Capítulo 32
1542palavras
2023-10-12 00:16
Ver aquele feto decapitado me causou náuseas, e um sentimento muito ruim dentro de mim.
Quem mandou aquilo, fez na intenção de provocar e nós ameaçar. Mas quem faria este tipo de coisa, está maldade?
Sam teve uma queda de pressão devido ao susto, liguei para Sean e chamei a polícia também. Sean chegou juntamente com minha irmã, e estranhei aquilo e, logo em seguida chegaram os policiais. Segui com Sam para o hospital, meu cunhado e minha irmã ficaram em meu apartamento, para limparem tudo.

Sam passou por alguns exames, foi feito uma ultrassom e tudo estava bem com ela e os bebês. O desmaio foi causado pela queda de pressão, devido ao susto que ela havia sofrido.
Minha mente estava girando, tentando achar um culpado, tentando imaginar quem faria uma coisa daquelas, mas nada vinha.
Eu estava com raiva, preocupado e com muito ódio dentro de mim, agora que as coisas estavam se encaminhando entre mim e minha mulher, um filho da puta tenta ferrar com tudo. Mas isto não vai ficar assim, vou descobrir quem foi o culpado e vou acabar com a raça dele.
Um tempo depois Sam acordou, o que me causou um verdadeiro alívio ao vê-la realmente bem, não consigo me imaginar sem ela. Por mais que possa ter apenas poucos meses, em que estamos vivendo de fato como um casal, está mulher é maravilhosa e não a trocaria por nada. Quando a olho, ainda sinto remorso por tudo o que cheguei a fazer no início do nosso casamento, fui um completo babaca com ela e com as crianças. Ainda não me perdoei por isto, e nem sei se um dia irei o fazer. Sean e Emma chegaram e aproveitei a deixa, para chamar meu cunhado para conversar. Estávamos nos comunicando esse tempo todo, por mensagem e segundo ele, os policiais conseguiram filmagens do prédio e pediram para que eu comparecesse a delegacia assim que Sam estivesse bem.
Meu cunhado fez sinal e eu acenei, saímos do quarto e fomos para o corredor daquele lugar, Sean agora demonstrava raiva e senti que ele me culpava por algo, que eu sequer sabia do que se tratava.
— Vai, desenbucha!— falei para ele, que respirou fundo e logo falou.

— Jéssica. Reconhece esse nome? Jéssica?— diz ele e fico confuso.
— Sim, o que é que tem?— falo.
— As imagens dos vídeos de segurança. Quando sua irmã e eu assistimos juntamente com os policiais, a Jéssica aparecia com o mesmo pacote deixado na sua casa. Ela entrou no prédio, subiu tranquilamente pelo elevador e conseguiu abrir a porta do apartamento com uma chave, logo em seguida ela sai de lá sem nada nas mãos Jordan.— ao escutar a revelação vinda de Sean, meu coração acelera. Como Jéssica foi capaz de fazer aquilo? Como ela ainda tinha a chave, se eu havia pego com ela? Perguntas e mais perguntas rodeavam minha mente naquele instante.
— Como? Eu juro que ao terminar com ela, peguei as chaves e ainda pedi para o porteiro não permitir mais a entrada dela no prédio.— falei e apoiei me na parede, estava ficando tonto com aquelas informações. Sam ficaria péssima ao saber quem foi a culpada, e o pior é que a culpa é toda minha. Maldita hora que permitir Jéssica entrar novamente em minha vida, e não dei um basta naquilo de uma vez por todas.

— Provavelmente ela tirou uma cópia Jordan! Pelo amor de Deus, cara! Pode me explicar porque diabos deixou ela se aproximar da minha irmã?— pergunta ele irritado.
— Emma andou abrindo a boca não foi?— pergunto a ele.
— E não deveria? Depois de ter visto aquele maldito vídeo, e saber onde minha irmã veio parar, era o mínimo.— diz ele.
— Eu não gostava da Samantha, fui babaca com ela no início do nosso casamento. Mas após um incidente, decidir viver em paz com ela, até a criança nascer. Jéssica reapareceu em minha vida, um pouco antes do casamento e eu a aceitei de volta como uma ficante. Aos poucos ela foi se aproximando e quando vi, já estava dormindo em nosso apartamento. Mas nesse meio tempo eu, já estava fascinado pela Sam, estava curtindo ela e, foi quando notei que de verdade eu a queria em minha vida, como mulher e amiga. Jéssica não aceitou muito bem e, quando fui visita-la me recordo dela me ameaçar, porém jamais imaginei que ela chegaria a tal ponto de fazer algo tão maldoso.— confesso para meu cunhado.
— Você realmente se importa com minha irmã?— me pergunta e dou um sorriso.
— Eu a amo.— e foi a primeira vez que confessei aquilo em voz alta.
Sean me olhava com uma expressão de surpresa e, ao mesmo tempo de dúvida e no fundo eu o entendo.
— Cara... Jordan, não machuque ela. Samantha é o bem mais precioso que mamãe deixou, hoje nós estamos nos tornando amigos, mas se caso vier a ferrar com tudo, irei quebrar esse seu rostinho e não me importo de perder o emprego naquela maldita empresa.— ele diz seriamente.
— Eu prometi para Sam que faria diferente, do que fui no início de nosso casamento. Não se preocupe, posso ter todos os defeitos mas, minha palavra vale muito para mim.— digo sendo sincero com ele.
— Certo, agora me diz o que faremos com sua ex namoradinha psicopata?— reviro os olhos.
— Como tem as imagens dos vídeos de segurança, irei prestar queixa contra ela. Jéssica precisa ser presa e, pagar pelo que fez, aquilo não é normal. Se Samantha tivesse perdido os bebês, eu nunca a perdoaria, nem a mim mesmo.— sou sincero com ele mais uma vez.
— Pode contar comigo para qualquer coisa.— diz ele agradeço.
— Antes de ir a delegacia, irei até a casa de Jéssica. Vou por ela contra parede, quer ir comigo?— pergunto e ele abre um sorriso.
— Será um prazer grande ir até lá.— diz.
Minutos depois retornei ao quarto onde Sam estava, e disse que precisava ir até a delegacia resolver algumas coisas, sobre a investigação. Emma disse que ficaria ali com ela, até que eu e Sean retornasse ao hospital. Agradeci minha irmã e me despedi de Sam, depositando um beijo rápido em seus lábios.
Sean e eu seguimos até a casa onde Jéssica morava, e entramos com permissão do porteiro. Bati fortemente na porta e não demorou nada, para que ela atendesse. Jéssica estava com olheiras fundas e, seus olhos estavam vermelhos, quando ela percebeu que era eu ali em sua frente, sorriu de lado.
— Sabia que voltaria para mim Jordan.— diz lentamente.
— Você está drogada?— pergunto e ela ri.
— Não, não se preocupe.— diz.
— Ela está muito chapada.— diz Sean, e assim ela nota a presença dele.
— Quem é esse deus grego?— diz e sorri.
— Sou irmão da garota que tentou matar hoje.— o semblante dela muda na hora, a fazendo ficar extremamente seria.
— Não sei do que está falando, por favor vão embora.— ela ia fechar a porta mais eu a impedi.
— Nem pensar, você vai me contar agora o porque daquela merda!— falo e a empurro para dentro, Sean entra logo em seguida e fecha a porta.
— Vocês não tem direito de fazer isso, irei ligar para a poli...— puxei o celular de sua mão.
— Cala a boca e conta logo, que merda se passa na sua cabeça?— diz meu cunhado.
— Não sei do que estão falando.— sibila.
— Ah, você sabe sim. Vamos Jéssica, porque fez aquilo? Porra, a Sam iria perder os bebês!— ela me olha e sinto a amargura em seu olhar.
— QUE PERDESSE! Que perdesse...— ela grita e depois repete baixinho, a mesma coisa.
— Quero me explique porque fez aquilo?— falo e ela sorri de lado.
— Você me trocou por ela Jordan, você era meu, prometeu nunca me abandonar e... Ela precisava perder aqueles malditos bastardos e morrer junto com eles!— Sean se exalta e vai pra cima dela, porém o detenho.
— Não, vai pegar mal pra você.— falo olhando em seus olhos, mas eu entendo a raiva dele, também estou assim.
— Essa vagabunda queria matar minha irmã, porra Jordan!— diz ele nervoso.
— Ela vai pagar cara, ela vai pagar.— falo e me viro novamente para ela.
— Onde conseguiu aquele feto? Sabe o quão monstruosa foi ao pegar um ser inocente e fazer aquilo?— falo ao lembrar da cena.
— Era meu.— diz friamente.
— O quê?— Sean e eu falamos ao mesmo tempo.
— Eu também fiquei grávida Jordan, aquele feto era nosso. Depois que você me rejeitou, descobri a gravidez, eu não ia continuar com ela. Apenas esperei o momento certo e o tirei, e dei de lembrança para você e sua doce esposa Sam.— ao escutar aquelas palavras, me arrepiei por inteiro. Jéssica tinha sérios problemas, aquilo era loucura demais.
Sean olhou para mim assustado, também incrédulo com o que ouviu.
— Você é maluca!— diz meu cunhado.
— Não, eu só sou uma mulher completamente apaixonada. Uma mulher que fará de tudo, para ter de volta o que a pertence.— diz ela seria.
Puta merda, em que buraco fui me meter!