Capítulo 32
2932palavras
2023-02-05 08:20
#Lucybird
Todos os alunos esperavam ansiosamente pelo e-mail que a escola enviaria com os resultados das provas, consequentemente indicando quem havia sido aprovado ou reprovado no exame.
Jaesun e Lucy esperavam ansiosamente por aquilo. Estavam espremidos numa mesma cadeira, sentados à frente do computador, enquanto atualizavam a página a cada minuto e se frustravam por ver que nada novo chegava à caixa de mensagem do e-mail.

ㅡ Vocês precisam ter calma. ㅡ disse Kimi. A garota estava jogada sobre a cama de Lucy. ㅡ Vocês passaram com certeza.
ㅡ Você não está nervosa? ㅡ Lucy a olhou.
ㅡ Estou, como estou... Mas não vai adiantar muita coisa vocês ficarem pilhando em algo que uma hora ou outra vai chegar. Precisam relaxar, manter a calma.
ㅡ Ah é? Então o que sugere que façamos? ㅡ Jaesun virou-se para encará-la.
ㅡ Qualquer coisa. Vamos dar uma volta, comer algo. Quando tivermos voltado isso com certeza já vai ter atualizado e então saberemos quem reprovou.
ㅡ Quem passou, fale assim, seja positiva.

Kimi apenas revirou os olhos para Lucy, mas viu quando a garota se ergueu e caminhou até a cama, jogando seu corpo maior e mais pesado sobre o seu.
ㅡ O que quer comer? ㅡ Lucy a perguntou
ㅡ Minha nossa, você é feita de ferro? ㅡ reclamou Kimi, jogando-a para o lado e consequentemente fazendo o corpo da outra cair. ㅡ Bolinhos de peixe.
ㅡ A essa hora? ㅡ Jaesun também jogou-se sobre ambas e Kimi resmungou ainda mais.

ㅡ E tem hora certa para comer? ㅡ ela ralhou, jogando o garoto para o lado também e consequentemente pondo sobre Lucy.
ㅡ É verdade, Jaesun, não há hora certa para comer. ㅡ Lucy falou, jogando-o também e riu ao vê-lo cair, pertinho da parede. ㅡ vamos lá.
ㅡ Vocês ao menos têm dinheiro? Eu sou um jovem sem um real no bolso. ㅡ ironizou o garoto.
ㅡ Eu tenho dez mil won. ㅡ Kimi ergueu as notas que guardava no bolso.
ㅡ Acho que tenho quinze, papai me deu alguns trocados ontem, mas estou guardando para caso precise mais.
ㅡ Então temos vinte e cinco mil won, certo? ㅡ perguntou Jaesun, erguendo-se para sentar sobre a cama e viu as garotas assentirem. ㅡ O bolinho é dois mil cada um. Podemos comprar nove bolinhos, três para cada um e ainda sobra para a bebida.
ㅡ Você é bom em matemática quando quer comer às custas dos outros, sabia?
ㅡ É um talento. ㅡ o garoto piscou.
ㅡ Então vamos logo, estou faminta. ㅡ Kimi não estava com paciência.
Ela foi a primeira a se erguer, apenas arrumou os cabelos que estavam com alguns fios bagunçados e ajeitou o moletom largo que usava.
Jaesun fez o mesmo, não ligando muito para a aparência, mas Lucy correu para frente do espelho, arrumando os cabelos que estavam repartidos em duas partes e arrumando as mechas que costumava deixar caindo na lateral do rosto.
ㅡ Parece uma princesa, não é? ㅡ ouviu Jaesun falar e virou-se para ele rindo. ㅡ o quê? Eu falo de mim.
Então a garota fez bico, voltando a olhar o espelho e ainda vendo o reflexo de seu amigo ali.
ㅡ Olhe só ㅡ Jaesun apontou para o espelho ㅡ Sou lindo como uma princesa.
As garotas não aguentaram e se entregaram ao riso.
Logo estavam caminhando pelas ruas com os braços ligados uns aos outros. Jaesun estava no meio e as garotas ao seu lado.
Caminharam até a estação de metrô que havia mais próxima do bairro e sorriram quando encontraram uma barraquinha que vendia bolinhos de peixe.
Jaesun foi quem se apressou a fazer os pedidos, não esquecendo também das bebidas, enquanto as garotas buscavam por uma mesa afastada para sentar-se.
ㅡ Você vai mesmo ficar aqui em Busan? ㅡ Lucy perguntou a Kimi, deixando com que sua bochecha descansasse sobre o punho.
ㅡ Vou sim. Talvez ao menos nos primeiros semestres. Mamãe ainda acha que sou muito nova para ir até lá sozinha.
ㅡ Mas você não estará sozinha, tem a mim, esqueceu?
ㅡ Mas você vai mesmo?
ㅡ Eu preciso ir. ㅡ suspirou, olhando Jaesun que já voltavam com os pedidos na mão. ㅡ Eu preciso parar de ter medo disso.
ㅡ Mas e seus documentos?
ㅡ Precisarei esperar, não há muito o que fazer.
ㅡ Mas assim você terá que ficar no dormitório masculino, não te incomoda?
ㅡ Um pouco, talvez. Eu tenho medo do que os rapazes podem fazer comigo em sua área. Tenho medo de que meu colega de quarto não me respeite.
ㅡ E é por isso que eu estarei lá. ㅡ Jaesun sentou-se junto à mesa e pôs os bolinhos e as bebidas lá.
Lucy olhou-o e sorriu.
ㅡ Mas você não vai ficar na mesma faculdade que seu namorado?
ㅡ Era o planejado, mas desisti.
ㅡ O quê? ㅡ seus olhos pareciam duas grandes jabuticabas espantadas.
Jaesun achava fofo.
ㅡ Eu vou para Seul. ㅡ falou simples, bebericando sua coca-cola. ㅡ Eu já avisei a minha família sobre a minha decisão.
ㅡ Mas e Mark? ㅡ Lucy perguntou, buscando um bolinho e o enfiando na boca. ㅡ Vocês vão ficar separados então?
ㅡ A gente sobrevive. Se não for assim, o que posso fazer?
ㅡ Você não está fazendo isso por mim, está, Jaesun? Porque se esse for o caso eu-
ㅡ Não Lu, por parte não é por você. Eu realmente fico animado por talvez poder ficar com você, mas você acha mesmo que eu quero ficar preso aqui em Busan para sempre? Eu quero conhecer coisas novas, e a julgar que os nossos cursos serão os mesmos, então essa é uma boa decisão.
ㅡ Você vai fazer moda também? ㅡ Kimi o perguntou. Jaesun assentiu.
ㅡ Mas e medicina? Não era essa a sua escolha? ㅡ Lucy olhou-o. ㅡ Eu lembro que sempre foi isso que você falou quando criança, e-
ㅡ Essa é a escolha dos meus pais. Sinceramente, Lu, te ver ganhando o mundo me fez querer ganhar também. Eles podem me odiar, talvez estejam até pensando em me proibir de namorar Mark uma hora dessa, mas o que eu posso fazer? Eu preciso ser eu... Ao menos na decisão do meu futuro.
ㅡ Estou feliz por você, sabia? ㅡ a amiga sorriu, vendo o amigo retribuir o ato. ㅡ As pessoas, principalmente nossos pais, acham que não somos capazes de escolhermos o que de fato queremos. Minha mãe ainda acha que eu sou um garoto confuso e que moda foi uma escolha que fiz para apenas irritá-la. Ela acredita veementemente que tudo isso vai "voltar ao normal" ㅡ fez aspas, enquanto Jaesun revirava os olhos ㅡ mas ainda acredito que uma hora ou outra ela entenderá.
ㅡ Ela terá que entender, porque quando você voltar toda montada na dona do próprio futuro, ela verá a filha fodona que tem.
ㅡ Eu espero mesmo, Jaesun.
Os amigos ainda se olhavam, sorrindo em cumplicidade.
ㅡ Vocês ainda vão comer ou ficar só falando?
Lucy e Jaesun rapidamente olharam os bolinhos e viram uma quantidade bem menor já ali.
ㅡ Você parece um monstrinho comendo. ㅡ falou Jaesun, buscando os seus dois bolinhos restantes que lhe eram de direito.
ㅡ Me dá só mais um? ㅡ Kimi pediu, olhando-o enquanto piscava seus olhos numa tentativa falha de conseguir o que queria.
Lucy sorriu, mas assim como Jaesun, buscou seus outros dois bolinhos, comendo logo o segundo enquanto protegia o último.
Quando enfim estavam de barrigas cheias e satisfeitas, sentiram a preguiça lhes consumirem, mas ergueram-se mesmo contra a vontade, caminhando agora sem um rumo tão definido pelas ruas.
ㅡ Vamos até à casa do Kuan? ㅡ Jaesun deu a ideia.
ㅡ Fazer o quê? ㅡ ambas perguntaram em uníssono.
ㅡ Só chatear ele, fiquei sabendo que ele está trabalhando em algumas músicas, mas ele não quer mostrar a ninguém.
ㅡ E você acha mesmo que chateando ele, ele irá nos mostrar? Não é mais fácil ele nos expulsar?
ㅡ Provavelmente, mas o que vale tentar, uh?
Não dava para negar que o garoto estava certo, poderiam mesmo tentar, mas o pensamento de talvez enfrentar a fúria de Kuan de mau-humor por qualquer que seja o motivo... hm, esse era um tanto complicado.
ㅡ Eu não sei não. ㅡ Lucy papeou, mordendo o lábio inferior enquanto fitava Jaesun. ㅡ Vocês não são tipo, inimigos?
ㅡ Aigoo, inimigos? Claro que não.
ㅡ São amigos?
ㅡ Não tanto assim.
ㅡ Mas então por que vocês vivem se alfinetando? ㅡ Kimi quis saber, e sua dúvida era compartilhada por Lucy.
ㅡ Por pura implicância. Eu não odeio nem sou inimigo do hyung. Quando a gente parou de ficar, não conseguimos mais ficar com fofurinhas, entende? Então esse foi um bom modo de continuarmos unidos, sem precisarmos fazer sexo ou trocar saliva.
ㅡ Isso é confuso. ㅡ Lucy foi quem disse ㅡ muito confuso.
ㅡ Não é não, agora vamos logo. Aposto que ele está naquela garagem velha e com cheiro de mofo.
As garotas não tiveram tantas opções, apenas seguiram Jaesun pelas ruas parcialmente vazias de Busan. Não demoraram até que estivessem em frente a casa de Kuan.
A casa era num padrão maior, o que era até meio engraçado. Os pais de Kuan tinham profissões respeitadas, ganhando salários gigantescos e mantendo-o sempre com o melhor.
Porém, Kuan não ligava muito para isso.
Sabiam que a parte favorita na casa para Kuan era os fundos. Lá havia uma antiga garagem, na verdade mais parecia um depósito. Era um cômodo apenas, espaçoso, onde o garoto amontoava alguns instrumentos musicais, junto a seus jogos, livros e revistas, e até mesmo um enorme sofá que lhe servia como cama às vezes.
Ouviram o som alto do piano assim que cruzaram o corredor lateral. A mãe do garoto foi quem permitiu a entrada, mas garantiu que não adiantava avisar sobre eles, porque Kuan não ouviria. Então apenas pediu para que eles fossem pelo caminho que dava até o lugar.
Jaesun sorriu quando viu Kuan de olhos fechados, tocando em seu piano de forma doce, tão doce que parecia outra pessoa.
ㅡ Hey! ㅡ Lucy chamou-o, tentando ter sua atenção.
Kuan talvez não ouviu, ou se ouviu não deu importância. Apenas continuou tocando as notas, deixando a melodia soar mais alta.
ㅡ Não adianta. ㅡ Jaesun falou e apenas adentrou o lugar.
Kuan abriu os olhos quando sentiu a presença dos três ali, e virou rapidamente os olhos quando Jaesun se jogou em seu sofá.
ㅡ O que querem aqui? ㅡ Kuan perguntou com seu típico tom tedioso.
ㅡ Viemos ver seu rostinho lindo. ㅡ debochou Jaesun.
Kuan apenas piscou devagar e encarou as outras, que se mantinham de pé.
ㅡ Jaesun disse que você está fazendo músicas, oppa. ㅡ Kimi falou, olhando-o com seus olhos grandes. ㅡ Podemos ouvir?
ㅡ Não.
ㅡ Aish, deixa de ser cuzão e mostra logo.
ㅡ Não sou o cuzão aqui, Jaesun. ㅡ Kuan olhou-o, buscando uma almofada jogada ao seu lado e mirou-a em Jaesun. ㅡ Tem três segundos para desgrudar essa sua bunda do meu sofá.
ㅡ Ou fará o quê? ㅡ Jaesun arqueou as sobrancelhas.
ㅡ Quer mesmo descobrir?
ㅡ Docinho?
Ouviram a voz de Daniel e logo o garoto adentrou o lugar totalmente sorridente. Surpreendeu-se ao encontrar os três ali e foi até o namorado, beijando-o na bochecha e sentando-se ao lado do corpo de Jaesun, que ainda se mantém no sofá.
ㅡ Não sabia que iriam estar aqui. ㅡ ele falou intercalando o olhar. ㅡ Kuan não me disse nada.
ㅡ Eu também não sabia.
ㅡ Viemos tentar fazer com que Kuan nos mostre as músicas novas, mas ele não quer. ㅡ Lucy sorriu, negando quando se sentou no braço do sofá. ㅡ Mas tudo bem, oppa, não queremos te pressionar.
Kuan gostava de ouvir Lucy falar, sua voz sempre soava fofa, mas ele não se sentia pressionado, apenas ainda tinha um pouco de vergonha de mostrar o que estava compondo.
ㅡ Mas você toca bem. ㅡ Foi Jaesun quem disse, olhando desta vez de modo sério para Kuan. ㅡ Muito bem, por sinal.
ㅡ Nossa, devo ficar realmente lisonjeado? ㅡ O tom de Kuan era irônico.
ㅡ Você vê, Daniel? Eu tento, ele que é chato.
ㅡ Eu? ㅡ o dedo de Kuan parava no centro de seu peito, como se se sentisse ofendido. ㅡ foi você que invadiu o meu cafofo.
ㅡ Não comecem. ㅡ pediu Daniel, em seu tom calmo, mas risonho.
ㅡ Não continuem, você quer dizer, não é?
ㅡ Eu sou muito injustiçado aqui.
O grupo de amigos reunidos ainda riam do drama de Kuan, mas ouviram os passos aproximarem o local, e desta vez era rubi, a governanta da casa, e ela trazia Ryeon e Noah consigo.
ㅡ Seus amigos chegaram, Kuan.
A mulher aparentemente de meia-idade sorriu para Kuan e os demais ali.
ㅡ Obrigado, noona. ㅡ Kuan agradeceu, recusando o pedido da mulher de fazer lanches para todos ali.
Ela logo se foi, e o espaço que antes Kuan tinha só para si, tinha diversas pessoas espalhadas.
ㅡ Você não pegou o gabarito? ㅡ Noah perguntou para Lucy, sentando-se ao seu lado. ㅡ eles enviaram para os alunos.
ㅡ Eu vi, mas não abri. Acho que fiquei com medo. ㅡ ela sorriu tímida, fazendo Noah rir junto a si.
ㅡ Medo? Você sempre foi tão bem. Tenho certeza que desta vez não foi diferente.
ㅡ Mas a prova final sempre traz esse frio na barriga, você não acha?
Noah assentiu, sorrindo outra vez enquanto olhava Lucy.
Ryeon observava os dois ainda naquele sofá conservando e observava a forma em como Noah buscava proximidade com a garota. Ambos nunca foram sequer de conversar, mas depois da festa de Halloween, Noah vinha falando com mais frequência com ela, e até mesmo perguntava sobre ela, e Ryeon, sem sequer perceber, mordia o lábio inferior e balançava seu pé direito sem um ritmo programado enquanto ainda mantinha o olhar, lembrando de como Noah parecia mesmo interessado em Lucy.
ㅡ Você tá parecendo um pinscher, só falta latir.
Kuan realmente se divertia com a imagem de Ryeon tremelicando todo por causa de seu batuque com o pé. Mas Ryeon apenas revirou os olhos, encarando-o com desdém.
ㅡ Aê, bro, a mina fecha com você, não é? Para quê ficar nessa pilha toda?
Ryeon suspirou, percebendo como estava patético.
ㅡ Foi mal.
ㅡ De boa. ㅡ Kuan parou ao seu lado e mirou seu namorado ao lado de Jaesun. ㅡ Posso te perguntar uma parada sigilosa?
Ryeon arqueou as sobrancelhas e encarou Kuan sem entender, mas mesmo assim assentiu, com seu lado curioso aflorado.
ㅡ Você me acha um sem futuro?
Ainda com o cenho franzido, Ryeon negou.
ㅡ Você tem futuro. Eu acho.
Kuan liberou o ar preso em seus pulmões, voltando a fitar o namorado.
ㅡ Daniel perguntou se eu aceitava morar com ele em Seul.
ㅡ Tipo, dividir um apartamento?
ㅡ É, tipo isso.
ㅡ E qual o problema?
ㅡ Acho que sou eu, saca? É que... eu gosto mesmo dele.
ㅡ Ainda não entendi o problema, Kuan.
ㅡ Você vê como ele sorri? Cara, é lindo demais. E quando ele fala? Ele me chama de docinho, cara, docinho!
Ryeon riu. Kuan não entendeu o seu riso, mas esperou para que ele terminasse.
ㅡ Cara, você 'tá apaixonado.
Kuan piscou sem entender. Isso não era óbvio?
ㅡ Claro que eu tô, é meu namorado.
ㅡ Não, Kuan, você 'tá mesmo apaixonado.
Kuan olhou Ryeon e riu.
ㅡ Acho que 'tô mesmo.
ㅡ Mas você aceitou?
ㅡ O pedido de Seul? ㅡ Ryeon assentiu. ㅡ disse que ia pensar. Eu sei que Daniel não quer só morar juntos, 'tá ligado? E esse é um passo muito grande, ainda somos jovens demais e... eu tenho medo de ser só mais um sem futuro e ferrar com a vida dele.
ㅡ 'Tá brincando, não é? Cara você é a porra de um herdeiro, futuro você tem garantido.
ㅡ Não é isso que eu quero. Eu quero fazer música, viver disso, mas música raramente dá dinheiro, principalmente no início. Meus pais já deixaram bem claro que não vão me ajudar nessa, eu vou 'tá em Seul com a sorte e a coragem.
ㅡ E o Daniel. ㅡ Ryeon completou. ㅡ o que é o mesmo que apoio, caso queira saber. Você terá um bom apoio inicial, e você 'tá ligado que é bom, então para de drama.
Kuan riu, suspirando em seguida. Ele realmente se sentia apaixonado por Daniel, e não queria errar com ele. Eram totalmente opostos, mas se encaixavam tão bem que mesmo com toda insegurança, Kuan conseguia visualizar uma vida a dois em Seul.
Só tinha mesmo medo de não conseguir crescer em seus sonhos, e ser uma vergonha ou arrependimento para o outro.
ㅡ Atenção aqui!
Ouviram o chamado escandaloso de Jaesun e se atentaram. O garoto sorriu e virou a tela do celular.
ㅡ Mark disse que os resultados já saíram.
ㅡ E ele com certeza passou, não é? ㅡ Lucy riu, mas não era algo que se pudesse ter dúvidas.
ㅡ O nerdão já era garantido, agora vamos ver a gente, né? ㅡ falou Kuan, buscando seu notebook e sentando entre Jaesun e Daniel. ㅡ Quem quer fazer as honras?
ㅡ Eu nunca estive com tanto medo. ㅡ Noah falou sorrindo e limpando as mãos que suavam na bermuda. ㅡ se eu não passar nessa prova eu não vou conseguir a bolsa que eu quero.
ㅡ Então cruza os dedos. ㅡ ironizou Kuan, abrindo a página onde tinha os resultados.