Capítulo 55
1049palavras
2023-04-02 23:17
Lucinda e Cate
Depois de andarem um pouco, elas chegam ao local onde Lucinda planejava comer alguns petiscos com sua irmã, Cateline fica perplexa com a beleza do local, as flores, o gramado, os pássaros nas árvores, tudo ali a encantava, ela nunca havia visitado e admirado o castelo como agora, no dia do baile e depois o casamento, Cate nem conseguiu ver todos os detalhes, agora na luz do dia, ela podia admirar tudo, era tudo simplesmente perfeito, ela ficava imaginando se tudo seria tão lindo daquela forma no reino de Félix.
As duas se sentam e Lucinda vê como sua irmã sorri animada, olhando tudo a sua volta.
— E então… o que achou ? não é lindo?
Lucinda pergunta para a irmã, que volta a dar atenção à jovem, ela parecia um pouco mais animada .
— Sim, nunca tinha visto um jardim tão lindo.. eu realmente adoro as flores dessa época do ano..
Cateline olha sorrindo, ela não sabia para onde iria junto a Félix, mas torcia para que pelo menos houvesse flores tão bonitas quanto Aftermoon.
Não demora muito e Dirce aparece trazendo alguns biscoitos que tinha acabado de tirar do forno, o cheiro exalava por todos os lados, dando água na boca em todos pelo caminho.
— Desculpe a demora Lady Lucinda, aqui estão os biscoitos, já irei trazer o chá..
Cateline se admira vendo Lucinda sendo tratada como uma Lady e faz brincadeiras com ela, assim que a criada sai.
— Humm, Lady Lucinda, é uma honra estar em sua companhia.
Ela ri junto a sua irmã, que fica boba.
— E então… eu recebi sua carta, não sabia o que poderia significar, por isso pedi que lhe buscassem…
Cateline volta a ficar séria no mesmo instante que ouve sobre a carta, onde ela dizia para sua irmã sobre seu casamento com o estrangeiro, ela se sentia mal por deixar sua mãe sozinha na fazenda com Martin que era uma criança, ainda mais agora que Lucinda estaria morando no castelo junto a Joaquim, ela pensava que estava sendo egoísta, mas não via outra opção, ou ela permanecia ali na fazenda presa e escondida com seu filho, ou se casaria com alguém que pudesse protegê-la, ela não queria dizer toda verdade a sua irmã, que seu pretendente era o verdadeiro pai de seu filho, ela ainda não estava preparada para contar tudo, nem mesmo Cateline havia aceitado completamente, ela precisava se acostumar primeiro com a ideia de mudança e com a aceitação na nova moradia.
— Eu decidi me casar com o nobre daquele dia no baile… ele me fez uma proposta e eu acabei aceitando..
Cateline fala cabisbaixa, Lucinda percebe que algo deixava a jovem entristecida.
— E o que você acha sobre essa proposta?Está tudo bem para você? É muito longe o lugar para onde vai?
Lucinda começa a fazer perguntas e algumas delas nem Cateline sabia a resposta, ela não havia sido informada ainda sobre o nome e a localidade do reino, ela devia ter questionado, mas Cate sabia que Félix contaria tudo quando retornasse para lhe buscar, naquele instante ela se deixou levar pelos sentimentos pelo homem e nem fez perguntas, ele até mesmo disse que ela poderia fazê-las, ela se sentia mal por não ter perguntado nada.
Ela fica pensativa por alguns momentos, e responde com calma.
— Sinceramente, acho que é um local distante, os costumes de lá são diferentes, não gostei de algumas das cláusulas do casamento, mas não é nada que eu não consiga me acostumar..
Lucinda ouve atentamente, ela queria saber o máximo de detalhes possíveis.
— Eu entendo… os nobres geralmente têm regras e comportamentos estranhos…
A jovem Lady falava por experiência própria, o único que parecia normal ali era Lorde Joaquim, o resto dos nobres no castelo, pareciam todos estranhos, mesquinhos e malignos, foi isso que passaram para a jovem.
Dirce chega trazendo o chá quente, Lucinda percebe que algumas das concubinas haviam seguido a criada, elas estavam curiosas com a carruagem que havia chegado e queriam saber do que se tratava.
Cateline percebe também a presença das moças, que se sentam no outro banco, que fica do outro lado da fonte, um pouco distante.
Enquanto Dirce organizava os pratos e xícaras na pequena mesa que havia ali próximo, uma das moças chama por ela.
— Criada!? Venha aqui!
A moça diz levantando sua mão, fazendo um gesto, e Dirce olha para Lucinda, que assente permitindo que ela vá até as moças.
Cateline e Lucinda ficam de olho, e percebem que as damas cochicham algo no ouvido da criada, que parece ficar confusa ao respondê-las e logo volta para a mesa das irmãs.
— E então….?
Lucinda pergunta a Dirce, que fica sem jeito, ela gostava muito da jovem, e não iria se simpatizar com as serpentes.
— Elas queriam detalhes sobre quem era a moça sentada com você, e disseram que irão tomar chá no jardim também….
Dirce fala a Lucinda, que franze a testa ao ouvir, aquelas víboras iriam fazer de tudo para conseguir alguma fofoca, ela sabia disso.
— Tudo bem… peço que evite contar sobre minha irmã a elas, por favor….
A criada assente, e volta para a cozinha onde iria preparar o chá das damas.
Lady Lucinda suspira profundamente, e cateline percebe que não estava sendo fácil viver ali.
— Quem são essas?
Cateline pergunta baixinho se aproximando de sua irmã, que revira os olhos ao respondê-la.
— São as concubinas de Helton ... vivem andando à toa pelo castelo em busca de fofocas e intrigas… não me admira que aceitaram tal proposta do homem… são tão ruins quanto..
Lucinda diz, dando um gole no chá quente, estava delicioso como sempre.
Cateline faz o mesmo, era a primeira vez que tomava um chá tão bom, a erva usada era importada é cara, um gosto completamente novo para a jovem.
— Qual nome desse chá?
Cateline pergunta animada, sua irmã sorri sem saber qual era, ela sabia apenas que era bom.
— Me lembre de perguntar a Dirce…
Ela diz dando gargalhada, que chama atenção das damas que as olhavam de canto.
As irmãs tentam conversar baixinho para não dar conteúdo às moças.
— O que a mamãe achou sobre seu casamento?
Lucinda perguntou mordiscando os deliciosos biscoitos.