Capítulo 39
1031palavras
2023-08-08 09:11
O gatinho parecia faminto, então comprei sachê de filhote para que ele pudesse comer mais facilmente, além de caixinha de areia, areia, pazinha, potes de comida e água e uma caminha para que pudesse descansar.
Dante com toda certeza iria me matar, mas não poderia deixar o gatinho ali sem ajudá-lo. Eu ainda tinha que dar um nome a ele, mas deixaria isso para mais tarde porque agora eu tinha que fazer a limpeza geral nele... Sério, quando digo limpeza geral, vai desde banho, limpeza dos olhinhos e unhas.
Primeiro banho nunca é fácil, mas consegui!

– Parabéns para mim! - Eu comemorei.
Fui para a segunda tarefa difícil: secar. Foi uma briga, mas confesso que após uns arranhões, consegui finalizar novamente!
– Pronto bichano, você está limpinho, sem fome ou frio. - Conversei com ele.
Após dar banho nele, o coloquei para dormir, pois ele parecia bem cansado. Sabia que era um machinho, no estilo "frajolinha" e que era fofinho.
Escutei meu celular tocar na cozinha e fui correndo atender. Apenas atendi sem visualizar quem era.
– Alô! - Eu respondi parecendo que estava numa maratona.

– Olá docinho! Como está sendo o seu dia? - Perguntou Dante.
– Não me mata tá? Tenho algo para te contar. - Eu disse apreensiva.
– Diga. - Disse Dante começando a ficar ansioso do outro lado da ligação.
– Encontrei um gatinho filhote e estou cuidando dele. - Eu disse fechando os olhos e esperando bronca.

– Sério? Como ele é? - Perguntou Dante empolgado.
– Você não vai brigar ou ficar irritado comigo? - Eu perguntei surpresa.
– Não, eu gosto de animais. Por qual motivo eu deveria descontar as minhas frustrações em você?
– Wow! Realmente estou surpresa.
– E além do mais, se você queria um gatinho ou cachorrinho, não serei contra, até porquê, quero fazer o que você gosta também.
– Mas é seu apartamento... Eu entenderia se você surtasse.
– O que isso iria adiantar? Só te deixaria triste e realmente não quero isso.
– Muito obrigada Dante! Você fez o meu dia ainda melhor.
– Que bom, pois o meu está terrível! Melhorou agora que estou conversando com você.
– O que houve? - Eu perguntei preocupada.
– Descobri um rombo na empresa do meu amigo, tudo desde quem faz a transferência até os comparsas que participam. Contei ao meu amigo após coletar as provas e ele demitiu geral como "justa causa". Isso era pouco comparado a punição que eles mereciam que era ir para a cadeia.
– Espera, estou ouvindo sirene de fundo na sua ligação... Dante o que realmente aconteceu? - Eu perguntei impaciente (quase desesperada).
– Resumindo... Eu tive um acidente de carro e n...
– Você teve o quê? - Eu quase surtei interrompendo-o.
– Calma docinho, não foi nada grave. Sei que está preocupada, mas a tentativa deles em cortar os freios do meu carro só fez com que a polícia fizesse uma investigação minuciosa e acabasse pegando os culpados.
– O que aconteceu com você? Possui ferimentos?
– Sim, como percebi que o carro não estava freiando, ao invés de eu pegar uma via com semáforos, decidi colidir com o muro de um estacionamento. Assim não machuquei ninguem, mas ao mesmo tempo o carro acionou o airbag que acertou em cheio a minha cabeça gerando uma concussão. Demais, estou todo dolorido.
– Qual a cidade que você está? Quero ir aí para cuidar de você.
– Não precisa docinho, hoje já tenho alta.
– Ué, mas como assim?
– O acidente aconteceu tem três dias.
– Eu quero te matar! Como você não me contou antes? Eu poderia ter ido para aí no primeiro dia. - Eu disse brava.
– Amor! Amanhã eu estarei em casa. Não quis te preocupar e também estava esperando o resultado de vários exames além da opinião do médico se era algo grave ou não.
– Amor? - Eu repeti e comecei a chorar só de pensar no fato de perdê-lo.
– Não chora amor! Agora que consegui te trazer para perto de mim, não vai ser tão fácil assim se livrar. Nem comecei a te aproveitar ainda.
– Mesmo que você seja contra, amanhã eu e o gatinho iremos te buscar no aeroporto! - Eu disse não abrindo espaço para negativas.
– Eu adoraria! Falando nisso, você já tem um nome para o gatinho?
– Ainda não escolhi. Sei que é machinho e é um "frajolinha" preto e branco.
– Deixa eu ver...
Dante pensou por alguns segundos até sugerir...
– Que tal Freddy?
– Interessante, gostei do nome.
– Docinho, vou desligar porque tenho que descansar para aguentar o voo porque não aguento mais de saudade.
– Ok, qual o horário do voo de amanhã?
– Eu chego por aí por volta das 5 horas da tarde. Tranquilo para você?
– Sim, estarei lá para te buscar.
– Vou te aguardar! Te amo. - Após falar, desligou a ligação.
– Eu nem tive tempo para dizer... - Eu falei meio triste.
Terminei o que eu precisava naquele dia, tomei um banho, escovei os meus dentes e fui deitar porque não aguentava mais de saudade e ansiedade.
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Acordei com uma sensação maravilhosa de que veria meu amor hoje. Consegui finalizar tudo antes do horário para ir buscá-lo. Liguei o carro dele, peguei o Freddy que estava com uma mini roupinha azul claro com desenhos coloridos e fomos buscar Dante no aeroporto. Quando chegamos, vimos que o voo atrasou, sentamos e aguardamos 40 minutos até que finalmente o voo do Dante chega ao aeroporto. Fui no hall de desembarque para esperá-lo.
Eu estava supernervosa porque Dante ainda não havia aparecido e quase todas as pessoas já haviam descido. Fiquei ali procurando-o que nem percebi quando ele chegou do meu lado.
– Docinho, quem você está procurando? - Disse ele fazendo mensão de que iria ajudar.
– Dante! Que susto... - Eu me virei e o abracei.
– Aí sim, quero ser recebido sempre assim. - Disse ele sorrindo.
– Que bom que gostou da recepção! - Eu disse sorrindo.
– Venha, vamos para casa! - Disse Dante e eu o segui até no carro.