(Ponto de vista de Nikolai)
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Talvez ela tivesse esquecido que eu era um lobisomem. Eu podia ouvir sua conversa com um homem que ela chamou de 'Teddy'. Um nome tão infantil para um homem, o que me fazia esperar que ele não fosse seu amante.
Eu esmagaria esse tal de Teddy. Ninguém poderia ficar com a minha Ashley. Ela era minha para sempre.
Tentei me acalmar enquanto minha mente tentava descobrir quem poderia ser esse tal de Teddy.
Eu estava com ciúmes? Talvez eu estivesse. Provavelmente era isso mesmo.
O que essa bruxa fez comigo?
À menção do nome Teddy, senti algo estranho no meu coração. Uma sensação a qual fazia tempo que eu não sentia estava se formando. Nos últimos cinco anos, pensei que nunca mais poderia sentir meu lobo, Blake, novamente.
'Blake?', chamei-o na minha mente, esperando que ele finalmente falasse comigo. Eu senti sua presença. Senti que ele finalmente havia acordado.
"Tô cansada", Ashley me disse com os olhos fixos em um espaço em branco. Eu me virei para o lado e olhei para ela, perguntando-me por que ela parecia um pouco nervosa.
Há pouco tempo atrás, ela estava gritando comigo. Essa mulher conseguia mudar seu humor instantaneamente como se houvesse um interruptor escondido em sua mente.
Eu me movi e levantei seu queixo para que ela finalmente olhasse para mim. "O que foi?", perguntei por fim.
Eu percebi que ela tinha uma mania. Seu olho direito estremeceu um pouco enquanto eu esperava que ela respondesse a minha pergunta. Ela estava pensando em como mentir para mim.
"Nada. Só tô cansada", ela mordeu os lábios após falar isso e começou a evitar contato visual comigo. Isso me fez sorrir.
"Eu te deixo nervosa, querida?", sussurrei perto dos seus ouvidos antes de plantar beijos suaves em suas bochechas, "Vamos continuar o que estávamos fazendo antes de você atender aquela m*ldita ligação."
Meus lábios se moveram para capturar os dela. Meu beijo suave permaneceu em seus lábios antes de que eu separasse seus lábios para prová-la ainda mais. Levei meu tempo, porque queria que ela ficasse à vontade. Acalmando o que quer que estivesse passando em sua mente.
"Nikolai, não", ela parou minha mão que já estava embaixo de sua saia, "Amanhã vai ser um dia agitado por causa do concurso. Preciso me preparar para o que está por vir e... ainda preciso provar a você que sou inocente."
"Inocente?", eu ri e me movi para plantar um beijo em sua testa.
Mesmo que eu estivesse duro por ela, eu sabia que ela estava certa. Eu tinha que acordar cedo amanhã também.
"Você ainda me deve o favor de ter te levado ao Baile de Máscaras", eu disse enquanto olhava para ela. Lambi o dedo com o qual a havia tocado anteriormente e pisquei para ela, dizendo: "Você tem um gosto tão bom, querida."
"Pare de me chamar assim", eu a vi tentando esconder um sorriso. Ela gostou desse meu gesto. Ou ela gostou que eu a chamei de 'querida'?
Então, eu a levei de volta para onde eu a busquei originalmente. Como esperado, ela se recusou a me dizer onde estava hospedada. De qualquer forma, eu tinha meus meios de descobrir isso mais tarde.
*****
(Ponto de vista de Ashley)
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A forma como ele sorria de vez em quando me deixou um pouco assustada. O que estava se passando na mente dele?
Entrei em pânico quando ele mencionou o nome 'Teddy'. Como fui tola por ter mencionado o nome do Teddy quando estava no celular com ele.
A viagem no carro foi silenciosa mais uma vez, apesar da minha mente estar pensando em um monte de coisas para dizer a ele. Eu simplesmente não sabia como contar sobre o que aconteceu comigo há cinco anos atrás.
Eu estava realmente aliviada por ele não ter mencionado ou entrado no tópico do nosso caso de uma noite.
Quando ele estacionou o carro em frente ao Hotel Moonlight, eu saí depressa do carro, pois não queria que ele tentasse me beijar de novo. Eu estava cheia de t*são por ele. Outro encontro como aquele faria com que eu me deixasse levar pelos desejos dele mais uma vez.
Não querendo que ele me seguisse, lancei um feitiço enquanto andava para entrar no saguão do hotel. E, então, peguei outra saída do hotel em direção ao meu apartamento. Eu tinha certeza de que ele não poderia rastrear meu cheiro pelo feitiço que eu havia lançado no ar em volta de mim.
Quando cheguei ao meu apartamento, tirei meus sapatos e caminhei descalça até o meu quarto. Deitando na minha cama macia, tentei dormir.
Contudo, minha mente estava pensando em quem havia me incriminado. Eu precisava focar em descobrir a verdade para, pelo menos, limpar meu nome. A principal suspeita era, obviamente, a Helen. Não havia nenhuma prova real, mas eu sabia que ela tinha algo a ver com isso.
Eu planejava mostrar para o Nikolai o vídeo de vigilância, o qual mostrava que ela tinha entrado naquela sala depois de mim e plantado aquelas camisinhas nojentas.
Senti que ela poderia ter feito mais do que apenas plantar aquelas camisinhas. Eu me perguntei se ela também havia mudado meus desenhos. "Urgh! Aquela v*diazinha!", xinguei.
Virei-me de lado e soquei um travesseiro, imaginando que aquele travesseiro era o rosto astuto da Helen.
Fechando meus olhos novamente, minha mente passou a recordar as coisas que fiz com o Nikolai no carro. Quando eu estava perto dele, eu sentia como se fosse o certo. Uma sensação bem diferente de quando eu estava com o Philip. De fato, havia algum tipo de conexão.
"Era como uma companheira se sentia com seu lobo predestinado? Que absurdo!", sussurrei para mim mesma e me sentei novamente, "Teddy!"
Eu tinha quase esquecido da promessa de ligar para o meu filho.
Peguei meu celular e fiz uma ligação para o meu bebezinho fofo. Ele não atendeu, provavelmente porque já estava dormindo. Então, gravei um vídeozinho cantando uma música para ele dormir, por caso de ele precisar um dia.
Depois de enviar o vídeo, sorri para mim mesma. Eu me perguntei como o Nikolai reagiria se um dia descobrisse que eu dei à luz seu filho. Será que o Nikolai amaria o Teddy tanto quanto eu o amo?
Eu não sabia. Eu mal sabia se conseguiria encontrar um espaço no meu coração para confiar facilmente em outro homem de novo. Philip me ensinou a lição de que eu não deveria confiar tão fácil em um homem, mesmo depois de mais de conhecê-lo por uma década.
Suspirei e deitei na cama.
Quando fechei os olhos, uma mensagem chegou no meu celular.
Houve uma convocação para que todos os competidores se encontrassem em uma empresa chamada Destiny para uma reunião especial no dia seguinte.
Eu me perguntei qual seria o motivo por trás disso.