Capítulo 3
1281palavras
2023-06-26 22:28
SEDE DO FBI.
Washington DC.
POV’s Selena Bieber
Conforme os dias e semanas, não consigo superar a dor do luto. Estou tão perturbada psicologicamente, me revolta saber que nunca mais verei Justin novamente. Sinto-me fora de si, querendo me vingar de cada um que está por trás disso... A primeira será Mabel.
É tão horrível em saber que o sangue do meu sangue esteja por trás do assassinato do próprio pai. Descobri que a mensagem que recebemos na delegacia, partiu do celular da Mabel. Quase não suportei o baque dessa bomba que foi jogada no meu colo, porque me fez questionar se foi justo ter deixado Justin sozinho para morrer, eu só fiz aquilo para não deixá-las sozinhas no mundo. Acho que foi uma decisão errada, até porque a minha vida não faz mais sentido algum, era melhor eu ter morrido.
Invado o escritório do FBI para ver com os meus próprios olhos o que essa garota anda aprontando. O mais nojento nisso tudo é que seu plano saiu como planejado, já que está sentada na cadeira que era do Justin por direito.
— Foi por isso que você o matou.— é a primeira coisa que digo, enojada por tamanha frieza, olhando-a com desprezo. Não posso crer que a menininha que eu criei com muito amor, tenha se tornado uma pessoa irreconhecível.
— Mãe? É você mesmo?— indaga surpresa, com o timbre baixo, como se não acreditasse em está me vendo em sua frente.
— Levanta daí, sua merda!— exijo, apontando o dedo. Não teve um dia sequer que eu não chorasse sentindo a morte de Justin.— Levanta!—mando, berrando tão alto ao vê-la parada me olhando amedrontada. Com certeza é culpa e remorso pelo estrago que causou.
— Eu não tive culpa, mãe.— encolhe os ombros.— Por favor, eu posso explicar.
— Explicar o quê?— a profunda mágoa que profiro no olhar, emite uma imensa decepção. São duas dor, a primeira de perder o meu marido e a segunda pela apunhalada nas costas vindo da parte dela.— Você matou o seu pai, Mabel, e ainda roubou o lugar dele.— a puxo, tirando-a da cadeira e arremessando-a no chão. É uma cena devastadora ter que vê-la assim aos prantos, jogada nesta sala.
— Mãe, não é bem assim.— choraminga, com os braços erguidos pedindo que eu pare, não suportando a pressão de ouvir a verdade.
— Eu nunca vou te PERDOAR em você ter destruído a nossa família!— cuspo as palavras, dando uma bofetada no seu rosto com tanta força. O tapa que dou é por toda tristeza que ela está me fazendo passar.— Ué? Sente muito? — sorrio amarga, debochando do arrependimento falso que presencio com os meus olhos.— Você não tem vergonha não de mentir? Sente muito, porra nenhuma, Mabel!— puxo os fios claros do seu cabelo, enrolando-os. A forço olhar para mim, encarando seus olhos chorosos:— Essa encenação não me convence nem um pouco, tu é uma péssima atriz.— continua negando, quando a acuso que está querendo me enganar com essa vitimização toda.— Você não está sofrendo coisa nenhuma e sim está satisfeita, né. Agora que é a nova chefe do FBI conseguiu chegar onde queria. — concluo, porque tudo não passou de um plano sádico, para descartar Justin.— Parabéns, você é uma excelente manipuladora, conseguiu enganar até a mim.— com desdém, a relembro que horas antes de armar aquela armadilha, me procurou contando mentiras de que trabalhava para uma organização criminosa. Acho que ela queria ganhar tempo para arquitetar tudo.
Alguém como Mabel, não é digna nem de ser chamada de filha.
— Seu pai não merecia tamanha traição.— balanço a cabeça indignada. Não consigo nem mais olhá-la e sentir admiração, acabou todo o apreço.
— Tudo que fiz foi para protegê-lo, e a senhora também!— se defende, aos soluços, admitindo em voz alta que esteve por trás da monstruosidade da bomba. Dou as costas, querendo surra-lá, machucá-la e descontar tudo que está matando a minha alma lentamente por ter o perdido.— O pai não morreu, mãe! Ele tá vivo. — paraliso com a revelação, com as pernas trêmulas, escutando o que soa da sua boca. Depois de tudo, essa garota ainda tem a coragem de brincar com o meu sofrimento.— Ele não morreu! Tudo foi um plano, meu e dele, para nós descobrir onde estava a minha filha e os meus irmãos. —a encaro de relance, com as íris lacrimejadas.
Sinto o impacto.
Ah meu Deus!
— Ele não se fingiria de morto. — sussurro baixinho, recusando-me aceitar que essa afirmação seja real.— Você está mentindo, Mabel. Você está tentando manchar a memória do seu pai.
—Não é isso, mãe. Por favor, acredite em mim. — gesticula com as mãos em sinal de súplica, tentando de toda forma receber o meu perdão.— Eu tô falando a verdade.— se rasteja, ajoelhada na minha frente. Por um instante recuso olhá-la, dói muito ter que maltrata-lá.
Tomo a atitude brusca em levá-la para fora, segurando-a pelo braço. Saio a puxando pelos corredores do FBI. Ignoro os olhares, foda-se!
— O seu lugar é aí!— a lanço sobre o chão da área principal. Posso está sendo carrasca em humilha-lá na frente de todo mundo, mas nada se compara o pesadelo que estou vivendo.— De hoje em diante, você não pisa os pés no FBI. Está me ouvindo?— quebro os protocolos em expulsa-lá do departamento. Sei que não será algo tão simples as medidas que vou tomar, mas eu vou expor os podres dessas pessoas e atingir diretamente a casa branca.
— A senhora não deveria ter feito isso com ela.— subo o olhar sendo repreendida pelo agente de terno que a defende, enquanto a ajuda levantar do chão. Mabel está aos prantos, chego a sentir pena, mas não vou cair nesse teatro. Já passei a mão demais na cabeça dessa garota, agora está na hora de arcar com as consequências sozinha.
— Quem é você para dizer o que eu devo ou não fazer com a minha filha? — sem poupar as palavras, enfrento mais um do meio da corja— Eu sei o seu segredo. Pensa que eu não sei que você usa as duas. Acha mesmo que eu não ia vigiar elas? — o vejo vacilar, estando com o rosto pálido em está sendo desmascarado. É sensacional deixar os inimigos com a corda no pescoço. Eu só não grito para que Mabel ouça, porque pode prejudicá-la, caso se vire contra ele— Sabia Agente Richard, que tu está fazendo um jogo muito perigoso. E quer um conselho? Só porque sou boazinha e meu histórico não é lá muita coisa— ressalto o quanto posso ser perversa, quando mexem com os meus— Pode ser que eu meta uma bala na sua cabeça, assim como fiz no traste que machucou as minhas garotas. Então agente, é melhor que você ande na linha. Caso o contrário, não hesitarei em te matar.— deixo a ameaça no ar, seguindo os meus passos e não olhando para trás.
Saio para fora, onde toda imprensa me aguarda. Logo os flashes são disparados em meu rosto e vários microfones colocados esperando o que eu tenho a dizer. Inicio a coletiva de imprensa, fazendo inúmeras acusações a presidente da República, envolvendo até mesmo o FBI nessa quadrilha que acoberta criminosos. Tenho sã consciência que ao atacar essas pessoas publicamente, eu estou assinando a minha sentença de morte.
— Selena, que diabos você está fazendo? — ouço a voz familiar surgir. Congelo, pensando que seja uma miragem criada pelo meu subconsciente. Estou com medo de olhar para o lado e não vê-lo. Com muito receio da realidade, percorro o meu olhar marejado.... e de repente, o meu coração se acelera.
— Justin?