Capítulo 56
1592palavras
2023-03-31 19:06
CAPÍTULO 56
Igor Smith
Quando eu pensei que a situação não poderia piorar, pois ela piorou! Elisa se levantou de onde estava tentando enxugar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto, então eu a vi buscar a sua bolsa e quando vi que estava saindo eu a impedi.
— Elisa, aonde você vai? Fica comigo! — falei segurando o seu braço.
— Acho que não tem nada para eu fazer aqui! As cartas já foram jogadas na mesa, Igor... e quem está sobrando sou eu! Eu sinto muito por nós dois, mas parece que não faz mais sentido! — falou, e saiu a passos rápidos, mancando bastante, então eu a vi entrar no elevador, e corri conseguindo segurar a porta, e entrei junto com ela.
— Elisa, não faz isso! Agora que a gente iria realmente começar algo, não quero que vá! — coloquei a mão nos ombros dela tentando buscar o seu olhar que não queria nem me olhar mais.
— Sabe, Igor... eu não comecei a fazer balé por gosto... eu sempre fui forçada pela minha mãe a fazer, e isso não era suficiente para ela, nunca! Eu sempre tive que ser melhor, sem uma opção de escolha, e isso foi algo que ficou na minha cabeça no decorrer dos anos, uma busca incessante por fazer o meu melhor, e agradar a minha mãe, isso nunca partiu realmente de mim, eu nem sei o que eu realmente quero com tudo isso! A única coisa que eu sei realmente o que eu quero, é você! E agora parece que isso não é possível, eu não o tenho mais... — Falou triste, e o elevador chegou ao térreo, então eu desci junto com ela, e fomos andando no hall de entrada.
— Elisa, não fale essas coisas! Você tem a mim, nunca deixou de ter! Eu só fiquei chateado pensando que você tinha me deixado no meu aniversário, e também não gosto todas as vezes que você me troca pelo seu trabalho, mas eu até te entendo, e isso não é o mais importante, o mais importante é estarmos juntos de novo!
— Só que você é um homem casado, Igor! E eu nem sabia disso, pra mim a gente ainda namorava, você me entende? — falou mais firme.
— Não se preocupe com isso! Ela já assinou um documento de divórcio, e assim que o bebê nascer, ele passará a ser válido, então é como se já tivéssemos praticamente divorciados! Se você puder esperar até o bebê nascer, a gente se casa depois! — falei, segurando a sua mão, e acho que esse era mais um pedido de casamento.
— Não é assim que funciona! É uma situação muito complicada, eu fiquei realmente assustada, nunca imaginei que chegaria aqui e você estaria casado! Você é tudo que eu tenho agora Igor, eu nem sei o que vou fazer da minha vida sem você, sempre pensei que logo nós casaríamos, e viveríamos felizes... teríamos a nossa própria família, e agora você já tem uma família com outra! Você é o meu calcanhar de Aquiles Igor, não posso viver sem você, mas sem resolver essa situação não dá, por enquanto não dá Igor, eu preciso realmente ir! — ela soltou aos poucos das minhas mãos, e aquilo foi difícil, eu não estava esperando por isso, não agora que a Elisa tinha me aceitado.
Ela me olhava sério enquanto se soltava da minha mão e eu tive que mais uma vez a observar partir, e aquilo mexeu muito comigo, foi como se eu voltasse no tempo outra vez, e sofresse de novo por causa das rejeições de Elisa, só que dessa vez a culpa é minha, eu sou culpado, eu tenho uma esposa e um filho, e sou casado, por mais que tenha um papel de divórcio pré assinado, eu não sou bobo e sei que ainda estou casado!
Quando Elisa sumiu da minha vista, eu precisei de alguns minutos para me recompor e depois pegar o elevador voltando para o meu apartamento. Voltei a olhar para a minha avó e a Luana, mas agora a minha cabeça estava agitada e o meu coração estava doendo, então eu acabei ficando com raiva delas.
— Acabou o show! Vamos voltar pra casa! — Falei, e a minha avó segurou no braço da Luana, e foram juntas para o elevador.
— Você não vem junto? — perguntou a minha avó.
— Eu vou com o meu carro! — falei, e elas fecharam o elevador, e foram.
Peguei umas coisas pessoais que deixei no apartamento e fui com o carro em direção a minha casa. Mas, me decidi sair de lá, e lutar por Elisa.
Em casa...
— O que está fazendo, Igor? — a minha avó perguntou quando entrou no meu quarto e me viu fazendo as malas.
— Eu vou embora, vó! Vou deixar a Luana aqui, pois ficará mais confortável, e vou morar em outro lugar! — falei.
— Eu não vou falar mais nada, Igor! Já cansei em dar murros em ponta de facas, e realmente espero que quando você perceba o quão idiota e imaturo está sendo... a Elisa te coloque um chifre bem grande, e a Luana não te aceite mais, te faça pastar, pois é isso que merece! — saiu batendo a porta, e logo depois entrou a Luana! Eu nem queria mais falar com ela.
— Igor, para com isso! Esta casa é sua, eu nunca quis ficar aqui, eu quero ir embora, eu não quero ficar aqui, fique você essa casa nunca foi minha, eu não tenho nada neste lugar!
— CHEGA!!! — derrubei todas as coisas do armário no chão! — PARA DE ATUAR! VOCÊ LEVOU A MINHA AVÓ ATÉ LÁ, VOCÊ FEZ COM QUE A ELISA SOUBESSE ANTES DA HORA, EU QUE IRIA CONTAR PRA ELA! AGORA DE QUE ADIANTA, NÃO É? ELA FOI EMBORA, LUANA! EMBORA! — comecei a guardar as coisas mais rápido.
— Eu realmente queria ir embora! Você é o presidente, é como uma estrela no céu. Eu não sou ninguém. Sei que nunca daríamos certo. Não queria que ela soubesse disso! Acredite, eu não gostaria de ficar aqui! — eu ouvia tudo o que ela falava, mas eu não conseguia acreditar nela, não me parecia verdade, eu acho que ela está atuando, e planejou ir até o meu apartamento com a minha avó, eu sei que no fundo ela não quer que esse casamento termine, mas desde o começo, nós sabíamos que era um acidente, e o fato de eu sentir coisas por ela, ainda não são maiores do que o que sinto por Elisa.
— Já está decidido! Você fica, e eu vou! Simples! Aqui tem a Edineide, e os funcionários da casa e também a minha avó virá com frequência, agora eu já não posso mais ficar confundindo a minha vida, eu já sei o que eu quero e vou lutar por isso, eu sinto muito!
Ela parecia que queria falar algo, mas eu nem dei mais lado e saí daquela casa. Quando entrei no carro, dirigi algumas quadras e precisei parar, eu estava nervoso demais então quando olhei para o celular vi que havia uma mensagem da Elisa, na mesma hora me animei e abri o celular para olhar.
— Estou te esperando no restaurante de sempre! Não demore! — fiquei esplêndido quando li a mensagem dela, e o mais rápido possível eu saí e fui até lá.
No restaurante...
— Elisa... você pensou melhor? — falei, ao me sentar na cadeira.
— Eu quero saber o que pretende fazer... — falou, e eu comecei a explicar.
— Eu já saí de casa, Elisa! Não vou mais morar lá com a Luana! Podemos morar juntos, até o divórcio sair, e depois nos casamos! O que você acha? — falei.
— Mas, e ela concordou com isso? — perguntou..
— Sempre existiu esse documento, desde o dia seguinte ao que nos casamos! — expliquei.
— Tudo bem, meu amor... eu vou te esperar, então! Se você está falando, eu acredito em você, e sei que vamos superar tudo isso! — falou com um rostinho triste, e então eu me aproximei.
— Vem cá, me dá um abraço! — nos abraçamos ali no restaurante, e agora eu sabia que a minha vida iria mudar, e eu estava ansioso.
.
Luana Davis
.
Eu não queria que as coisas tivessem acontecido dessa maneira, eu nem queria estar mais nessa casa, a esta altura eu já queria estar muito longe daqui, e na ilha. O Igor não acreditou em mim e está pensando que planejei ir lá estragar o relacionamento dele, sendo que eu nem pensei numa coisa dessas, eu até evitei de falar quem eu era para Elisa, quando a conheci.
Mas isso agora é o de menos para mim, não tenho intenção nenhuma mais de voltar com ele, e mesmo que ele me pedisse, eu não aceitaria mais, do jeito como as coisas aconteceram, eu só espero que o meu filho nasça bem, para que eu possa seguir com a minha vida longe daqui.
Um dia depois que ele saiu, eu liguei para minha mãe, e contei por alto o que estava acontecendo, e por incrível que pareça ela veio me ver, e pela primeira vez senti que ela estava sendo sincera… me abraçou e disse que ficaria tudo bem, eu acho que era só isso que eu queria ouvir dela, pois nunca tive seu apoio, e esse é o momento da minha vida que mais preciso do apoio dela.
Igor Smith
Quando eu pensei que a situação não poderia piorar, pois ela piorou! Elisa se levantou de onde estava tentando enxugar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto, então eu a vi buscar a sua bolsa e quando vi que estava saindo eu a impedi.
— Elisa, aonde você vai? Fica comigo! — falei segurando o seu braço.
— Acho que não tem nada para eu fazer aqui! As cartas já foram jogadas na mesa, Igor... e quem está sobrando sou eu! Eu sinto muito por nós dois, mas parece que não faz mais sentido! — falou, e saiu a passos rápidos, mancando bastante, então eu a vi entrar no elevador, e corri conseguindo segurar a porta, e entrei junto com ela.
— Elisa, não faz isso! Agora que a gente iria realmente começar algo, não quero que vá! — coloquei a mão nos ombros dela tentando buscar o seu olhar que não queria nem me olhar mais.
— Sabe, Igor... eu não comecei a fazer balé por gosto... eu sempre fui forçada pela minha mãe a fazer, e isso não era suficiente para ela, nunca! Eu sempre tive que ser melhor, sem uma opção de escolha, e isso foi algo que ficou na minha cabeça no decorrer dos anos, uma busca incessante por fazer o meu melhor, e agradar a minha mãe, isso nunca partiu realmente de mim, eu nem sei o que eu realmente quero com tudo isso! A única coisa que eu sei realmente o que eu quero, é você! E agora parece que isso não é possível, eu não o tenho mais... — Falou triste, e o elevador chegou ao térreo, então eu desci junto com ela, e fomos andando no hall de entrada.
— Elisa, não fale essas coisas! Você tem a mim, nunca deixou de ter! Eu só fiquei chateado pensando que você tinha me deixado no meu aniversário, e também não gosto todas as vezes que você me troca pelo seu trabalho, mas eu até te entendo, e isso não é o mais importante, o mais importante é estarmos juntos de novo!
— Só que você é um homem casado, Igor! E eu nem sabia disso, pra mim a gente ainda namorava, você me entende? — falou mais firme.
— Não se preocupe com isso! Ela já assinou um documento de divórcio, e assim que o bebê nascer, ele passará a ser válido, então é como se já tivéssemos praticamente divorciados! Se você puder esperar até o bebê nascer, a gente se casa depois! — falei, segurando a sua mão, e acho que esse era mais um pedido de casamento.
— Não é assim que funciona! É uma situação muito complicada, eu fiquei realmente assustada, nunca imaginei que chegaria aqui e você estaria casado! Você é tudo que eu tenho agora Igor, eu nem sei o que vou fazer da minha vida sem você, sempre pensei que logo nós casaríamos, e viveríamos felizes... teríamos a nossa própria família, e agora você já tem uma família com outra! Você é o meu calcanhar de Aquiles Igor, não posso viver sem você, mas sem resolver essa situação não dá, por enquanto não dá Igor, eu preciso realmente ir! — ela soltou aos poucos das minhas mãos, e aquilo foi difícil, eu não estava esperando por isso, não agora que a Elisa tinha me aceitado.
Ela me olhava sério enquanto se soltava da minha mão e eu tive que mais uma vez a observar partir, e aquilo mexeu muito comigo, foi como se eu voltasse no tempo outra vez, e sofresse de novo por causa das rejeições de Elisa, só que dessa vez a culpa é minha, eu sou culpado, eu tenho uma esposa e um filho, e sou casado, por mais que tenha um papel de divórcio pré assinado, eu não sou bobo e sei que ainda estou casado!
Quando Elisa sumiu da minha vista, eu precisei de alguns minutos para me recompor e depois pegar o elevador voltando para o meu apartamento. Voltei a olhar para a minha avó e a Luana, mas agora a minha cabeça estava agitada e o meu coração estava doendo, então eu acabei ficando com raiva delas.
— Acabou o show! Vamos voltar pra casa! — Falei, e a minha avó segurou no braço da Luana, e foram juntas para o elevador.
— Você não vem junto? — perguntou a minha avó.
— Eu vou com o meu carro! — falei, e elas fecharam o elevador, e foram.
Peguei umas coisas pessoais que deixei no apartamento e fui com o carro em direção a minha casa. Mas, me decidi sair de lá, e lutar por Elisa.
Em casa...
— O que está fazendo, Igor? — a minha avó perguntou quando entrou no meu quarto e me viu fazendo as malas.
— Eu vou embora, vó! Vou deixar a Luana aqui, pois ficará mais confortável, e vou morar em outro lugar! — falei.
— Eu não vou falar mais nada, Igor! Já cansei em dar murros em ponta de facas, e realmente espero que quando você perceba o quão idiota e imaturo está sendo... a Elisa te coloque um chifre bem grande, e a Luana não te aceite mais, te faça pastar, pois é isso que merece! — saiu batendo a porta, e logo depois entrou a Luana! Eu nem queria mais falar com ela.
— Igor, para com isso! Esta casa é sua, eu nunca quis ficar aqui, eu quero ir embora, eu não quero ficar aqui, fique você essa casa nunca foi minha, eu não tenho nada neste lugar!
— CHEGA!!! — derrubei todas as coisas do armário no chão! — PARA DE ATUAR! VOCÊ LEVOU A MINHA AVÓ ATÉ LÁ, VOCÊ FEZ COM QUE A ELISA SOUBESSE ANTES DA HORA, EU QUE IRIA CONTAR PRA ELA! AGORA DE QUE ADIANTA, NÃO É? ELA FOI EMBORA, LUANA! EMBORA! — comecei a guardar as coisas mais rápido.
— Eu realmente queria ir embora! Você é o presidente, é como uma estrela no céu. Eu não sou ninguém. Sei que nunca daríamos certo. Não queria que ela soubesse disso! Acredite, eu não gostaria de ficar aqui! — eu ouvia tudo o que ela falava, mas eu não conseguia acreditar nela, não me parecia verdade, eu acho que ela está atuando, e planejou ir até o meu apartamento com a minha avó, eu sei que no fundo ela não quer que esse casamento termine, mas desde o começo, nós sabíamos que era um acidente, e o fato de eu sentir coisas por ela, ainda não são maiores do que o que sinto por Elisa.
— Já está decidido! Você fica, e eu vou! Simples! Aqui tem a Edineide, e os funcionários da casa e também a minha avó virá com frequência, agora eu já não posso mais ficar confundindo a minha vida, eu já sei o que eu quero e vou lutar por isso, eu sinto muito!
Ela parecia que queria falar algo, mas eu nem dei mais lado e saí daquela casa. Quando entrei no carro, dirigi algumas quadras e precisei parar, eu estava nervoso demais então quando olhei para o celular vi que havia uma mensagem da Elisa, na mesma hora me animei e abri o celular para olhar.
— Estou te esperando no restaurante de sempre! Não demore! — fiquei esplêndido quando li a mensagem dela, e o mais rápido possível eu saí e fui até lá.
No restaurante...
— Elisa... você pensou melhor? — falei, ao me sentar na cadeira.
— Eu quero saber o que pretende fazer... — falou, e eu comecei a explicar.
— Eu já saí de casa, Elisa! Não vou mais morar lá com a Luana! Podemos morar juntos, até o divórcio sair, e depois nos casamos! O que você acha? — falei.
— Mas, e ela concordou com isso? — perguntou..
— Sempre existiu esse documento, desde o dia seguinte ao que nos casamos! — expliquei.
— Tudo bem, meu amor... eu vou te esperar, então! Se você está falando, eu acredito em você, e sei que vamos superar tudo isso! — falou com um rostinho triste, e então eu me aproximei.
— Vem cá, me dá um abraço! — nos abraçamos ali no restaurante, e agora eu sabia que a minha vida iria mudar, e eu estava ansioso.
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Luana Davis
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Eu não queria que as coisas tivessem acontecido dessa maneira, eu nem queria estar mais nessa casa, a esta altura eu já queria estar muito longe daqui, e na ilha. O Igor não acreditou em mim e está pensando que planejei ir lá estragar o relacionamento dele, sendo que eu nem pensei numa coisa dessas, eu até evitei de falar quem eu era para Elisa, quando a conheci.
Mas isso agora é o de menos para mim, não tenho intenção nenhuma mais de voltar com ele, e mesmo que ele me pedisse, eu não aceitaria mais, do jeito como as coisas aconteceram, eu só espero que o meu filho nasça bem, para que eu possa seguir com a minha vida longe daqui.
Um dia depois que ele saiu, eu liguei para minha mãe, e contei por alto o que estava acontecendo, e por incrível que pareça ela veio me ver, e pela primeira vez senti que ela estava sendo sincera… me abraçou e disse que ficaria tudo bem, eu acho que era só isso que eu queria ouvir dela, pois nunca tive seu apoio, e esse é o momento da minha vida que mais preciso do apoio dela.