Capítulo 44
1574palavras
2023-03-31 19:00
CAPÍTULO 44
Igor Smith
Depois que aconteceu tudo isto, eu tenho estado muito preocupado com a Luana! Andei pensando muito, e percebi que na verdade a gravidez é algo muito complicado... e ela tem carregado isso sozinha! Então quando a vi tão cansada, e debilitada, daquele sequestro ridículo, eu só pensei em uma coisa... cuidar dela!
Tenho feito tudo que eu posso para agradá-la, e tentar deixá-la um pouco mais confortável naquela casa, além dela ser a mãe do meu filho, gosto muito dela! Nós dois temos ficado muito próximos e até dormir junto com ela eu dormi essa noite, embora tenha sido apenas isso, não vou forçar nenhuma barra com ela, até porque não estou preparado para assumir um relacionamento com a Luana, já que ainda não consegui esquecer a minha bailarina.
Aproveitei bem a consulta com o doutor Harris hoje, perguntei tudo que eu tinha dúvidas e ele me esclareceu. Dessa vez fui mais esperto, e lembrei de desligar o celular antes de entrar na consulta, pois eu sabia que não me deixaria em paz na empresa, e sem contar que a minha avó me ligou ontem, e me falou horrores de tudo que aconteceu, e tudo por culpa daquela Edineide, linguaruda que fica indo fazer fofocas para dona Olga, eu sei que tudo que acontece, ela conta para minha avó, e sempre sobra pra mim.
Quando saímos da consulta, liguei para o Ruan, meu assistente e pedi para que tomasse conta do escritório hoje, pois tiraria uma folga para ajudar a Luana com as coisas do bebê.
Após desligar a ligação ela ficou me olhando com o semblante feliz, e então perguntou:
— É verdade o que você disse? Nós vamos sair?
— Sim! Vamos comprar as coisas do bebê! — falei, e ela saltou no meu colo espontaneamente, e sorridente, e pensei que iríamos os dois para o chão.
— Aí que emoção! Obrigada, obrigada! — me deu um beijo em cada bochecha, e acabei caindo é na risada, essa mulher parece uma menina as vezes, mas adoro isso!
Hoje eu mesmo vim dirigindo o meu carro, e resolvi ir até o shopping, lá eu encontraria tudo que nós precisamos, ou pelo menos boa parte!
Entramos na primeira loja que era de roupas de bebê, mas estranhei o tamanho daquelas pecinhas, ergui com as pontas dos dedos, e parecia de cristal pra mim, de tão delicadas.
— Tem certeza que isso vai servir? — perguntei.
— Podemos levar menor, tem do outro lado! — Ela falou me fazendo arregalar os olhos.
— Aposto que aquela era sessão das bonecas, devem ser delas, pois essa aqui já é minúscula!
— Você é engraçado, Igor... que tamanho acha que o seu filho vai ter? — perguntou sorridente.
— Bom... pensei que seria um tanto maior que essa roupa, mas se acha que vai servir... vamos levar todas! — falei.
— Não! Nem pense nisto! Nem sabemos se é um menino, ou uma menina! Falando nisto, você já pensou num nome? — perguntou.
— Ainda não... — parei para pensar, enquanto fui colocando algumas peças no carrinho. — E, você?
— Nada ainda...
— Então vamos apelidar de “souvenir”! — ela caiu na risada.
— Não vai xingar ele ou ela com esse nome horrível! (Gargalhou)
— Souvenir, significa “lembrança”, e esse bebê é a primeira lembrança que temos daquele cruzeiro, então... pode ser? — perguntei.
— Tá bom! Se você diz...
Começamos a andar por toda a loja e fomos escolhendo diferentes tamanhos de roupas, desde uns bem pequenininhos, a alguns maiores, e todos em tons neutros, assim poderíamos usar tanto em menino quanto em menina.
Chegamos no corredor de carrinhos, e bebê confortos, escolhemos um bem bonito que era conectado um no outro, e se transformava em três coisas, mas era tão chique que eu não sei nem explicar como usar aquilo, ainda nem sei como vou fazer para ajudar a Luana com o bebê, imagina com esses acessórios todos, modernos?
Avistei alguns brinquedos enormes e lindos para bebês, e corri para olhar.
— Caramba! Vou levar esse carrinho enorme! Eu sempre quis ter um desses, e se for menina, deixo no meu quarto! — falei.
— Eita! Já está até se presenteando! — brincou.
— É o meu aniversário no domingo então já vou adiantar o meu presente, o que acha?
— É sério? Você faz aniversário no domingo? Neste domingo? Pois domingo é o meu aniversário! — comentou a Luana.
— Sim, neste domingo! Que coincidência, então fazemos aniversário no mesmo dia?
— Parece que sim! — franziu o cenho.
Isso me fez lembrar que todo ano eu e a Elisa comemoramos o meu aniversário juntos, no mesmo restaurante chique na principal de Nova York! Provavelmente esse ano ela nem vai se lembrar de mim, então irei comemorar com a Luana!
— Que ótimo, isto! Então no domingo nós dois comemoraremos juntos! Logo verei algo bem legal para que possamos fazer! — ela abriu um sorriso enorme, e fiquei feliz em poder comemorar com ela.
— Obrigada! — falou.
— Escuta! Como faremos para carregar tudo isto? — perguntou.
— Eu já vou dar um jeito! Vou ligar para o meu motorista pegar o outro carro que fica na minha garagem, e vir buscar parte das coisas, e então levaremos uma outra parte, ainda quero passar na farmácia comprar fraldas e os outros utensílios que o bebê vai precisar.
— Ah! Entendi!
Fiz a ligação para o meu motorista e em seguida continuamos com o nosso passeio e passamos pela farmácia e depois em uma loja que vende apenas sapatinhos de bebê bolsas e alguns acessórios mais modernos então ficamos um bom tempo lá.
— Quer um sorvete? — perguntei.
— Mas, e as coisas? — perguntou.
— Eu já deixei avisado o nome do motorista que virá retirar tanto nesta loja quanto na outra, e também nos itens da farmácia Já está tudo certo! Podemos ir tomar um sorvete e depois descansar o que acha?
— Acho ótimo! Afinal eu nunca tenho enjoo de sorvete, se eu pudesse eu tomaria sorvete em todas as refeições, mas controlo um pouco, porque pode ser perigoso principalmente diabetes gestacionais que falam que dá!
— Verdade... então vamos!
Passamos na sorveteria, e foi divertido ver a Luana tomando sorvetes, parece que a fome dela se baseou apenas naquilo, nunca vi ela comendo tanto... sempre cuidadosa e aos pouquinhos, por causa dos enjoos, mas quando se trata de sorvete... a danada se aproveita, mas eu me diverti, percebendo que tem coisas, que o dinheiro não pode pagar!
Quando chegamos em casa, mais uma vez levei um susto com Edineide parada nos olhando na sala, eu não entendo o que é aquela mulher tem contra mim, mas ela não me dá um minuto de paz, eu não posso nem olhar diferente para ela que ela já aponta o dedo ameaçando contar para minha avó, ultimamente nem tenho respondido ela, tem coisas que é melhor deixar quieto para não se stressar.
— Eu preciso de um banho, urgentemente! — falou a Luana.
— Claro! Pode ir tranquila que a Edineide está ansiosa para ir colocando as coisas no quarto não é Edineide?— Falei satisfeito em ver a cara feia dela, mas a danada estava sorridente, qual foi agora, que eu perdi?
— Eu vou adorar, senhor Smith! Basta o senhor desocupar algum dos quartos, e eu começo, daí é só me avisar! — zombou a desaforada, e eu sabia que aquele semblante a entregava.
E o pior é que ela tinha razão! Eu precisei ir até os outros quartos e dar uma olhada, então achei mais fácil liberar o quarto em que tem uma pequena academia, aonde eu faço exercícios de vez em quando.
Na verdade, tenho usado muito pouco aquele quarto, então posso colocar essas coisas junto com o outro quarto, que tem umas coisas minhas guardadas, e ficará tudo bem, sem contar que fica praticamente do lado do meu quarto, e poderei ficar de olho na criança.
A Edineide foi ajudar a Luana com o banho, enquanto eu fui puxar as coisas do quarto para que Edineide pudesse guardar as coisas lá, não daria para tirar nada das caixas pois os armários e o berço que encomendamos, chegará apenas amanhã, então daí poderemos deixar tudo arrumadinho.
— Oshi! Mas não vai pintar, não? — perguntou a Edineide “de onde foi que surgiu? Não estava com a Luana?“ Penso, e não quis acabar me estressando, e quando fui responder, o meu celular tocou...
Era ela... Elisa estava me ligando, e agora o que eu faria? Nunca mais falei com ela... a bailarina...
— Alô!
— Igor! Eu estou morrendo de saudades! Acredita que no domingo poderei estar aí! Eu não esqueci que é o seu aniversário, e vou aproveitar que estarei em Nova Jersey e darei um jeitinho de te encontrar aí! Quase não conversamos, e aquele dia a ligação caiu né? — eu nem sabia o que dizer.
— Sim! Também senti a sua falta!
— Vamos combinar de se encontrar no mesmo restaurante de sempre? Posso te esperar lá, Igor? — perguntou animada, e pude voltar a ter esperanças que agora daria certo, eu só preciso contar a verdade para ela.
— Sim, claro! Te espero no local de sempre! — comentei.
— Eu preciso desligar agora! Mas, já estou ansiosíssima para te ver, beijo meu querido, o seu cisne está voltando!