Capítulo 83
938palavras
2023-05-18 19:59
Ponto de vista do Damian.
Assim que comecei a andar com o carro minha menina adormeceu do meu lado, ela parecia tão calma e tranquila, por uma fração de segundos senti como se estivéssemos ainda no começo, como se não tivesse passado todos esses anos, senti como se ela ainda fosse minha. Andei por mais algum tempo até chegar em acostamento, assim que encontrei um eu parei o carro depois tirei o cinto de segurança dela e deitei o banco, queria deixar ela confortavel ate chegar na minha casa. liguei novamente o carro e voltei a via principal, o trânsito hoje estava calmo e não tinha nenhum sinal de engarrafamento, isso é bom, logo vou chegar na minha casa, vou levar ela pro quarto e preparar um almoço especial pra ela, como antes no nosso primeiro encontro, mesmo depois de tanto tempo eu ainda me sinto como no começo, ainda sinto aquela necessidade de proteger e amar ela, ainda me sinto loucamente apaixonado por ela. Olho pra minha menina dormindo calmamente no banco, as expressões sérias dela agora estavam tranquilas,ela dormia de boca aberta, parece que realmente a viagem foi cansativa. quando ela acordar vou conquista la de novo, não importa se vai demorar, não importa o que eu tenha que fazer, de repente uma angústia apertou meu peito, de repente senti como se eu nunca tivesse essa chance. De repente....
Acordei com minha garganta seca, olho ao redor tentando descobrir onde estou, as paredes brancas, as persianas cor de creme, o criado mudo com uma jarra de água e um copo, e esse barulho irritante, olho em volta procurando de onde ele vem, tento me levantar mas minha cabeça doí e eu me sinto fraco, me apoio novamente nas minhas mão pra apoiar o meu corpo a se levantar, com muito custo eu consigo, coloco minhas mãos na cabeça e fecho os meus olhos tentando me lembrar onde eu estou.
- Que lugar é esse? - Falo comigo mesmo, vasculhei o quarto e eu estou sozinho, ao meu lado tem um aparelho que parece acompanhar meus batimentos cardíacos. - Esse barulho. - Sinto algo incomodando meu nariz, passo a mão e vejo que tem uma mascara de oxigenio. - Droga! eu to em um hospital. - Tiro a máscara e respiro profundamente.
- Eii! Fica calmo, você acabou de acordar. Graças a Deus você acordou. - Um médico me fala, ele é alto e tem olhos azuis. Ele parece estar aliviado por eu ter acordado, mas, eu não o conheço.
- Onde eu to? - Eu me sentia confuso, minha cabeça doía muito, olhei pro jarro de água mas não conseguia falar, o médico acompanhou os meus olhos e entendeu o que eu queria.
- Quer água? - Ele me perguntou já enchendo o copo, depois ele veio até mim e me ajudou a beber. - Calma, se não você pode se engasgar, calma. - Eu bebi toda a água mas ainda sentia sede.
- Obrigado. - Eu o agradeci e ele me respondeu com um aceno de cabeça.
- Quer mais? - Acenei que sim com a cabeça e ele foi encher outro copo, mas dessa vez eu o peguei na minha mão e comecei a beber sozinho. - Vai com calma tá, vocÊ ainda está um pouco fraco. - Ele pegou uma lanterninha no bolso e apontou a luz forte nos meus olhos. - Consegue seguir a luz? - Mais uma vez acenei com a cabeça e comecei a acompanhar a luz que ele movia de um lado pro outro. - Bom, seus reflexos estão bons, sente alguma dor?
- Minha cabeça. Parece que vai explodir. - Falei colocando a minha mão livre na cabeça. Ele veio até mim e pegou o copo vazio que eu ainda segurava.
- Vou pedir alguns exames, mas por hora esses comprimidos vão ajudar a aliviar a dor. - Ele pegou uma caixa do bolso e nela pegou duas cápsulas vermelhas. - Toma. - Ele me deu as cápsulas e logo em seguida mais um copo com água.
- Obrigado. - Tomei as cápsulas e depois um pouco de água. - Onde eu estou? Quer dizer, eu sei que é um hospital, mas, por que eu to aqui? - Eu ainda estava confuso.
- Você se lembra de alguma coisa? Se lembra do acidente? - Fechei meus olhos tentando me lembrar, mas, nada eu não conseguia me lembrar de nada. - Não, eu só lembro que eu estava no aeroporto esperando uma pessoa, e depois disso é tudo muito vago. - Ele me olhou um pouco decepcionado.
- Bom, ainda é muito cedo, você deve tentar dormir, quando acordar vai se sentir melhor. - Ele se levantou e quando ele ia sair eu o segurei pela mão.
- Ela está bem? - Ele me olhou um pouco surpreso, voltou e se sentou na beira da cama.
- Você se lembra?
- Não! - Ele mudou para uma expressão confusa. - Mas se estava esperando alguém no aeroporto, essa pessoa deveria estar comigo na hora do acidente. Então ela está bem?
- Não sabemos ainda. - de repente comecei a me sentir muito sonolento, ele me ajudou a deitar e me cobriu. - Descansa, amanhã nós conversamos.
- Qual o seu nome? - Perguntei antes dele sair. Ele parou já perto da porta e se virou pra mim, os olhos dele estava triste e por questão de segundo achei que tinha visto uma lágrima descendo pelo seu rosto.
- Carlos, Carlos Stanziola. - Antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa ele saiu, e depois disse tudo ficou escuro novamente.