a ignorando eles estava. Para ignorar alguém, a pessoa teria que reconhecer a presença da outra. Mas, para Lancelot, era como se Roxanne nem estivesse por perto. Ela era tão invisível quanto o vento.
Isso deixava Roxanne irritada, sempre que ela tentava pensar sobre isso. Mais de uma vez, ela quis lembrá-lo da noite que passaram juntos.
Roxanne ficou irritada. Ela queria gritar e contar tudo para ele. O que havia de errado com ele? Se ele não queria ficar com ela, por que a beijou? Se ela o irritava, por que ele implorou para que ela ficasse? Se ela o deixava irritado, por que ele pareceu se acalmar quando ela o tocou naquela noite?
Havia tantas dúvidas e isso estava deixando Roxanne louca. Ela gostaria de poder ligar para Emily e conversar sobre tudo isso, mas já fazia dias desde a última vez que ela falou com sua melhor amiga. Ao ser secretária de Lancelot, assistente pessoal e cafeteira em tempo integral, Roxanne não tinha tempo nem para si mesma.
Francamente, até as noites de sono dela viraram uma tortura. Já fazia um certo tempo que ela estava tendo pesadelos. Em todos os pesadelos, tinha um lobo preto que tentava atacá-la. Em um deles, ela quase pensou que perderia os membros, até que acordou na hora.
Ela sempre ficava com muito medo de ir dormir. E sempre que ela via qualquer uma das numerosas estátuas de lobo no palácio, flashes assustadores dos seus pesadelos sempre passavam pela sua mente.
O que mais assustava Roxanne era o quão reais esses pesadelos sempre pareciam ser. Eles sempre a deixavam com uma profunda sensação de perigo. É como se ela já tivesse vivido aquele pesadelo antes.
No geral, trabalhar com Lancelot não era tão agradável quanto ela pensava que seria, mas cada dólar que ela ganhava com isso estava valendo todo o estresse que ela estava passando.
'São apenas três meses', ela pensou. Três meses até ela voltar para casa, para o país que nasceu. Com dinheiro suficiente para viver, isso mudaria sua vida para sempre. Duas semanas já haviam se passado, faltavam apenas dez semanas.