Capítulo 9
1196palavras
2023-02-20 02:27
Ana não viu suas bagagens, com certeza os criados já haviam guardado nos armários, ela não havia levado muitas coisas, afinal de contas teria que fazer compras, na seção de gestantes para quando a barriga começasse a crescer, isso não demoraria muito até que acontecesse.
Quando Graça saiu do quarto, Ana percorreu cada cm daquele quarto espaçoso, ficou de olhos arregalados ao ver que ali era o quarto principal.
A suíte do casal, ela pensou, será que ele quer manter as aparências até entre quatro paredes?
Essa era a suíte de George! Sentiu-se incomoda, mas o coração dela se acalmou, será que era o que ela estava pensando?
ela caminhou para o lado onde havia outro cômodo ficou aliviada, achando que era outro quarto, então abriu a porta para se deparar com uma sala, pequena mais muito confortável.
Ela ficou triste ao ver que havia se decepcionado, não era mais um quarto e sim a sala da suite,
voltando para o quarto de cabeça baixa,
ela caminhou mais um pouco e sentou-se na cama de casal.
Ficou por muito tempo a pensar, em como ela iria conseguir dividir o mesmo quarto com um desconhecido? Desconhecido esse que era seu marido, lindo de morrer.
Ainda estava sentada quando ouviu a porta do quarto se abrir, era George, ela ficou corada com vergonha e não sabia como se comportar na frente dele.
mais ele não foi até ela, entrou no banheiro para tomar um banho, e viu que ela estava ainda parada observando tudo ao seu redor, ele sorriu pra si mesmo.
tinha que ir a uma festa na casa de Valmir, era seu aniversário por isso foram convidados, mais ele não iria levar Ana.
Ela nem sabia da existência dessa festa.
desceu as escadas e caminhou até a cozinha onde Graça estava servindo o Almoço, logo a mesa na sala de jantar estava repleta de travessas com pratos deliciosos,
Ela se sentiu grata e animada, estava morrendo de fome, não via a hora de saborear esse banquete.
Pensou e rezou para que seu estômago aceitasse a comida, não podia demostrar a gravidez ainda, nos últimos dias o estômago dela estava frágil devido aos enjoos matinais, e ela vinha se alimentado pouco, a maioria das vezes ela jogava toda a comida pra fora do estômago.
Depois de duas seu estômago aceitou a comida, ela optou por alentos leves, assim não correria o risco de vomitar. primeiro teria que achar uma maneira de contar a Geórge, mas se arrepiava ao pensar na reação dele.
Graça era uma senhora muito simpática e Ana gostou dela logo que a viu, uma senhora agradável, meio robusta com um sorriso encantador, já tinha começado a tratá-la bem, e isso fez com que ela sentisse acolhida.
Graça estava tratando ela como se fosse sua filha, isso fez com que
O coração de Ana se derretesse, e ela já sabia que iria se apegar a graça e depois para ir embora iria sofrer com a falta da mesma.
Durante o almoço Graça falou para ela do relacionamento distanciado entre pai e filho por causa de um outro filho que ele havia tido fora do casamento, não porque tinha medo de perder seu lugar na empresa, mais pelo que a sua mãe teve que passar para aceitar, toda essa cena ridícula.
Ele era muito reservado, mas carregava uma grande dor e ao mesmo tempo raiva em seu coração.
Ouviu-se um barulho indo para a cozinha,
as duas levantaram a cabeça para ver George se dirigindo até geladeira para apanhar um copo com água, tomou a água demoradamente olhando para o jardim dos fundo pela janela da cozinha, cujo vidro era impecável de tão limpo, ele tinha orgulho da criadagem, colocou o copo que havia usado na pia e em seguida saiu sem dizer nada.
Ele está indo a casa do Valmir hoje é aniversário dele e foi convidado junto com aquela tal de Nelly, fique de olho e não deixe que eles fiquem tão próximos.
afinal senhora.. Ana a interrompeu e falou com carinho me chame de você, serei sua amiga.
desculpe não vai ser tão fácil pra mim, quis dizer afinal você é a sua esposa.
Ana sorriu para Graça sabendo que ela tinha uma grande admiração por ela, mesmo sem a conhecer.
Ana ficou por ali com Graça na cozinha e pela sala de estar a tarde toda, quis ajudar Graça nos afazeres domesticos mais ela não iria deixar de modo algum que sua patroa fizesse o trabalho que era voltado para ela e os demais criadas.
Ela estava orgulhosa que a vontade da patroa, mãe de George havia sido realizado e por isso estava contente.
Depois quando viu que seria impossível tentar ajudá-la, Ana abriu seu computador e começou a conversar com Carla por vídeo chamada.
Elas conversaram sobre trabalho, Carla já estava marcando o próximo desfile de modas, para ela.
Ana gostava do seu trabalho e amava ter uma pessoa que corria atrás dos seus interesses, Carla era muito boa na sua profissão.
Conversaram, e até riram, Não viram o tempo passar, já era noite, Ana foi ao quarto, entrou no banheiro e tomou um longo banho, lavou e secou o cabelo. Vestiu uma roupa confortável, uma calça floral de algodão e um croped preto, que combinava perfeitamente com seu corpo, deixando o mostrando suas curvas perfeitas.
Ana jantou e ficou no jardim, olhava as flores era um jardim perfeito, as flores perfumavam o ambiente e o vento soprava com uma leve brisa.
O ambiente por ser enorme a fez sentir vontade de passear, ela levantou se e fez uma caminhada
depois voltou para onde estava e então sentou-se admirando a beleza da noite.
Ela se pegou pensando em como George reagiria e a trataria após saber da gravidez, também se imaginou com a barriga grande e com o bebê em seus braços, ela sentiu-se feliz ao pensar no bebê, já estava se acostumando com a ideia de que seria mãe, ela iria repetir a história e iria criar o filho sem pai, por irresponsabilidade, ela não tinha nem ideia de quem era o pai do seu bebê. Ela estava ali, ele estava em seu ventre, agora era tarde de mais para voltar atrás. Ela iria arcar com as consequências, mas tinha certeza que já amava seu filho.
Passou um pensamento pela sua cabeça que a fez arrepiar!
Será que ele a expulsaria de casa?
Ela ficaria falada na cidade, e ainda por cima mancharia a reputação do nome da família Matts.
Mas caso isso acontecer ela não podia fazer nada, não conceguia voltar ao tempo.
Perdida em seus pensamentos ficou ali por horas.
Se caso ele a expulsasse de casa, ela teria a certeza que sua mãe a acolheria, apesar de tudo ela é uma boa filha, também sabia que seria uma boa mãe.
Sentou-se um pouco na beira da piscina com os pés na água, cuja água estava gelada e refrescou- se,só assim!
Acalmou seus pensamentos.
Ela ainda ousou a deitar na grama e ficar olhando para o céu com muitas estrelas.
A combinação perfeita, água nos pés, vento com a brisa das flores e estrelas para alegrar sua noite.