Capítulo 39
1866palavras
2024-03-22 03:38
Jordan estava radiante. Fazia questão de me mostrar seu sorriso o tempo todo e, seus olhos brilhavam tanto.
Eu estava orgulhosa dele, do que ele havia feito. Podia ver Jeremy totalmente surpreso, feliz e cheio de orgulho do filho mais velho e aquilo aquecia meu coração.
Com Susan, minha sogra, não era diferente pois ela estava com os olhos lacrimejando de tanta felicidade com tudo que havia sido feito ali. As pessos não paravam de falar, de elogiar, se divertir e é claro, os leilões que estavam ocorrendo nos salões daquela mansão, estavam sensacionais pois todo mundo estava comprando e contribuindo.

Enquanto meu querido marido conversava com diversos empresários, resolvi caminhar um pouco pelo são que por sinal estava muito lotando, não sei de onde saíram tantos empresarios. Sorri comigo mesma e continuei meu passei, até que de longe avistei uma cena um pouco, digamos comprometedora e bem interessante. Meu irmão e minha cunhada se encontravam num cantinho um pouco isolado dos demais e Emma sorria toda boba para ele, o olhar dela era extremamente de uma pessoa apaixonada. Sean pegou em sua mão e cruzou seus dedos com os delas e apertou firmemente, logo em seguida tocou a bochecha dela como se secasse uma lagrima. Ela sorriu mais ainda e virou seus lábios de encontra a mão dele e depositou um beijo ali. Sean puxou ela devagar pelo rosto e beijou seus lábios. Arfei ao ver aquela cena, não imaginaria que presenciaria aquilo tão cedo. Não depois que Emma saiu correndo lá de casa. Me encontrava em choque, porém estava tão feliz por eles, por meu imrão está se permitindo curar seu coração...
— É feio bisbilhotar, sabia? — dei um pulo quando Jordan falou ao meu ouvido.
— Porra Jordan! Quer que seus filhos nasçam antes da hora? — falei dando um tapa nele e o safado riu.
— Ao menos poderemos fazer um sexo direito, assim que eles nascerem. — revirei os olhos.
— Não se esqueça do resguardo amor. — falo e balança a cabeça.
— Droga, sabia que algo tinha fugido da cabeça pois, jurava que assim que eles nascessem eu poderia meter bem gostosinho... — ele disse e sussurrou a última parte em meu ouvido me fazendo morder o lábio inferior.

— Merda Jordan, não faz isso! É maldade, quero isso tanto quanto você.— falo e ele me puxa para seus braços depositando um beijo em minha testa.
— Eu sei amor, estou brincando. Você precisa do seu tempo e você o terá. Não se preocupe comigo ou com qualquer outra coisa, teremos tempo depois. — disse ele e balancei a cabeça concordando.
— Você sabia sobre eles? — pergunto e faço sinal em direção aos nossos irmãos.
— Hm, eu desconfiava. Emma estava indo demais a empresa e Sean bom, ele lanaçava os mesmos olhares que eu lanço quando te olho. — diz ele dou risada.

— Que olhadas? — pergunto.
— De quem admira, quando se está apaixonado. — meu coração se aquece.
— Acho que ele ainda não está pronto para um relacionamento. Digo, tem poucos meses do ocorrido com Becca e, ele não pode ter superado assim. Ele vai magoar Emma.— falo e sinto que é a mais pura verdade.
— Não vamos nos envolver com isso, os dois são adultos Sam. Minha irmã sabe muito bem onde esta se metendo e, eu só quero ter paz de agora em diante. — diz ele.
— Tudo bem. — digo baixinho e olho uma ultima vez para o casal escondido naquele canto que ninguém deu importância.
Jordan me puxou para o salão e começamos a dançar, bom, tentamos dançar pois minha barriga gigante não cooperava muito. Aos poucos o salão foi se enchendo e mais pessoas começaram a dançar também. Estava tão feliz ali nos braços dele, com nossos bebês guardados em minha barriga, e eu não queria sair dali por nada. Mas de repente aquela sensação de dias atrás tomou conta de mim novamente e meu sexto sentido pediu para eu ficar em alerta, era como se alguém estivesse me olhando de algum lugar e eu não pudesse ver onde. Jordan me olhou confuso por eu ter para de dançar de repente e eu dei meu melhor sorriso para ele e o beijei e balancei meu corpo para tentar disfarçar. Ele me perguntou o que havia aontecido e eu lhe disse que eram os gemêos que não paravam um minuto mas, que tudo estava bem.
Sentia que meu corpo precisava de um minuto de descanso e falei com ele que iria me deitar um pouco no quarto em que nós trocamos, ele assentiu e foi disse que iria se juntar ao pai dele e que logo iria me encontrar. Sorri para ele e subi as escadas. Era um lance de escadas bem grandes, ela ia dando voltas a medida que subia, aquilo era muito elegante. A mansão em si, era de outro mundo.
Minutos depois - que pareceram horas - eu me encontrava em frente a porta e ao entrar tomei um susto ao ver que tinha uma moça sentada na cama, de costas para mim.
— Oi, tudo bem? Esta se sentindo bem? — perguntei ao dar alguns pequenos passos em sua direção.
— Sabe como eu me sinto Sam? Sabe? — congelei no mesmo instante ao reconhecer aquela voz.
— O que faz aqui? — perguntei para ela e a mesma se levantou e caminhou até mim.
— Sabe como me sinto, droga?! — ela gritou.
— Não Jessica, não sei. Como se sente? — perguntei, sentindo um gosto amargo surgir em minha boca.
— Um lixo, usada. E isso é tudo culpa sua, você tomou meu lugar! Roubou tudo o que era para ser meu! — a morena gritou.
— Você está enganada Jessica, não tomei nada de você. Tudo o que aconteceu em minha vida foi por acaso e, eu nem sabia de você. — falei tentando manter a calma.
— MENTIRA! VOCÊ MENTE VADIA! — ela gritou — Você planejou tudo, foi armação para tirar ele de mim. — ela sussurrava consigo mesma.
— Jessica, você quer um copo de água? Quer que eu chame seus pais? — ela levantou a cabeça e me olhou com ódio.
— Quero que você e seus filhos morram, é tudo o que quero e nada mais. — meu coração se acelerou com suas palavras e o medo se apossou de mim.
Não era para ela estar aqui, Jessica estava em uma clinica psiquiatrica e Jordan me garantiu que ela não sairia de lá tão cedo. Lembrar do que ela havia feito comigo ao colocar aquela caixa dentro da minha casa, me da arrepios e eu não sei o que fazer agora. Estou sem conseguir me mover e se, eu me mover ela surtar de vez e me atacar. Preciso pensar em algo.
— Jessica, os bebês são seres inocentes. Não tem culpa de nada que aconteceu entre nós duas, entende? — ela me olha.
— Não?
— Não. De forma alguma, eles ainda nem nasceram e não possuem maldade como nós que já estamos aqui nesse mundo, eles são anjinhos. — falo e me aproximo dela lentamente.
— Eles são anjinhos como meu bebê? — diz e fecho os olhos ao lembrar de Jordan me contando sobre tudo.
FLASHBACK ON
— Preciso te contar algo. — diz Jordan ao entrar em nosso quarto.
— O que houve? Aconteceu algo com alguém de sua familia? Com Sean? — pergunto e ele nega.
Ele respirou fundo e se aproximou de mim, sentando se ao meu lado da cama e pegou em minhas mãos.
— Você está me assustando Jordan. — falei baixinho.
— Não queria te relembrar disso mas, se lembra do que Jessica fez? — meu coração de apertou e uma angustia subiu em mim.
— Impossivel esquecer. — falo baixinho.
— Não queria ter que te contar sobre isso mas, Sean acha ser o melhor e talvez explique alguma coisa. Mas para mim, não faz sentido algum. — diz ele e o olho confusa.
— Pode dizer. — e ele disse.
Meu coração sangrou no instante em que soube da verdade, que aquela garota havia feito aquela brutalidade e teve coragem de usar contra mim para me prejudicar. Saber que ela fez um aborto e, teve coragem de cortar a cabeça daquele feto todo formado, me diz o quanto ela estava desequilibrada mentalmente. Chorei pelo bebê dela, chorei por meus bebês e também chorei por ela. Jessica possui traços de transtornos e nunca foi levada a serio, desde quando estava com Jordan. Ela era uma vitima também, mas também havia se tornado parte vilã.
FLASHBACK OFF
— Sim, eles são anjinhos assim como seu bebê. — falei e seus olhos se encheram de lágrimas.
— Eu não queria Sam, eu não queria. Mas eles disseram que se eu o tirasse, Jordan me amaria de novo. É tudo culpa deles. — ela disse chorando.
— Eles? Eles quem? — perguntei e por fim consegui chegar até ela e tocar em sua mão.
— As vozes que tem aqui — ela aponta para sua cabeça — Eles disseram que ele voltaria mas, ele não voltou e eu perdi meu bebê. O meu anjinho.— ela me abraçou fortemente e começou a chorar. Meu coração se cortou com aquela situação, e envolvi ela em meus braços também, dizia para ela que tudo iria ficar bem, para ela se acalmar.
— Ei, fique aqui tudo bem? Irei chamar alguém para me ajudar. — falo e me separo dela lentamente.
— O Jordan? O Jordan vem me ajudar?— ela diz baixinho.
— Claro, ele vem sim. Vou buscar ele, só me dê alguns minutos para eu descer o trazer até aqui.— falo e ela assente.
Saio do quarto e fecho a porta lentamente, caminho até o inicio da escada e paro para respirar fundo. Os bebês se agitam dentro de mim e sinto que logo terei uma surpresa a caminho. Me apoio no corrimão e quando decido dar um primeiro passo escuto a voz dela e sinto um calafrio por todo o corpo.
— Sam? — ela repete ao me chamar e viro na direção dela.
— Oi, aconteceu algo?— pergunto um pouco nervosa.
— Sim, aconteceu — ela diz baixinho — Eles disseram que você mente e que preciso por um fim nisso.
— Jessica, essas vozes não existem. É tudo imaginação, volte para o quarto que já irei chamar Jordan, tudo bem? — falo e ela se aproxima mais.
— Eu sinto muito Samantha mas, as vozes não mentem.— Jessica me empurrou com toda força que ela possuia e com isso tropecei.
Cada volta que meu corpo dava ao rolar a escada, era uma dor diferente que eu sentia, tentei proteger meu bebês, colocar as mãos ao redor de minha barriga mas, foi praticamente impossivel. Quando senti um último baque em meu corpo, também senti uma fraqueza absurda me preencher. Seguida de dor e mais dor e mais dor.
Escutei gritos vindo de algum lugar, porém não sabia de quem.
Tudo o que eu fiz foi tentar lutar por meus filhos, para ao menos eles saissem vivos dessa.