Capítulo 38
1303palavras
2023-07-04 01:20
Nos dias seguintes, Levi não voltou para a casa do centro, ele ia sempre para a casa de campo e nos dias que ele estava muito cansado, ele ficava no quarto do hotel. Aquela situação deixa Kaira desanimada, ela fica sentindo-se idiota por ficar intimamente com ele e depois ele sumir dessa forma, ela dirige até a casa de campo depois da faculdade.
– Sra. Keller, não esperava vê-la por aqui! – Diz Anabela escondendo o seu desgosto por vê-la.
– O Sr. Schneider está por aqui? – Pergunta ela subindo as escadas.
– Não, ele não veio ontem. – Kaira para e vai direto para o quarto das empregadas e é seguida por Anabela.
– Qual de vocês é a Rose? – Uma senhora de aproximadamente 60 anos levanta a mão. – Ótimo, eu sou a Sra. Keller, me dê a chave do quarto do meu marido, eu sei que é a senhora que cuida dele na ausência do Sr. Schneider.
– Sra. Keller, me desculpe, eu não tenho permissão para fazer isso! – Diz a senhora num tom baixo.
– Não me interessa, eu sou a senhora da casa, não importa o que aquele maldito advogado te falou, eu quero a droga da chave, não faça eu revirar esse lugar de cabeça para baixo. Ande, me dê a droga da chave.
– São ordens do Sr. Keller, ninguém pode entrar naquele quarto.
– Como eu odeio esse homem. – Grita Kaira sem ter certeza se está se referindo a Christoph. – Eu vou entrar de qualquer forma. – Ela pega o celular e faz uma breve pesquisa. – Boa tarde, tudo bem? Estou precisando do serviço de um chaveiro, preciso abrir uma porta na minha casa e eu perdi a chave. – Diz ela logo que atendem, ela sai do quarto e segue falando com eles, Rose aproveita que as empregadas e Anabela foram atrás de Kaira para acompanharem as fofocas e liga para Levi.
– Senhora Philips, boa tarde. Está tudo bem por aí? – Questiona ele ao atender.
– Não senhor, a Sra. Keller está aqui, ela me confrontou pela chave do quarto.
– Você não deu a ela, certo?
– Não, mas ela está decidida a entrar lá, ligou para um chaveiro. – Levi coloca as mãos nos olhos os apertando.
– Droga, estou indo para aí, fale aos seguranças para não deixar eles entrarem se eles chegarem primeiro. – Diz ele desligando, ele levanta-se e sai da sala apressado.
– Levi, vamos conversar. – Diz Adolph assim que as portas do elevador se abrem e ele se depara com Levi.
– Agora não, estou ocupado. – Responde ele entrando no elevador e apertando o subsolo.
– O que foi agora Levi?
– O que você está fazendo aqui, Adolph? Eu não disse para você tirar uns dias de férias?
– Quero resolver essas merdas, está tudo errado, você precisa entender a dimensão dos problemas, que você terá ficando com ela.
– Adolph, para de se meter na minha vida. Porra, não faça eu brigar com você de novo. – Diz ele saindo do elevador e indo para o seu carro. – Continue mais uns dias de férias. – Ele entra no carro e sai dali.
Na casa de campo Kaira está andando de um lado ao outro pela sala, ela escuta os burburinhos e comentários dos empregados e ignora todos eles, ela toda hora checa o horário esperando ansiosamente a chegada do chaveiro para entrar naquele quarto, já está mais do que na hora de ela resolver a vida dela, depois de quase uma hora andando de um lado ao outro, seu descontentamento aumenta mais ainda ao ver Levi entrando na sala.
– Você está de brincadeira comigo? – Diz ela brava antes mesmo dele se aproximar, ela sobe as escadas correndo e ele vai atrás. – Abre essa porta. – Diz ela parando em frente ao quarto de Christoph e batendo forte. – Abre de uma vez essa porta. Anda seu idiota, me dê a chave. – Os empregados estão parados no topo da escada ouvindo os gritos dela.
– Você enlouqueceu? Quer parar com essa merda.
– O que você está fazendo aqui? Qual dessas fofoqueiras te ligou? Eu juro que vou demitir ela. Vocês não querem que eu seja a dona da casa, eu serei. Quem foi?
– Para de gritar.
– Sai daqui, seu advogadinho de merda, você não tem o que fazer aqui, meu assunto é com o meu marido, eu vou entrar de qualquer jeito nesse quarto, nem que eu tenha que derrubar essa porta e você não vai me impedir, não enquanto eu sou a esposa dele. Anda Christoph, vem aqui me encarar, vem ouvir as histórias que eu tenho para te contar, vem conhecer a sua esposa. – Diz ela chutando a porta, Levi a segura pelo braço e ela dá um tapa na cara dele com raiva. – Não toque em mim! – Ele novamente pega-a pelo braço e leva outro tapa.
– Porra! – Diz ele cheio de raiva encostando-a na porta. – O que eu te falei sobre me bater? Qual o seu problema, hein? – Ele a pega-a pelo braço e a arrasta pelo corredor ignorando as tentativas dela de se soltar, ele ignora todos os empregados que tentam disfarçar naquele momento. – Eu já te disse que você só entrará naquele quarto, quando ele quiser e ele ainda não quer ver você.
– Me solte, tire suas mãos de mim agora. Eu odeio você, me solta. – Grita ela tentando se soltar. Ele a ignora e leva-a para rua e coloca-a dentro do carro, os empregados estão todos nas janelas fofocando.
– Eu disse que essa mulher é louca, como o Sr. Keller casou com ela e como ele tem paciência? Eu se fosse ele, abriria aquela porta e colocaria ela em seu lugar. – Diz Anabela. – Ele anda muito dopado Rose? Por isso não reage?
– Concentre-se em cuidar do teu trabalho, Anabela, você sabe que o Sr. Keller não tolera fofocas. – Rose dá um sorriso e volta para o quarto das empregadas.
– O que você está fazendo, Levi? – Ele ignora-a enquanto dirige. – Anda, me responde.
– Coloca o cinto de segurança! – Diz ele encarando-a e ela segue de braços cruzados. – Coloque a porra do cinto. – Ele grita com ela, que se assusta e resolve colocar o cinto.
– Qual delas Levi, qual delas é a fofoqueira? Eu quero a demissão dessa pessoa.
– O que você pensa que está fazendo Kaira? O que foi tudo isso?
– Você não sabe, você é idiota por acaso?
– Vá se ferrar! Porra, você me estressa!
– Vá você, não tenho culpa que você é burro, incapaz de entender o que eu quero, desde o primeiro dia que cheguei na porra dessa casa! Eu quero o divórcio, me leve de volta. Aquele filho da puta irá assinar o divórcio.
– Para de chamá-lo assim.
– De filho da puta? Nunca, ele é um filho da puta por estar fazendo isso comigo, eu não ligo que ele seja doente, eu não vou pegar leve por causa disso, não é justo o que ele faz comigo. Por mim ele podia estar morto e você também. – Ela grita com raiva, Levi freia com tudo jogando os corpos deles para frente, fazendo ela bater a testa, ele abre a porta do carro e desce batendo-a com força, ela coloca a mão na cabeça sentindo a dor do impacto.
– Porra, porra, porra! – Resmunga ele colocando as duas mãos na cabeça, ela desce do carro com a mão na testa, ele observa-a se dando conta do que fez, ele se aproxima e abraça-a. – Me desculpa, por favor me desculpa.