Tribo Fire
Cateline estava com fome, não havia comido direito durante o dia, mas ela não sairia dali, ela queria ficar com Félix cada minuto, se ela não pudesse ajudar em mais nada, ela tentaria fazer com que ele ficasse em segurança, ficando ao seu lado.
Felix suspirava lentamente, sentindo o coração da mulher batendo forte, ele sentia que ela estava feliz e isso o deixava plenamente contente, logo ele iria estar melhor e iria poder usar suas habilidades normalmente, em algumas horas ele se curaria das feridas que não se fecharam totalmente.
Ele leva o braço com cuidado atrás da cabeça da mulher e sente os cabelos dela em suas mãos, tão macios e cheirosos. Ele sente o cheiro suave dela e fecha os olhos, dizendo baixinho para sua amada.
— Obrigada por ter ficado ao meu lado, Cate, eu te amo, sabe disso?
A mulher sorria sentindo a mão dele em seus cabelos e dizia fechando seus olhos tentando controlar seu sorriso de orelha a orelha…
— E nós te amamos, Félix, eu e nosso filho.
Ela colocava a mão na barriga e Félix se sentia ainda mais completo com ela ali, sua amada e seu filho.
Finalmente eles poderiam ficar juntos como marido e mulher, sem que seu pai o infernizasse, Cateline havia reclamado seu lugar como esposa, independente da opinião do Alfa, aquilo era algo que Diego não podia impedir. Os dois se amavam, e ninguém mais poderia impedir esse amor.
No próximo dia..
Finalmente havia chegado o momento da interrogação de Amanda, ela havia sido presa em seu quarto até segunda ordem e o Alfa Diego iria ser o juiz, ele precisava saber os motivos por trás da traição e também quem era o tal fornecedor da droga que Amanda havia comprado, eles precisavam prendê-lo rapidamente, aquilo era um risco para o Reino de Wisdy.
No quarto de Cate.
Cateline se levantava para ir até o salão onde ocorreria a interrogação, ainda haviam alguns estrangeiros visitando o castelo, então tudo seria feito de forma muito discreta, eles não podiam saber que havia um traidor ali, muito menos um que havia usado veneno contra a própria raça.
Cateline olha para Félix deitado na cama, ele parecia tranquilo dormindo, as feridas se fecharam, logo ele poderia tomar o seu banho e comer algo que o deixasse forte, Cateline trocava de roupa, colocando um vestido floral e um casaco quente de cor escura, ela arrumava os cabelos, fazia sua higiene matinal e saia de seu quarto sem fazer barulho, assim que ela fechava a porta devagar, encontrava Cristina que estava contente em ver sua senhora.
— Bom dia senhora, precisa de algo?
Cate negava com a cabeça e dizia.
— Tenho que sair agora, ir até a reunião, fique de olho no meu marido, e por favor traga um desjejum para ele, um bem completo, certo? Eu já volto para tomar o café da manhã com ele.
— Sim senhora. Ótimo dia.
Cristina sorria para Cate, que correspondia e acenava para sua criada.
Cate caminhava e pensava em seu marido, ela queria que ele fizesse repouso absoluto para se recuperar o quanto antes, a mulher caminhava mais rápido indo até a reunião e dar o seu testemunho.
A reunião...
Ao chegar na sala, ela se sentava em uma das cadeiras, Amanda já estava lá com seus braços amarrados, seu rosto estava inchado como se ela tivesse chorado a noite toda.
Assim que a loba vê Cateline, ela rosna algo olhando para a mulher com desprezo.
Após alguns minutos encarando a mulher, o restante das testemunhas chegam, e a porta é fechada, Diego inicia a interrogação.
— Amanda Fire… nós lhe aceitamos em nossa casa e família de braços abertos..
O Alfa começava a falar, ele estava bravo, dava para ver as veias saltando de seu pescoço, ele se segurava para não atacar a mulher, pois precisava dela viva para saber quem era o vendedor da droga.
— E mesmo assim você nos traiu…
O Alfa falava alto.
— Senhor Die..
Amanda tentava falar, mas Diego estava farto, ele sabia que ela tentaria o persuadir.
— Calada! Eu não lhe dei permissão para falar!
O Alfa grita alto, todos sentiram seus corpos vibrarem com a voz forte.
— Você tentou assassinar meu filho… meu único herdeiro, por conta de seu egoísmo e ciúmes, por sua possessão.
— Eh mentira! Eu não tentei matá-lo… eu apenas… queria que ele ficasse comigo..
Diego ficava rubro por ser interrompido novamente, ele já não suportava olhar para o rosto da mulher a sua frente.
— Você usou Ônix! Você sabe que isso pode nos matar em instantes… e mesmo assim o fez! Se não fosse a human… Cateline! Se não fosse Cateline, meu filho estaria morto agora!
Diego agora reconhecia Cateline, de agora em diante ela não seria mais só a humana, seria Cateline Fire, a mulher que seu filho escolheu para viver e formar uma família.
— É tudo culpa dessa maldita humana, se ela não tivesse aparecido, eu estaria com Félix agora, e nós estaríamos felizes, tudo é culpa dela.. você não vê? A humana entrou em nossa tribo apenas para causar discórdia e destruição, ela está fazendo a cabeça de todos vocês, só eu estou percebendo isso, devemos matá-la antes que ela mate a todos nós!
Cateline ouvia boquiaberta as paranoias da loba, ela estava louca e queria enlouquecer todos juntos.
— Já chega!
O Alfa grita perdendo o controle.
— Se falar mais alguma palavra sem minha permissão, eu te mato agora.
Os olhos do Alfa estavam vermelhos e ele encarava Amanda, suas garras apareciam, eram enormes e afiadas, ele engrossava a voz dizendo mais alto..
— Me entendeu Amanda?? Responda.
Amanda gaguejava assustada com o alfa.
— S-sim…
Ela dizia por fim, o Alfa voltava a se controlar, todos no salão estavam chocados com o que viram, Diego então continua, chamando Cateline para contar o que viu.
— Cateline, por favor, venha à frente e nos diga o que viu na festa.
Ela se levantava e ia até a frente de todos, sem demonstrar medo, e falava o que tinha visto, que viu Amanda dar uma taça para Félix, e a partir dali ele ficou estranho.
Tomás concordou, disse que Félix estava normal antes do brinde, e que depois viu ele sendo levado por Amanda para fora da festa.
Eram dois contra um, Amanda não tinha nenhuma defesa, as duas testemunhas voltam a se sentar e o Alfa falava com raiva.
— Quer dizer algo em sua defesa??
— Eu não fiz nada de errado, eles estão mentindo… não coloquei Onix na bebida de Félix, jamais faria isso.
Diego gritava para ela.
— Temos provas, não ouse dizer que estou mentindo, viram você dando a bebida para meu filho, portanto é acusada como traidora, você será punida, mas antes, quero o nome do fornecedor… joguem-na prisão, e arranquem dela o nome desse maldito, façam o que for preciso para isso!
Diego gritava, e rapidamente Tomás e Fabrício que estavam ali arrastam a mulher para fora da sala, pelo caminho ela gritava com Cateline insanamente.
— O filho de Félix será meu! Sua humana imunda! Eu juro! Sou eu quem será a mãe do próximo herdeiro!
Amanda gritava como louca, seus cabelos e aparência estavam devastados, a mulher havia perdido completamente o senso, e agora ficaria presa até a sua execução, que aconteceria após ela dizer os detalhes de onde conseguiu a droga.