Capítulo 100
1179palavras
2023-06-06 00:02
(Ponto de vista de Nikolai)
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Fui ao aeroporto assim que recebi a mensagem de Drake a qual dizia que Ashley havia sido impedida de embarcar em um voo para Paris. Ouvi dizer que Cindy também havia sido impedida. Isso deve ter sido coisa do Drake.
De acordo com o que Drake me falou antes, parecia que Ashley estava planejando ir em sua pequena viagem para Paris com Cindy, Teddy, Finley e um cara chamado Dave Winters.
Eu me perguntei quem era esse tal de Dave. Talvez, fosse um dos seus assistentes recém-recrutados.
"Winters... um feiticeiro?", esse nome de família era conhecido como sendo de bruxas e feiticeiros, mas eu também sabia que alguns membros da família Winters se tornaram Lobisomens por meio de casamentos cruzados, aprovados pela Rainha. Lobisomens da linhagem da família Winters não eram tão fortes e conhecidos por serem uma raça instável.
Algo estava me incomodando, então senti vontade de ir procurar pela Ashley. Era como se minha intuição me dissesse que ela não estava segura.
Mas meus homens e eu já estávamos nos preparando para embarcar no meu jato particular. Precisávamos voltar para Xevia para proteger meu lar, o qual eles sabiam que estava vulnerável agora sem meus homens mais fortes lá para protegê-la.
"Eu tenho que fazer uma coisa. Espere por mim. Não vou demorar", eu disse a Ivan, o qual não parecia nem um pouco feliz com a minha decisão de atrasar nosso voo de volta para Xevia.
Eu precisava levar a Ashley e o Teddy comigo para Xevia. Eu precisava deles ao meu lado. Uma guerra estava aproximando-se, e eu precisava manter meus entes queridos em segurança. Eu não suportaria pensar que meus inimigos poderiam machucá-los enquanto eu estivesse lutando em uma guerra no meu país.
"Niko, eu sei o que você tá pensando. Você não precisa se preocupar. Enviei Becky e Bruce para cuidar da Ashley enquanto resolvemos nossos problemas em Xevia. Precisamos ir agora", Ivan sussurrou e estava bloqueando meu caminho. Eu rosnei e o empurrei para trás.
"Saia do meu caminho!", passei pelo Ivan e andei até meu carro para sair do aeroporto privado. Eu precisava ver a Ashley. Eu não queria ir embora sem lhe dizer que eu voltaria para ela. Eu precisava que ela soubesse que eu a amava.
Eu queria reconciliar-me com ela. Foi tudo um mal-entendido que pode ser o começo do fim do nosso relacionamento. Eu precisava fazer com que ela confiasse em mim novamente.
Eu dirigi o mais rápido que pude para o aeroporto nacional. Drake estava me seguindo enquanto pilotava sua supermoto. Não importava se eu o havia tratado mal, Drake provou ser leal a mim, pois nunca fugiu do seu juramento de lealdade a mim e do seu dever.
Assim que cheguei ao aeroporto, não esperei nem um segundo a mais e corri aonde me disseram que a Ashley estava esperando por alguém. Eu me perguntei em quem ela tinha em mente que poderia suspender a proibição por risco de viagem que eu havia pedido a um amigo do alto escalão. Eu não queria que ela saísse de Amberose.
Isso seria perigoso demais, e a notícia do meu relacionamento com Ashley já foi divulgada ao público. Ela estava em perigo e, provavelmente, já era alvo dos meus inimigos.
Enquanto eu andava depressa conforme empurrava os outros para o lado, vi Finley conversando com outro homem. Aquele homem parecia familiar. Esse não era o modelo que Ashley havia contratado para usar seus desenhos no último concurso que ela havia ganhado?
Eu não tinha certeza disso. Talvez fosse.
Quando me aproximei para perguntar ao Finley onde a Ashley estava, fiquei chocado quando vi uma cena que ocorreu entre Finley e o outro homem. Eu os testemunhei beijando-se apaixonadamente.
Que m*rda! O que estava acontecendo? Finley era gay?
Eu parei um pouco para recuperar o fôlego e olhei em volta. Ashley estava por perto. Eu tinha certeza disso. Eu só não tinha certeza em qual sala de espera ela estava.
Havia três salas de espera nesse aeroporto ridiculamente grande. Eu poderia me perder em sua arquitetura totalmente confusa. Eu precisava agir depressa.
Vendo Finley e seu amante andando em direção a uma sala de espera, eu os segui de perto. Após cerca de dez minutos de caminhada, chegamos a uma sala de espera bem iluminada com algumas pessoas dentro dela. Devia ser ali.
Foi quando eu pude vê-la de pé, nos painéis das janelas que iam do chão ao teto. Sorri e suspirei de alívio por ela estar ilesa.
Ela estava de costas para mim, conversando com um homem. Eu me perguntei quem era ele. A minha visão estava bloqueada por uma obra de arte grande e idi*ta que ficava no meio de um caminho movimentado. Eu suspirei.
Perto da entrada da sala de espera, aproximei-me e escondi-me atrás daquela obra de arte que parecia um p*nto. Claro que havia transeuntes olhando para mim enquanto se perguntavam por que eu estava parado perto daquilo igual um pervertido.
Eu ignorei essas pessoas e rosnei, como um aviso para que eles fosse se f*der.
Foi só quando eu estava olhando para a sala que percebi que Ashley havia ligado para aquele idi*ta do ex-noivo dela, Philip. De todas as pessoas que ela conhecia, por que ela tinha que ter chamado a ele?
Ela não havia percebido que Philip não era confiável?
Me dava cada vez mais nojo ficar parado observando-os conversar, com aquele sorriso dela que só podia ser mostrado a mim!
Dei alguns passos adiante e ouvi uma coisa que quase fez meu coração parar de bater. Ela havia acabado de apresentar aquele homem que havia beijado o Finley como o pai do Teddy?!
Sem querer perder mais tempo, corri até a sala e gritei para que ela me ouvisse.
"Esse homem é o pai do Teddy, Ashley?!", eu confrontei Ashley, a qual congelou quando me viu entrando na sala de espera. Ela nem piscou.
Eu não sabia o que estava dando em mim. Eu estava com raiva, frustrado, e me sentia traído.
De onde eu estava, saltei e dei um soco naquele homem que Ashley havia apresentado como Dave Winters.
Ouvi Ashley gritando o meu nome, mas minha mente estava nublada de raiva por saber que Dave Winters era o pai biológico de Teddy, um homem que abandonou tanto a Ashley quanto o filho por outro homem.
Estava tudo tão confuso para mim.
Eu estava furioso e não conseguia parar de bater no tal do Dave.
Foi nessa hora que senti uma eletricidade fluindo do meu pescoço até o final da minha espinha dorsal.
Quando caí de cara no chão, percebi que foi o Philip quem havia me deixado paralisado com um taser portátil, o qual paralisou todo o meu corpo. Eu esperava que isso fosse apenas temporário.
Ah, pelo amor de Deus!
E essa foi a segunda vez que alguém me derrubou em um dia.
Então, desmaiei, sem saber por quanto tempo.
Quando pisquei e abri os olhos de novo, percebi que eu estava de volta à p*rra do meu jato particular!