Capítulo 56
1101palavras
2023-03-30 11:53
- Você agora, vai tentar me convencer que meu papa quer se vingar de mim e planejou minha morte?
- Não. Vou te provar.
- Não tem como. Enzo sabe que se mandar me matar, vai ser deposto do cargo de Dom, julgado culpado e morto.
- Ele não vai mandar te matar. Ele produziu provas contra você durante anos, vai trazer o conselho no casamento amanhã para expor as provas que juntou. Você vai ser levado pelo conselho, julgado e morto!
- Por que meu pai faria isso?
- Nós acreditávamos que a intenção dele era que você matasse Bianca, assim resolvia toda a herança dela pra ele e ainda corroborava as provas.
- Herança da Bianca pra ele? Bianca tem mãe, filho. Mesmo que ela morresse, você é o pai do filho dela. Eu sou advogado, ela também. Sabemos de lei e meu pai tem que entender um pouco também, porque a gente lida com as leis do nosso país e com a justiça. Muito me admira, Bianca, você estar engolindo essa história.
- Lorenzo, como meu irmão postiço, você conhecia nosso pai. E conhece o seu.
- Seu irmão postiço? É isso? Você só me vê como um irmão? É isso que vocês vão usar pra se justificar que se pegaram nessa viagem? Você ficou com ele e desistiu de casar comigo, aí não sabe como resolver isso e está me jogando contra meu papa? Vocês são sujos e sórdidos, todos os dois.
- Chega Lorenzo. Você está ofendendo a Bianca de graça.
- Você é muito homem pra me enfrentar paralisado e algemado, não é? Porque não fez isso cara a cara, de homem pra homem?
- Porque eu nunca quis te enfrentar, Lorenzo. Sempre te disse que não sou seu inimigo.
- Então me diz que vocês não estão juntos.
Gustavo e Bianca baixaram a cabeça, não poderiam mentir pra ele nesse momento.
- Desde quando vocês estão enfeitando minha cabeça? Respondam logo. Me fala, Gustavo. A quanto tempo você está me enchendo de chifres pagando de louco pra essa daí?
- Lorenzo, estou tentando a todo custo manter a calma com você, pois sei que tudo é muito difícil pra você assimilar. Mas se ofender a Bianca de novo, juro que vou socar sua cara!
- Você é um otärio, Gustavo. Está defendendo essa mulher promíscua, que dormiu com um monte de homens depois que teve seu filho. Me enganou com uma falsa amizade. Não percebe que ela é uma manipuladora.
- Bianca é manipuladora? Quem aqui é da máfia e ficou pagando de bom moço?
- Chega vocês dois, isso não vai levar a nada. - Thales falou, se interpondo entre os dois. - Gustavo, o efeito da substância vai ceder a qualquer momento.
- Ele está algemado, mesmo que o corpo dele volte, ele está imobilizado.
- Engano seu, meu jovem - Lorenzo falou, e antes que qualquer dos três pudessem reagir, ele deu um salto da cadeira, passando as pernas entre os braços e ficando com as mãos pra frente. Nenhum dos quatro vai conseguir entender o que ele fez, mas se esqueceram que ele tem treinamento da máfia. Depois que colocou as mãos pra frente, deixando todos assustados, Lorenzo se jogou pra cadeira de volta, caindo sentado e puxou Bianca, trazendo ela pro seu colo e colocando a algema em seu pescoço.
- Não - Thales gritou, tentando tirar Bianca dele, que apertou a corrente da algema ainda mais no pescoço dela, fazendo um corte e a deixando sem ar.
- Se alguém se aproximar de mim, eu mato ela.
Os homens contratados para dar suporte e segurança que se fingiram de parceiros dos amigos, logo empunharam as armas, e quando Lorenzo deu por si, viu umas oito armas com silenciadores apontadas para ele.
Observou cada um deles e só pelo jeito de empunhar, sabia que tinha pelo menos três snipers ali, que conseguiriam acertar um tiro no meio dos olhos dele sem nem balançar os cabelos de Bianca.
- Permissão pra atirar - Um deles falou. Lorenzo calculou a rota da bala e imaginou que acertaria seu olho esquerdo. Do jeito que puxou Bianca, se tentasse arruma-la para se colocar entre a bala, perdia a força da algema e eles cravejariam ele de bala.
Gustavo muito calmo, perguntou se ele tinha mira.
- Sim, senhor.
- Então, permiss...
- Não. - Bianca gritou, colocando sua cabeça bem na frente da cabeça de Lorenzo. O homem baixou a arma na mesma hora. Perdeu a mira, por isso não gostava de dondocas...
- Bianca...
- Não matem ele. Ninguém tem permissão pra atirar. Todos baixem suas armas. Ele não pode ter nenhum ferimento. Vai estar em perfeito estado e ninguém vai dar nenhum tiro. Todos baixem suas armas agora, estou mandando.
Os homens olharam para Gustavo, que acenou em positivo. Eles baixaram as mãos, mas mantiveram as armas, qualquer movimento errado, levantariam de novo.
- Agora, Lorenzo. Devagar, me solta e vamos conversar. Eu vou te provar que seu pai armou pro meu e pra você. Somos primos. Você disse que meu pai era como se fosse o seu pai. Eu vou sair do seu abraço e voltar pra minha cadeira.
- Muito bem, senhora advogada. Falou comigo como fala com seus bandidos de estimação. Vou deixar você sair, mas antes, você vai começar a falar, já que quer tanto conversar.
- Eu já disse que vou falar tudo, e rápido. Não preciso ficar nessa posição pra gente conversar.
Lorenzo apertou mais a corrente do pescoço dela:
- A gente não. Você e o bonitão pra quem você tava dando enquanto noiva de mim.
- Lorenzo...
- Abre o bico, Bianca. Nem eu, nem vocês tem tempo para muita conversinha.
- O que você quer que eu fale, Lorenzo?
- Conta tudo. Não quer me ferir? Então fira ele também. É justo. Começa contando pra ele quem jogou toda aquela merda na mídia e porque.
- Lorenzo, acho que é melhor nos acalmarmos. Bianca vai conversar com Gustavo depois, solta ela e vamos falar do seu pai.
- Cale a boca, Thales. Não sei porque deixaram as duas bibas se envolver nisso. Quem vai falar é Bianca, ela mesma vai contar pro Gustavo, cada passo da vingança dela e tudo o que fez contra ele. Depois disso, podemos voltar a conversar.
- Do que ele está falando, Bianca?
- Gustavo...
- Sem rodeios, loira. Vai, fala logo... - Lorenzo deu um puxão na corrente, Bianca sentiu outro corte e soltou tudo no atropelo
- Voltei pro Brasil pra me vingar de você!