Capítulo 75
1176palavras
2023-07-15 10:20
Quando Levi retorna para a casa, logo que entra em casa ele sorri ao avistar os dois policiais.
– Boa noite senhores, vocês vieram mais rápido do que imaginei! – Diz ele com um leve sorriso.
– Sr. Schneider, temos uma denúncia de tentativa de abuso contra o senhor. – Levi não consegue deixar de rir.
– Me desculpem! Eu sei, Srta. Zimmermann, não é? Tudo bem, façam o seu trabalho! Não é necessário algemas, eu vou cooperar.
– Por favor, nos acompanhe até a delegacia. – Levi passa a mão nos cabelos e segue os dois policiais.
Quando chegam na delegacia, Levi é encaminhado para uma sala de interrogatório, ele fica por horas esperando até dois detetives entrarem na sala.
– Sr. Schneider, bom dia! Eu sou Elias Arnet e esse é Jonas Bally, temos algumas perguntas para fazer ao senhor.
– Que terei o maior prazer de responder, após ligar para o meu advogado. – Levi dá um sorriso simpático.
– Claro, você pode usar o telefone. Voltamos daqui a pouco. – Diz Jonas saindo da sala, acompanhado por Elias.
Levi suspira e liga para sua secretária Marcela Stone novamente.
– Srta. Stone, é o Levi. Você conseguiu contratar o advogado que te pedi?
– Sr. Chastain, sim, eu contratei.
– Ótimo, peça para ele vir até a delegacia! Senhorita Stone, outra coisa, ligue para a Sra. Philips e diga para ela proibir a entrada da Sra. Keller na casa de campo, ela só poderá entrar lá, quando eu estiver no local.
– Certo, eu farei isso Sr. Chastain, algo mais que eu ajudo o senhor?
– Não, só isso, obrigado. – Ele desliga e fica aguardando na sala.
Levi olha o horário e já está quase amanhecendo, ele está exausto, ele coloca seus braços na mesa e deita sua cabeça enquanto aguarda. Ele é despertado pelos policiais que entraram na sala, acompanhado de um homem que deve ser o seu novo advogado, ele olha o horário novamente e percebe que deve ter pego no sono, pois já se passou mais de uma hora.
– Sr. Schneider, bom dia. Eu sou Cedric Matty, seu advogado, muito prazer. – Diz ele estendendo a mão para Levi.
– Prazer. – Diz Levi apertando a mão dele.
– Podemos começar ou os senhores querem um momento a sós? – Questiona Elias.
– Vamos logo com isso! – Responde Levi, o seu advogado senta-se ao seu lado e os dois policiais sentam-se na frente deles.
– Sr. Schneider, como te informamos a Srta. Norabel Zimmermann está te acusando de tentativa de abusos, o senhor fez isso? – Questiona Jonas.
– Não, eu não fiz!
– Você não teve o mesmo problema com a Sra. Keller? Soubemos que vocês tiveram um incidente parecido. – Diz Jonas o provocando.
– As coisas foram esclarecidas, por acaso ela denunciou alguma coisa? Não cabe aos senhores ficarem de achismos, me perguntem apenas as coisas referente a acusação da Srta. Zimmermann. – Responde ele irritado, seu advogado observa em silêncio, pensando que ele poderia se defender sozinho.
– Convenhamos Sr. Schneider, esse incidente é bem relevante para o caso, pois as duas irmãs te acusaram de abusos. – Jonas segue pressionando.
– Kaira passou pelo ginecologista que confirmou que ela era virgem, ela não fez denúncia alguma, então não é relevante para o caso! – Os polícias se olham.
– Sr. Schneider, o que aconteceu entre você e a Srta. Zimmermann? – Questiona Elias.
– Eu cheguei em casa no início da madrugada, quando eu estava dormindo, ela entrou no meu quarto, usando o perfume da irmã dela, eu as confundi e a beijei.
– Ela nos disse que você obrigou ela usar o perfume da irmã, que você ficou o tempo todo chamando ele pelo nome Kaira. Você é amante da Srta. Keller? – Questiona Elias observando-o.
– Eu não sou amante dela! Mas eu as confundi, ok? Eu não vi a Srta. Zimmermann quando cheguei, eu não obriguei ela a usar nada, eu nem sei onde fica o perfume de Kaira. Eu acordei com ela em cima de mim!
– A Srta. Zimmermann disse, que você estava bêbado, quando chegou em casa, onde passou o dia? – Questiona Jonas.
– Eu cheguei da França no início da tarde, encontrei o Sr. Karps no Pub Stag Nite, eu não fiquei nenhuma hora com ele, pois ele me estressou, fui para o meu escritório e só saí dele, no início da madrugada indo direto para a casa, eu não estava bêbado!
– Você tem como provar? – Questiona Elias.
– Sim, façam o trabalho de vocês, vão até o Pub, a Sra. Keller pode confirmar o horário que chegamos em Lucerna e vocês podem olhar o horário que cheguei e o que saí, nas câmeras do escritório, assim como podem validar nas câmeras da casa que cheguei dirigindo muito bem, ela mentiu!
– Vocês brigaram dentro da casa? – Questiona Jonas.
– Sim, mas não foi porque eu tentei abusá-la, como ela está me acusando, ela mentiu, enganou e roubou, alguém muito importante para mim!
– Quem ela enganou? – Jonas está interessado em entender a história.
– Christoph Keller!
– E por que ele não denunciou?
– Eu não sei Sr. Bally, por que você não vai perguntar a ele? Tem mais alguma pergunta em relação ao caso?
– Não, voltamos já! – Diz Elias e Jonas o segue.
– Sr. Schneider, você é um advogado excelente, não precisava da minha ajuda, você se defendeu sozinho.
– Eu preciso de um advogado, para resolver isso, certamente eles vão encaminhar para o juiz. Enquanto o processo anda, eles vão me multar, para eu manter minha liberdade, eu preciso que você assuma os contratos no lugar do Adolph, ele está ao lado daquela mulher.
Enquanto Levi fica aguardando na delegacia, Kaira acorda e percebe que dormiu no carro naquela rua isolada onde ela estacionou, seus olhos estão inchados de tanto que ela chorou, ela suspira e toma coragem para voltar aquela casa, ela dirige pensando no confronto que terá com Levi ao encontrá-lo. Ela estaciona na garagem e suspira tomando coragem para entrar, ela fica vários minutos no carro, até conseguir entrar.
– Sra. Keller, bom dia.
– Sra. Hoffmann, bom dia. Ele está por aqui? – Questiona ela insegura.
– Não senhora, ele foi preso durante a madrugada. – Kaira sente o seu coração acelerar, mesmo sabendo que aquilo aconteceria.
– Ok, obrigada! – Ela sobe as escadas e vai para o seu quarto pegar seus pertences pessoais, ela se joga na cama e chora confusa com tudo que está acontecendo, ela voltou a se sentir desamparada, mesmo ajudando sua irmã, ela ainda foi culpada por tudo, ela se recompõe e desce as escadas. – Srta. Hoffmann, pegue. – Ela entrega a chave do carro. – Foi um prazer te conhecer, obrigada por não espalhar nada do que você viu aqui. – Kaira dá um abraço nela e sai dali, deixando tudo para trás, ela pega um táxi sem saber para onde ir.