Capítulo 18
1171palavras
2023-05-24 02:07
Aquela noite Levi não desceu para o jantar, ele pediu para a governanta o servir no quarto, Kaira jantou e foi para o seu quarto descansar, na manhã seguinte, quando ela desce para o café ele já está sentado à mesa tomando o seu café.
– Bom dia. – Diz ela ao sentar-se.
– Bom dia. – Responde ele sem encará-la.
– Como está o meu marido?
– Eu não sei, acho que você percebeu que perdi o meu dia ontem. – Responde ele de forma ríspida.
– Grosso! Não tenho culpa que você é um alcoólatra. – Diz ela baixinho.
– Dá um tempo, quer me xingar, ao menos seja mulher e fala alto. – Ela o observa e então repete.
– Grosso, você é um estúpido.
– Não irei dormir essa noite, por isso. – Debocha ele, deixando ela com mais raiva. – Eu estava em paz, até você descer, então por favor, ocupe sua boca com alguma coisa dessa mesa e não encha a minha paciência. – Ela suspira e tenta ser simpática.
– Me desculpa, eu não vou te incomodar.
– Obrigado. – Diz ele voltando a comer, ela come algumas coisas daquela mesa e então torna a falar.
– Você pode me falar um pouco do meu marido, como ele é?
– O que você quer saber exatamente?
– Como ele é, o que ele gosta, quero me dar bem com o meu marido, quando ele retornar para casa. – Kaira está sendo simpática só para coletar informações.
– Corta essa, você sabe muito bem como ele é! Ele gosta de mulheres idiotas como você, que o fazem de bobo, basta ser você mesmo e ele ficará satisfeito!
– Caramba, você não consegue ser simpático?
– Consigo, mas com você não vale o esforço! – Diz ele levantando-se.
– Eu sou uma prisioneira nesta casa? – Questiona ela antes dele sair.
– De novo isso? Eu já te disse que não.
– Ótimo, então eu posso sair.
– Você tem um motorista particular, é só pedir para ele te levar onde você quiser, pensei que você era mais inteligente.
– Vá se ferrar! Quando meu marido volta? Eu preciso muito falar com ele?
– Eu já te disse que eu não sei! Por que você não para de me incomodar? Graças a Deus, eu vou viajar e ficar longe de você por um tempo, assim evitaremos uma tragédia.
– Você é um cretino, só tem você aqui, meu marido não dá as caras, você quer que eu faça o quê? Em poucos dias minhas aulas começam, eu nem sequer tinha certeza se podia sair de casa.
– Isso não é problema meu, onde você quer chegar? É dinheiro que você quer? – Ele tira um cartão da carteira e joga nela. – Pronto, use.
– Seu babaca. – Diz ela pegando o cartão e tentando quebrar. – Ahhh, que raiva. – Grita ela, se levantando e jogando o cartão nele, ela sai da sala de jantar e ele vai atrás dela.
– Qual o seu problema, hein? Por que você é tão agressiva? Você já se olhou no espelho? Parece um gnomo que fica nos jardins das pessoas e acha que impõe medo? Você trate de perder essa mania de descarregar a sua raiva em mim, porque se eu não posso te tocar, você também não pode tocar em mim!
– Você usa algum remédio? – Pergunta ela calmamente.
– O quê?
– Sério, você usa?
– Isso é o quê? Uma consulta com uma pirralha metida a médica?
– Não, só estou tentando entender as tuas loucuras, você me chama de agressiva por jogar o cartão em você, sendo que há poucos minutos você jogou ele em mim! Você está doente ou seu cérebro já está afetado por tanta idiotice e você nem presta mais atenção nas coisas que faz. – Ela dá um leve sorriso e sai caminhando devagar cantarolando, como se nada tivesse acontecido o deixando mais irritado.
– Senhor, por favor me dê paciência, é só o que te peço. – Resmunga ele observando aquela mulher se afastar.
Levi sobe as escadas e vai para o seu quarto, arrumar as suas malas em poucas horas ele tem uma viagem para fazer, quando termina ele vai até o quarto dela e entra sem bater.
– O que o Sr. Educação, deseja? – Questiona ela com sarcasmo ao ver ele entrar em seu quarto sem bater, ela deixa o livro que está lendo de lado e cruza os braços aguardando a resposta dele.
– Eu falei com o seu marido, ele disse que você pode voltar a faculdade, que se você o enganar, trair ou tentar fugir, ele vai acabar com a sua família e depois com você.
– No caso você, já que ele só fica recluso, não é? – Debocha ela. – Devo ficar com medo agora?
– Sério, você é uma chata, não te suporto. Fique com isso, são ordens do seu marido. – Diz ele largando um cartão em cima da cama, ela pega e lê o nome.
– Por que você não me dá um cartão com o nome do meu marido? – Questiona ela ao ler o nome dele.
– Porque eu não tenho um cartão com o nome dele, mas não se preocupe com isso, ele vai me ressarcir depois, cada centavo que você gastar.
– Não me importo com isso, só queria um cartão que não tivesse um nome tão idiota impresso nele. – Diz ela com um sorriso debochado. – Convenhamos Keller é mais bonito que Schneider, sobrenome bem esquisito, de onde você saiu? Isso realmente é estranho, eu sou casada com um, mas uso o cartão de outro.
– Deus! É o que temos para o momento, use e reclame com o seu marido quando ele quiser ver essa tua cara insuportável. – Diz ele saindo do quarto batendo a porta, enquanto ela fica rindo, ela já entendeu que ele sempre perde a paciência. – Sr. Doertz, estou pronto, me leve até o hangar.
– Tchau advogadinho, boa viagem. Aproveita enquanto meu marido paga pela sua diversão seja lá, onde você vai. – Diz Kaira descendo as escadas, ele observa-a, passa a mão em seus cabelos, suspira e não responde. – Sempre mal-educado. – Resmunga ela rindo.
No caminho do hangar, Levi vai todo o tempo em silêncio, quando chegam antes de descer do carro ele dá instruções para o motorista.
– Sr. Doertz, meu carro está no estacionamento da Stag Nite, peça para alguém buscá-lo, deixei a chave no escritório.
– Farei isso senhor.
– Fique à disposição da Sra. Keller, leve ela para onde ela quiser, menos na casa do centro da cidade e não importa o quanto ela insista, ela não tem autorização de ir até lá e se você quebrar essa ordem eu saberei e você arcará com as consequências. Estarei de volta em três semanas. – Ele pega sua pega mala e desce do carro, antes do motorista responder.