Capítulo 24
1239palavras
2023-07-04 00:32
Adolph aproveita aquele momento para tentar criar intimidade com Norabel, ele está encantado com a beleza dela, mas naquele momento tudo que ela está sentindo é raiva por ser ignorada por aquele homem, que dançava com sua irmã.
– Você e sua irmã se dão bem? – Questiona Adolph chamando atenção dela.
– Sim! – Responde ela de forma ríspida. – Com licença. – Ela se afasta dele e é parada pelas amigas de Kaira.
– Norabel, sua irmã foi embora? – Questiona Lucy.
– Sim, ela foi. – Ela não consegue esconder sua irritação, ela não está acostumada em não ser o centro das atenções.
– Eu disse ser o Sr. Schneider, você não quis me ouvir. Kaira pode falar o que quiser, ele seguirá sendo um gostoso, aí se ele me der uma chance! – Diverte-se Briana.
– Terei que concordar, vou começar a visitar a Kaira com frequência.
– Por quê? – Questiona Norabel curiosa.
– Porque aquele homem lindo, vive na casa de campo com ela. Se fosse eu no lugar da tua irmã, já tinha me perdido nos braços daquele homem gostoso, o Sr. Keller, não é normal mesmo, não é? Como ele deixa a jovem esposa, sozinha numa casa com um homem daqueles.
– Minha irmã não mora com o marido? – Questiona ela com uma voz meiga.
– Ele estava lá quando ela chegou, mas agora está na casa no centro da cidade, é mais próximo dos hospitais e do médico dele. – Norabel dá um leve sorriso com aquela informação.
Na rua Kaira está caminhando sem rumo entre os carros no estacionamento, enquanto Levi a segue.
– Não cansou ainda? Se você quiser eu posso te carregar no colo! – Diz Levi em tom de deboche. – Você também pode facilitar a nossa vida e me perguntar qual desses é o meu carro!
– Eu não vou embora com você.
– Entendi, por isso que está andando que nem uma tonta no estacionamento. – Ela para e encara-o.
– Você é um ser desprezível, que Deus me perdoe, mas eu gostaria que você morresse.
– Vai que ele diga amém, vamos morrer juntos, porque você vem comigo. É esse aqui. – Diz ele puxando-a pelo braço e encostando-a na porta do passageiro da sua Lamborghini Urus, seus corpos estão bem próximos, ele tira a máscara observando-a, a vontade que ele tem de tocá-la é enorme.
– Eu não me lembro de ter te perguntado isso, abra a droga da porta! – Diz ela o empurrando para não ficarem tão próximos.
– Algum bicho te picou ou mordeu? Você é muito raivosa, tinha esquecido isso. – Diverte-se ele abrindo a porta.
– Como eu odeio você! Me dê a chave do carro, eu vou dirigir. – Diz ela estendendo a mão, ele a puxa-a deixando seus corpos colados. – Para de ficar me puxando e me apertando. – Diz ela enquanto sente a respiração dele em seu rosto. – Qual o seu problema?
– Você que é uma chata mandona, entra na porra do carro, você nunca vai dirigir o meu carro.
– Me deixe ver o documento, quero ver se é seu mesmo ou do meu marido! – Diz ela, provocando-o.
– Kaira, não...
– Não, não. – Diz ela interrompendo-o. – Para você eu sou a senhora Keller, os empregados não têm permissão de me chamarem pelo nome, então por favor, ponha-se em seu lugar. – Diz ela com deboche entrando no carro, Levi fecha a porta, suspira e vai para o banco do motorista, ele dirige em silêncio e sempre que pode ele observa-a pelo canto dos olhos.
– O que achou da casa? – Questiona ela quebrando o silêncio e ele fica se questionando se ela é bipolar. – Agora você ficou surdo.
– Não é o tipo de lugar que Chris gostaria, lugares claros sempre o incomodaram. Ele costumava ser feliz no mundinho dele. – Ela observa-o.
– Costumava, ele não é mais uma pessoa feliz?
– Você seria? Seria uma pessoa feliz depois de tantos anos sofrendo bullying de pessoas que nunca o viram. – Questiona ele encarando-a ao parar no semáforo. – Ele estava apaixonado, eu nunca tinha visto ele tão feliz, mas ele foi enganado por essa mulher e tudo que sobrou foi a tristeza, apenas isso.
– As pessoas são naturalmente maldosas, é triste, eu provavelmente não seria feliz, eu não estou feliz pelo que meu próprio pai fez comigo.
– Ninguém quer casar com um monstro, as mulheres dessa cidade, encararam como um negócio esse casamento, apenas isso. – Diz ele voltando a sua atenção para a estrada. – E são mulheres como você, que se fazem de doces e ingênuas, que enganam homens como Keller. Essa cidade deveria ser arrastada para o inferno! – É possível ver a raiva dele.
– Eu não aguento esses teus discursos de quanto sou uma mulher horrível, você é tão idiota e burro, porque é incapaz de entender que eu não queria estar nesse casamento.
– Por que não, você é linda demais para ele? Você é boa demais para ele? É isso? Ele não é digno de ter uma mulher como você?
– Vá se ferrar, dirija calado, pois é difícil ter uma conversa saudável com você. Tão burro e incapaz de entender o óbvio!
Levi e Kaira seguem o caminho todo em silêncio, quando eles chegam na casa de campo, todas as luzes estão desligadas, Kaira desce do carro e entra na casa correndo, tudo que ela quer é sair de perto daquele homem, em seu quarto ela está de costas virada tentando abrir o zíper do seu vestido, quando Levi abre a porta lentamente, ele observa aquela cena, antes de chamar atenção dela ao falar.
– Acho que você precisa de ajuda com isso. – Ela vira-se assustada, encarando ele parado na porta.
– Você sempre me assusta, aprenda a bater na porta. – Ele bate duas vezes na porta para provocá-la. – Engraçadinho! Eu não preciso de ajuda. – Diz ela observando-o se aproximar.
– Precisa sim! – Diz ele virando-a para a janela, ele observa as curvas do corpo dela, perfeitamente desenhadas naquele vestido, ele se aproxima mais e começa abrir lentamente o zíper daquele vestido, que ele adoraria arrancar do corpo dela, enquanto fica inebriado com o perfume dela, ambos escutam a respiração acelerada um do outro. – Você estava lindíssima essa noite, com certeza era a mulher mais bonita daquele salão, seu marido tem bom gosto. – Diz ele terminando de abrir o zíper, ela vira-se para ele.
– Pena que ele não me viu, não é? – Diz ela deixando o seu vestido escorregar pelo seu corpo, ficando apenas de lingerie preta na frente dele, ele percorre seu olhar pelo corpo dela, enquanto tenta segurar a sua respiração. – Eu vou partir dessa casa e ele não terá trocado nenhum olhar comigo, nenhuma palavra, é muito estranho esse casamento. – Ele encara os lábios dela, enquanto escuta a melodia da sua voz e dá uma leve mordida no seu próprio lábio, tentando controlar a vontade que está de ter aquela mulher. – Você já pode sair. – Diz ela se afastando dele.
– Tenha uma boa noite, Sra. Keller. – Ele encara-a novamente de cima a baixo, guardando na memória cada detalhe do corpo dela, ele sai dali com a certeza que precisa de um banho gelado.