Capítulo 56
1163palavras
2023-05-10 00:02
(Ponto de vista de Ashley)
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A noite passada foi cansativa. Acordei com círculos escuros e olheiras. Ugh! Era uma visão feia de se ver pela manhã no espelho.
Eu não me lembrava de como havia bebido depois de colocar o Teddy para dormir. Finley e Dave me acompanharam para beber enquanto ouviam minha patética história de amor com o Nikolai.
Eu só tive azar no amor. Talvez eu devesse parar de querer estar em um relacionamento sério com um homem. Talvez eu devesse apenas dormir com outros homens, assim como a Gina passava a vida dela.
Sem compromisso. Eu entendi agora. O amor não foi feito para todas as mulheres.
Porque todo homem que beijei acabou me traindo. Achei que eu sempre tive um tipo específico de que gosto. Era hora de eu acordar para a realidade. Não havia um final feliz para uma princesa amaldiçoada como eu.
Eu estava destinada a viver sozinha sem um homem para amar. Então, parei por um momento enquanto olhava para o meu reflexo no espelho.
Por que eu estava tão emocionalmente instável? Eu estava de TPM? Deveriam ser meus hormônios fazendo com que eu falasse bobagens para mim de novo. Precisava de tomar um banho demorado e relaxar.
Depois do banho, comecei a colocar nossas coisas nas malas. Sem dúvida, minha mente ainda ansiava por encontrar o Nikolai novamente, tive que deixar esse pensamento e sentimento de lado. Eu tinha muitas perguntas a fazer para o Nikolai, mas, depois do que ouvi no noticiário enquanto fazia as malas, mudei de ideia.
Houve um anúncio no noticiário sobre a data do casamento de Nikolai Wulfgard. Foi confirmada. Desgr*çado!
Eu não tinha certeza se estava triste ou com raiva. Mas, com certeza, tanto Finley, quanto Dave, tomaram distantes de mim, pois sentiram que eu não estava de bom humor.
"Vou levar o Teddy ao parque enquanto você faz as malas. É melhor você... você sabe... se acalmar um pouco", Finley me disse e colocou uma xícara de chá de camomila na mesa do meu quarto, o que me ajudaria a acalmar meus nervos, "Não acredite em todas as notícias. Pode ser só uma notícia que não foi verificada ainda."
Não respondi ao Finley e continuei fazendo as malas. Ele me conhecia muito bem para me evitar quando eu estava com raiva.
Apenas assenti com a cabeça e continuei arrumando as coisinhas do Teddy.
Era melhor para o Teddy que ele não me visse com um humor tão incontrolável. Isso poderia me levar a transformar todo o lugar a minha volta em algo destruído, transformar coisas boas em ruins.
Continuei me ocupando enquanto tentava jogar aquele Nikolai mentiroso para fora da minha cabeça. Como pude ser tão tola em acreditar que ele gostava de mim!
Enquanto eu me sentava em uma cadeira para descansar, bebi o chá de camomila e fechei os olhos. Foi realmente calmante.
Mas essa calma acabou depois que recebi uma ligação do escritório da minha agente. Precisavam que eu voltasse ao escritório em Averna para tratar de algo relacionado ao prêmio que eu havia acabado de ganhar.
Suspirei e me perguntei o que mais de ruim poderia acontecer comigo hoje.
Vestindo um terno branco de negócios, mantive minha imagem simples, com o mínimo de maquiagem. Eu simplesmente não estava com vontade de ficar bonita naquele dia. Eu só queria que o dia acabasse.
Antes de deixar a casa alugada, vi Teddy voltando do parque ao qual havia ido com Finley.
Enquanto ele estava pulando em minha direção e cantarolando uma música que eu nunca tinha ouvido antes, ele me fez uma pergunta com um sorriso no rosto. Ugh! Essas covinhas fofas dele me lembravam muito o Nikolai!
"Mamãe, posso usar seu celular? Preciso ligar para os meus amigos pra me despedir. Preciso de falar pra eles que tô indo embora hoje", após ouvir isso, fiquei encantada, pois eu não sabia que meu filho realmente tinha amigos de verdade com quem se importava.
Concordei com a cabeça e pedi que fosse rápido.
Ele sorriu feliz e correu até o jardim para fazer a ligação.
"Ele não tá agindo de forma estranha?", perguntei ao Finley, quem entrou na sala com um pacote de bagels.
"Pensei que ele tivesse herdado essa atitude estranha da mãe dele", Finley zombou de mim enquanto preparava o café da manhã que, provavelmente, era para o Dave, o qual ainda estava dormindo.
"Muito engraçado", aproximei-me de Finley e disse, "As coisas ruins nele vêm do pai, eu sou a parte boa."
Finley bufou e me ignorou enquanto andava para a cozinha: "Volte logo, ou vamos perder o voo."
Em seguida, peguei as chaves do carro alugado de Finley para chegar ao escritório da agente. Eu me perguntei do que se tratava.
A ligação parecia urgente e importante.
*****
(Ponto de vista do autor)
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Um homem usando um terno preto feito sob medida estava andando pelo escritório, parecendo inquieto e irritado. Ele tentou ligar para sua esposa, que obviamente o estava ignorando. Ele tentou de tudo para persuadir o amor de sua vida a perdoá-lo.
Foi algo que ele fez no passado que a magoou profundamente. Algo que ele não tinha como mudar.
Não até hoje. Ele precisava de trazê-la para casa.
Era a única maneira de fazer com que o amor da sua vida sorrisse novamente e o aceitasse em sua vida como antes. "Anne, por favor, me ligue de volta. Por favor, meu amor. Eu a trarei de volta. Só confie em mim, eu te amo", ele disse.
Ele deixou uma mensagem de voz e dezenas de mensagens de texto derramando seu amor pela sua esposa.
O olhar de raiva e ódio nos olhos dela, quando eles se encontraram pela última vez, despedaçou seu coração. Ele se sentia perdido sem ela ao seu lado.
Ele precisava acabar com isso. Ele faria a coisa certa.
"Senhor Knight, Tiana Winters chegou", a secretária do dono da empresa chamada Galaxy Talents entrou e fez uma reverência para ele.
"Traga-a aqui", disse ele e respirou fundo a fim de se encontrar com a mulher que seu assistente havia verificado e garantido que era sua filha perdida. Ele havia sentido tanta saudade dela.
Depois de beber uma xícara de café que lhe foi servida, de repente sentiu que algo estava obscurecendo sua mente.
Ele esfregou a testa e fechou os olhos por um instante. Ele olhou para a xícara de café e tentou se lembrar de quem havia lhe servido a bebida.
Ele se perguntou se havia sido drogado... de novo.
Um som de uma mulher engasgou levemente foi ouvido. Ele sabia quem era.
Contudo, ele não conseguia entender por que estava sentindo uma raiva repentina em seu peito quando abriu os olhos para ver o rosto dela. Era a mesma sensação que teve há cinco anos atrás quando fez com que sua única filha deixasse a família na época.
"Ashley?"
Por um momento, a sala ficou em silêncio.
E, então, ela respondeu suavemente: "Pai?"