Capítulo 14
1032palavras
2023-02-22 20:20
Família Forth
Após todo aquele alvoroço e nervosismo sobre os testes e o resultado, Zebeu sai da fazenda depois de indicar alguns medicamentos para Cateline.
Todos ainda não conseguiam acreditar no que aconteceu, especialmente a Lucinda.
— Irei começar a costurar algumas roupas de bebês! Tricotar alguns sapatinhos e pelúcias também!
Lucinda estava animada como se a criança fosse dela, Cateline sabia mais que todos que seria preciso pôr limites em sua irmã uma hora ou outra, ela tinha medo do que Luci poderia ser capaz de fazer para chamar a atenção de seu amado Helton, principalmente depois de ouvir aquele plano que saiu da boca de sua irmã repentinamente após descobrir sobre a criança.
— Não se precipite irmã… Vamos aguardar alguns meses até sabermos onde iremos chegar…
Cateline fala calma, sua voz é terna e ao mesmo tempo séria, ela tenta se impor para ter o controle da situação.
Lucinda se vira emburrada a ignorando saindo do quarto em seguida.
— Não se preocupe com sua irmã, todos precisamos de tempo para entendermos melhor o que aconteceu..
Milenna fala sorrindo.
— Está tudo bem com você? Se quiser conversar.. Sempre estarei aqui se precisar!
Ela diz se aproximando de Cateline que a responde da mesma forma, com um enorme sorriso no rosto.
— Obrigada mãe…
Elas se abraçam e as coisas quase voltam ao normal na fazenda, tirando claro o fato de Cateline carregar um bebê em seu ventre.
Todos ajudaram a fazer os produtos para o grande pedido do mercado, ele precisava ser entregue logo..
Boa parte da renda da família de Cateline vinha dessas vendas, eles não podiam deixar essas oportunidades passarem.
O dia termina e todos estão exaustos, até mesmo o pequeno Martin ajudou nas tarefas.
É a hora do jantar e Milenna tenta preparar algo rápido para que pudessem comer de imediato, eles precisavam se deitar logo para descansar, o dia seguinte seria corrido e agora não podiam contar com a ajuda de Cateline como antes, pois sabiam do estado que encontrava sua saúde, todos queriam zelar por ela e não queriam que ela se esforçasse..
— Meninas, cozi alguns ovos, cortei algumas frutas e temos um pouco de carne seca também! comam bem ..
A mãe das garotas coloca a mesa e Martin como sempre avança sobre a comida pegando os pedaços maiores que haviam ali.
— Ei! você precisa parar com essa falta de educação! Como irá comer quando for em festas no palácio?
Lucinda pensava o tempo todo nos palácios e nos nobres, a cada momento era como se ela estivesse esperando uma deixa para falar sobre.
Milenna pega então um pouco de comida e coloca em um prato para Cateline, estava estampado no rosto da garota o quão faminta ela estava.
Lucinda olha para elas torcendo seu nariz, e começa a falar novamente sobre o seu plano que havia comentado algumas horas atrás.
— Então querida irmã! Você pensou no que eu te disse mais cedo? Você deve pensar na criança e na sua situação antes de tudo! Você nem sabe quem é o pai, certo? Ele pode nunca mais voltar, você terá que criar o seu filho sozinha… trabalhando e tendo que fazer tudo sozinha…
A mãe das garotas fica desconfortável com aquela conversa e interfere, todos haviam acabado de descobrir junto a Cateline não era momento para questioná-la, ela era a pessoa que mais precisava de tempo para compreender o que estava acontecendo e não podia ficar com dúvidas rodando sua cabeça.
— Lucinda! Não é hora para isso, deixe sua irmã comer…
A garota parece se estressar um pouco ficando mais emburrada que anteriormente, ela se levanta franzindo a testa quase bufando.
— Eu apenas estou preocupada com ela e com o bebê! Uma irmã não pode mais ajudar a outra?
Lucinda a responde e o clima fica tenso na cozinha, o pequeno garoto Martin fica parado com os olhos arregalados vendo as duas quase brigarem.
— Por favor! Parem as duas…. está tudo bem mãe, eu entendo que a Lucinda queira me ajudar eu irei pensar sobre isso, ok?
Cateline fala interferindo, não porque ela realmente concordava com sua irmã, mas sim porque ela queria que as duas parassem com aquela discussão.
Lucinda dá um sorriso enquanto olha para sua mãe, ela era muito provocativa e queria mostrar que tinha ganhado aquela conversa, ela se senta logo em seguida e volta a comer suas frutas.
— Eu sabia que concordaria comigo irmã…. você não pode ficar contando com coisas incertas, sei que você deve querer que a criança seja criada pelo próprio pai, mas isso é algo que pode nunca acontecer, temos que deixar tudo preparado para que a criança cresça bem da melhor forma possível.
Luci fala se ajeitando na cadeira como se estivesse em um banquete importante, usando os talheres delicadamente, como se fosse uma princesa.
Milenna põe a mão em sua cabeça e a balança de um lado para o outro, a cada minuto ela ficava mais preocupada com o futuro que a família teria, tudo era incerto e arriscado.
Cateline volta a comer, tudo que ela queria era poder descansar tendo uma boa noite de sono, eles precisavam terminar o pedido e logo ir até a cidade fazer a entrega.
Ela queria ajudar de todas as formas possíveis, mesmo sabendo de suas limitações, por isso pediu que sua mãe fosse comprar os medicamentos indicados pelo curandeiro o quanto antes.
Se passam alguns dias, e o dia da entrega estava próximo assim como do baile, Cateline se sentia melhor com os medicamentos, mas eles não tiravam todo o mal-estar, ela ainda sentia enjoo às vezes e precisava tirar um tempo para descansar, pois não suportava a fraqueza.
Iria demorar um pouco para que sua barriga começasse a aparecer, então ela tinha um tempo para poder organizar as coisas na cidade já que ela não poderia voltar lá quando a barriga estivesse grande, esse foi um dos pedidos feito por Zebeu, ele temia muito pela segurança da garota e da criança que ela carregava, o velho pretendia ajudar de todas as formas possíveis, inicialmente indo visitá-la de tempos em tempos para verificar como sua saúde estava.