Capítulo 117
1364palavras
2023-07-21 00:05
No horário do almoço Magdalena volta para a casa.
– Tânia, o almoço já está pronto? – Questiona ela ao avistar a empregada.
– Sim, senhora!
– E meu marido está em casa?
– Sim! – Responde ela sem dar muitos detalhes.
– Onde ele está?
– Acredito que no quarto, senhora Ruppert.
– Ok, prepare a mesa para o almoço, vou chamar o meu marido. – Ela sobe as escadas em direção ao quarto.
Quando ela abre a porta do quarto, ela paralisa enquanto sente seu sangue ferver com aquela cena, ela avista seu marido abraçando a cintura da linda mulher que está deitada nua de bunda para cima, ela se enche de raiva principalmente ao perceber que aquela mulher é sua própria filha, o som do seu choro toma conta do quarto, ela se aproxima e agarra Norabel pelos cabelos, acordando os dois.
– Aiiiii, me solta! – Grita Norabel tentando se soltar e Magdalena a joga no chão com raiva.
– Como vocês puderam fazer isso comigo? Como? – Ela vai em direção a Norabel, mas Lúcio se mete na frente impedindo-a.
– Magdalena, fique calma! Você não precisa fazer isso, deixe Norabel em paz. – Diz ele entre mãe e filha, Norabel levanta-se do chão e encosta seu corpo em Lúcio para provocar sua mãe, soltando lágrimas forçadas.
– Mamãe, me desculpe, foi tudo culpa minha, eu não consegui me controlar, eu sempre gostei do Sr. Ruppert. – Ela soluça entre suas lágrimas, para que seu fingimento pareça sincero. – Não o culpe, o erro foi meu.
– Cala sua boca, Norabel, você é uma vagabunda, eu errei com você. Como teve coragem de me magoar assim? Depois de tudo que fiz por você, você é um monstro, uma vadia, sem moral, tenho vergonha que você seja minha filha.
– Não fale assim com ela, foi um erro Magdalena, um erro! Tomamos uma decisão errada, não faça isso com a sua filha, ela está te pedindo desculpas. – Magdalena fica incrédula com o que está escutando e vai para cima dele, o enchendo de tapa, ele empurra-a, derrubando-a no chão e Norabel dá um enorme sorriso maldoso observando sua mãe.
– Como você se atreve a proteger essa vadia? – Questiona Magdalena levantando-se. – Você não vê o que ela está fazendo? Essa menina é o mal, ela só quer destruir a minha felicidade, por que acha que ela fez isso?
– Você acha mesmo que eu não posso ser desejado por uma jovem linda como ela? – Norabel passa os braços na cintura dele, para reforçar que gosta dele.
– Você é incrível senhor Ruppert, sempre desejei o senhor, desde minha adolescência, quando o senhor ia na minha casa. Desculpa-me mamãe, eu gosto dele há muitos anos em silêncio. Eu não deveria ter me deixado levar, mas eu não resisti com esse homem incrível tão perto de mim! – Ela beija as costas de Lúcio arrancando arrepios dele.
– Norabel, coloque a sua roupa e saia agora mesmo da minha casa.
– Tudo bem mamãe, eu farei isso.
– De jeito nenhum. – Diz Lúcio virando-se para Norabel. – Minha linda, se você quiser, você pode ficar aqui, eu vou cuidar de você.
– Lúcio, o que você está fazendo?
– Não se meta Magdalena, o assunto não é com você. Me diga Norabel, você quer ficar comigo? Quer continuar isso, foi incrível ficar com você e agora que tive, não me vejo mais com ela, você é perfeita e incrivelmente gostosa, só em lembrar já fico todo animado. Diga que quer ficar comigo! – Norabel sorri e beija-o com seus olhos abertos enquanto observa o espanto no rosto da sua mãe.
– Me desculpa mamãe, mas eu quero isso, o Sr. Ruppert é incrível! – Magdalena perde o controle indo até eles, enchendo Lúcio de tapas, ela consegue agarrar Norabel pelos cabelos e a arrasta para fora do quarto, jogando-a no chão, ela sobe em cima da filha e enche ela de tapas na cara, Norabel coloca os braços na frente para se defender.
– Vagabunda, eu vou te matar, como se atreveu a fazer isso? Você deveria ter morrido, eu tenho nojo de você, como eu pude gerar alguém tão maligno como você.
– Pare mamãe, por favor! – Lúcio volta a si e tira Magdalena de cima de Norabel.
– Pare com isso, a culpa não é dela, eu que não quero mais você, vá embora agora mesmo da minha casa. – Diz ele com raiva. – Tânia, venha até aqui agora! – Grita ele, Tania sobe as escadas correndo e se aproxima deles. – Quero que você recolha tudo que é dessa mulher e jogue no lixo, eu não quero nada que pertence a ela nessa casa! – Ele estende a mão e ajuda Norabel a levantar-se. – Vá para o quarto querida, eu já volto! – Ele arrasta Magdalena pelo corredor, enquanto Norabel observa sua mãe encarando-a com lágrimas escorrendo, ela dá um sorriso sarcástico satisfeita que seu plano deu certo.
– Você o ouviu, retire tudo que tem dessa mulher nesta casa, comece pelo closet. – Diz ela entrando no quarto, ela se joga na cama e sorri encarando o teto.
Lúcio leva Magdalena até a entrada e joga-a para fora da casa, como se a mulher que está casada com ele não significasse nada.
– Não volte mais aqui, aguarde o contato do advogado! – Ele bate a porta na cara dela, liga para os seguranças retirarem ela da propriedade e volta para o quarto.
– Seu desgraçado, você vai se arrepender por isso. – Diz ela chutando a porta, um segurança se aproxima e tira ela dali.
– Vai ficar tudo bem minha linda, eu vou te proteger de tudo, não se preocupa! – Diz ele abraçando Norabel, que sorri em seu peito.
Levi decide surpreender Kaira e vai até o hospital buscá-la para o almoço, ele aguarda-a na saída com um buquê de orquídeas, quando ela o avista, ela sorri não acreditando que ele está fazendo aquilo.
– Você é inacreditável, o que faz aqui?
– Vim buscar a mulher mais linda do mundo para almoçar! Trouxe para alegrar o seu dia. – Ele entrega o buquê para ela.
– É lindo, obrigada! – Ele puxa-a e beija-a.
– Que coisa mais idiota, a mulher que não tem valor algum, que não sabe se valorizar e volta para o homem abusivo que a maltratou por meses! – Diz Karl se aproximando e interrompendo-os.
– Repete o que você falou, quero ver se tem coragem! – Diz Levi cheio de raiva.
– Karl, você não pode se aproximar de mim, fique longe! – Diz Kaira puxando Levi.
– O que você está fazendo Kaira? Pare de me puxar, deixe-me acertar as coisas com esse babaca. – Diz Levi parando.
– Levi, não! Você não pode ficar brigando se quer o mesmo que eu, então deixe esse idiota para lá.
– Isso, leva esse idiota com você, vai me poupar estresse! – Diverte-se Karl entrando de volta no hospital.
– Pelo amor de Deus, só um soco Kaira, que mal tem? Deixa-me fazer isso!
– Não, você não pode ficar brigando Levi, se quer participar do processo de adoção comigo, se comporte, não queremos ensinar esses comportamentos agressivos ao Simon.
– Não são agressivos, só estamos nos acertando. Por que ele não pode chegar perto de você?
– Sem surtos Levi, ok?
– Ok!
– Então promete Levi! Promete que não fará nada.
– Eu prometo!
– Eu o denunciei por conduta inapropriada no ambiente de trabalho, ele me agarrou e me intimidou em uma das salas do hospital.
– Eu vou matá-lo! – Diz ele caminhando de volta até o hospital.
– Levi, você prometeu! – Ela segura-o pelo braço. – Se você ir até lá, será o fim, pois você estará quebrando a sua promessa. Eu quero confiar em você! – Ele abraça-a.
– Você tem razão, me desculpa. – Diz ele tentando controlar sua raiva. – Vamos almoçar. – Ele pega-a pela mão e caminha até o carro com ela, sem conseguir tirar o que Karl fez da cabeça.