Capítulo 37
1195palavras
2023-07-04 01:19
Quando retorna ao escritório, Levi não consegue mais fugir de Adolph, como ele fez durante toda a manhã.
- Porra Levi, para de agir feito criança e ficar me evitando. Você tem noção do dia infernal que foi ontem? Caralho, onde foi que você se enfiou?
- Eu tive alguns problemas, apenas isso.
- Que tipo de problemas? Se enfiar no meio das pernas da Sra. Keller?
- Não fode Adolph, para com essa merda de Sra. Keller. Não é da sua conta o que eu estava fazendo, é para isso que eu te pago e muito bem por sinal, para cuidar de tudo na minha ausência!
- Você é um homem burro, como foi se apaixonar por ela? Caralho Levi, você parece que é idiota. Bastou est..
- Eu não estou apaixonado. - Diz Levi interrompendo-o irritado. - Qual a porra do seu problema? Não importa se transei ou não com ela, a tua vida muda em quê? Em nada, então vá se foder Adolph e para de agir feito o meu pai.
- Muda muito, Levi, muito mesmo, principalmente quando você está se afundando cada vez mais nisso tudo, me diz como você vai explicar todas essas merdas? Foi gostoso transar com ela? O suficiente para esquecer tudo e ficar suspirando como um perfeito idiota, por uma mulher que vai destruir você. E dizem que você sempre foi o mais inteligente entre nós, sinto vergonha nesse momento, porque eu devo ser muito burro mesmo.
- Porra Adolph, você está implorando para que eu quebre a sua cara. Essa cidade é um nojo, eu odeio cada uma dessas pessoas, porque eu devo acreditar que aquela menina, ingênua, é a mesma vagabunda aproveitadora?
- Porque foi ele quem disse, ele! Ninguém mais além dele e você está enfeitiçado por ela, exatamente como ele. Você não passa de um burro, muito idiota. - Diz Adolph saindo da sala batendo a porta, Levi dá um soco na mesa e vai atrás dele.
- Você está ficando maluco? Quem você pensa que é? Acha que pode falar assim comigo? - Questiona ele num tom rude e alto, ignorando os funcionários ali presente.
- Você acha que eu não me importo Levi? Eu falei para você não entrar nisso, assim como eu disse para ele e o que você faz? O mesmo que ele, se apaixon..
- Cala a boca Adolph, porra. Você está cansado, por trabalhar um dia sem a minha presença, então vai para a merda da tua casa e não se meta na minha vida. - Diz ele virando as costas e indo para sua sala.
- Não me meter? Quando você me arrastou para isso? Me desculpe Levi, mas me explica como eu faço isso? Você não percebe a merda que está fazendo, você é outra pessoa nessa droga de cidade, Haydée tem razão nisso! E para piorar você virou um estúpido, enfeitiçado por um rabo de saia. - Levi vira-se para ele. - Eu vou rir, quando ela quebrar você em milhões de pedaços, como ela fez com ele, porque eu te avisei e você é burro demais para isso, ela é uma vagabunda, manipuladora e colocou as garras em você também. - Levi perde o controle, caminha até Adolph e acerta um soco na cara dele, causando espantos em todos.
- Não se atreva a repetir isso, você não sabe porra nenhuma, você não conhece ela. Tira os próximos dias de folga para esfriar a cabeça. - Diz ele com seu olhar sombrio e intimidador. - Voltem ao trabalho. - Ele caminha até sua sala e bate à porta com força.
- Porra. - Resmunga Adolph com a mão no rosto. - Que porra vocês estão olhando? - Questiona ele encarando os funcionários. - Voltem para a merda de trabalho de vocês. - Diz ele indo para o elevador.
Levi se concentra nas suas atividades, ele não quer ficar pensando nas palavras de Adolph e nem em Kaira, os seus sentimentos estão completamente confusos e por mais que ele não queira admitir ele sabe que seu amigo tem razão, ele está numa situação onde não tem como terminar bem. Ele fica até tarde no escritório, para colocar tudo em dia, ainda mais com Adolph se afastando por alguns dias. Ele chega em casa no início da madrugada, toma seu banho e vai para o quarto dela, ele abre a porta devagar e observa ela dormindo, mesmo que ele tente se convencer que não está apaixonado seu coração o trai batendo mais forte ao vê-la tranquila, com uma fisionomia feliz como se estivesse tendo o melhor dos sonhos, até mesmo dormindo ela é linda e ele não consegue deixar de reparar em cada detalhe dela e sorri com aquela visão, ela parece um anjo adormecido, ele deita-se devagar ao lado dela, tentando não acordá-la, mas seu esforço é em vão, ao sentir o braço dele sobre sua cintura, ela vira-se para ele.
- Você chegou! - Diz ela sorrindo para ele e tudo que ele faz é selar os seus lábios nos dela e dar um longo beijo. - Boa noite. - Diz ela ofegante.
- Desculpa, eu não quis te acordar. Espero que você não fique chateada por eu entrar no teu quarto sem permissão, mas eu queria ficar perto de você. - Ela sorri e beija-o.
- Está tudo bem, eu tentei ficar acordada te esperando, mas você chegou tarde, acabei pegando no sono. - Diz ela abraçando-o e deitando sua cabeça no peito dele.
- Eu tive bastante trabalho hoje, Adolph tirou uns dias de férias, então meus dias serão corridos. Como foi o seu dia?
- Foi tranquilo, minhas amigas ficaram aqui até tarde. Levi, você se importa se minha irmã passar uns dias aqui?
- Claro que não, a casa é sua Sra. Keller.
- Você pode não me chamar assim? Pelo menos não quando você estiver na minha cama me abraçando. É estranho e desconfortável.
- Você tem razão, me desculpa! - Diz ele baixando.
- Obrigada! Levi?- Diz ela com a voz baixinha e meiga. - Você promete que não vai me machucar? - Ele aperta-a forte em seu abraço e faz carinho no cabelo dela, lutando com seus sentimentos naquele momento para respondê-la. - Por favor, prometa que não fará isso.
- Eu prometo. - Diz ele beijando a cabeça dela, enquanto segue fazendo carinho, ele desliga o abajur deixando o quarto na escuridão.
- Obrigada. - Diz ela baixinho.
Levi fica em silêncio fazendo carinho nela, até ela pegar no sono, ele não conseguiu dormir aquela noite, quando amanhece, ele fica observando-a em seus braços e não sente vontade de soltá-la, ele dá um beijo na testa dela e levanta-se devagar para não acordá-la e sai do quarto. Quando ela acorda, ela procura-o pela cama e se dá conta que ele já levantou, após se arrumar para mais um dia de aula, ela desce as escadas animada esperando encontrar ele na sala de jantar, mas tudo que ela vê é a governanta da casa ao lado da mesa, como de costume, ela dá um sorriso desanimada e senta-se em silêncio para tomar o seu café.