Capítulo 129
2322palavras
2023-02-07 09:42
Continuei cantarolando minha melodia inventada enquanto ele subia os degraus da escadaria íngreme, com iluminação fraca. Minhas mãos alcançavam a bunda dele. Passei a direita por dentro da calça, alcançando o músculo duro e enrijecido, a bundinha completamente arredondada e perfeita.
- Que bunda gostosa, desclassificado. – Observei, enquanto tudo girava ao meu redor conforme minha cabeça balançava de cima do corpo dele, olhando o chão.
Assim que chegamos no corredor, ele me desceu e pegou meu maxilar com os dedos, fazendo-me encará-lo:

- Além de tudo, é tarada.
- Completamente... Por você.
Ele foi deslizando do maxilar para minha boca, fazendo-a comprimir-se num bico, que beijou:
- Sua louca! Vai me matar... Cada ano ao seu lado envelheço dez.
- Espero que continue envelhecendo gostoso deste jeito... Vem cá... Me beija com seu quarenta e poucos agora.
- Você está bêbada.

- Não estou. Bebi dois chopes. Minha cabeça gira, mas sei tudo que eu fiz. E só para deixar claro, eu vim para dançar no pau do meio, Heitor Casanova.
- Caralho, o que se passa na sua mente insana?
- Que eu sou melhor que a Barbie das Trevas.
Heitor passou a mão em todo meu rosto, descendo pelos lábios e parando no colo, encarando-me:

- Você é melhor que a Barbie das trevas... E do que qualquer outra mulher que já passou na minha vida, Bárbara.
- Eu dancei melhor que ela?
- Puta que pariu... Esta bunda é minha, só minha... – ele puxou-me para si, nossos corpos grudados e meu coração começou a irradiar aquele fogo que queimava até minha capacidade mental.
- Quanto tempo ela vai ficar entre nós? – empurrei-o contra a parede, jogando-o sobre os quadros pendurados, fazendo alguns caírem no chão.
- Acha mesmo que eu deixaria você e a nossa menina hoje se não fosse importante? Ela não está mais aqui... Vai embora. Hoje é... Ou melhor, seria a última apresentação dela. Cindy vai para Las Vegas. Estávamos juntos fazendo as últimas tratativas do contrato. E sequer sei se o advogado chegou até o camarote.
- Espera aí... Repete... Por favor... – Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, sem tentar impedi-las. Esperei praticamente uma eternidade por aquele momento.
Ele sorriu, alisando meu rosto:
- Cindy vai embora e...
- Não – toquei os lábios dele – Lá do início... Volta, por favor.
- Hoje seria a última apresentação dela e...
- Não! Não! Você disse que não deixaria... Eu e a “nossa menina”.
Sim, para mim aquilo era tudo que importava do monte de palavras aleatórias que ele disse. Porque depois daquela expressão, eu não ouvi nada mais. “Nossa”... Finalmente ele disse “nossa”.
- Nossa menina... Nosso raio de sol... Nossa filha. – Os olhos verdes encaravam os meus de forma terna e acho que meu coração quase parou naquele momento.
Desde que peguei Maria Lua nos braços, aquela frase foi o que mais me impactou ou me encheu de amor depois do nascimento dela.
Heitor limpou minhas lágrimas e disse:
- Entenda de uma vez, Bárbara: eu amo você e tudo que somos hoje. Eu amo suas loucuras, eu amo quando me chama de desclassificado, eu amo a forma como cuida de Maria Lua, sabendo que daria a vida por ela, eu amo entrar no meu banheiro e não ver nada a não ser o vapor do chuveiro e a umidade se espalhando por tudo enquanto você canta Bon Jovi. Eu amo suas ligações desaforadas a qualquer hora do dia. Eu amo a forma gentil como trata Nicolete e meu pai. Eu amo como você se preocupa comigo. Eu amo até Ben circulando de cueca pela minha casa, como se isso fosse normal. Eu amo a forma como você sempre é esperançosa e nunca desiste de nada. Eu amo sua garra, sua coragem e até sua implicância com Celine. Eu amo a forma como você sente ciúme da loira do pau do meio. Eu amo os apelidos que você deu a ela. Eu amo acordar pela manhã e não conseguir planejar o que será até a noite, porque você consegue mudar todos os planos. Eu nunca imaginei amar alguém... Mas eu amo tudo em você.
- Até o meu irmão? – Enruguei a testa.
- Daí você está querendo demais. – Os lábios se abriram num sorriso.
- Eu amo... Você. Porque nada que eu disser vai ser mais lindo do que eu ouvi agora. E eu não vou chorar... Porque eu amo quando eu não choro – comecei a rir, limpando as lágrimas desobedientes – E eu amei dançar no pau, desclassificado. E vou dançar, no seu... A noite inteira... Até você pedir para eu parar.
- Nunca vou pedir para você parar.
Retirei o casaco dele sem pressa, nossos olhos um dentro do outro, incapazes de se moverem em qualquer outra direção.
Puxei a camisa branca desde a parte de cima, arrancando todos os botões enquanto a retirava de dentro da calça. Olhei o peito nu, perfeito e disse:
- Eu já comentei que a bebida me deixa... Insaciável e tarada?
- Hora de abrir a adega de novo, desclassificada. Vou fazê-la beber todo o vinho que tem lá.
Mordi levemente o peito dele, fazendo-o arfar. Chupei o mamilo com força, enquanto encontrei seu pau já enrijecido sob a calça:
- Heitor, foi aqui que a gente se viu pela primeira vez. – Lembrei, olhando o corredor novamente.
- Você estava exatamente neste lugar. E eu... Ali. – Ele apontou para a outra parede, mais adiante.
Abri o cinto da calça enquanto ele alisava minhas costas, descendo até a bunda. Retirei sua mão, levantando os braços dele enquanto os colocava na parede:
- Hoje você não faz nada... Só recebe. – Mordi seu lábio carnudo inferior, gostoso, que me faziam ir ao céu e voltar – Eu não só danço melhor que a loira do pau do meio... – provoquei – Faço outras coisas melhor que ela.
Ajoelhei-me aos pés dele, encarando-o enquanto descia o zíper de sua calça.
- Bárbara... Eu... – Ele não concluiu a frase.
- Eu... Não sei direito como fazer isso. Mas me ensina a fazer exatamente do jeito que você gosta.
- Você está aqui... Nada pode ser melhor do que isso. Não importa o que faça... Eu vou gostar... Porque é você.
Olhei para o chão e vi o quadro com a foto do Jon olhando para mim. Fui até lá, ajoelhada, e virei-o:
- Melhor você não ver isso, Jon. Pode ficar com ciúme.
- Caralho, se eu ver este homem de novo vou mandá-lo para a puta que pariu. Até nestas horas ele incomoda.
Puxei a calça de Heitor de uma vez, levando junto a cueca, deixando-a na altura dos seus tornozelos.
Seu pau, ereto na minha direção, implorava por ser lambido, chupado, comido... Aproximei-me, iniciando pela glande, sentindo seu gosto, enfim, na minha boca. Ouvi seu gemido de prazer, sentindo minha intimidade ficar completamente molhada.
A ponta da minha língua explorou a extensão de sua robustez, depois os lados, descendo aos testículos, onde mordi levemente. Se eu tinha experiência naquilo? Nenhuma. Se eu queria aprender? Só ser expert, a melhor, a que ele nunca esqueceria, a que o faria sonhar todas as noites.
- Quer entrar na minha boca, desclassificado? – segurei-o entre meus dedos.
Ele assentiu com a cabeça, não conseguindo pronunciar nada. O rosto estava avermelhado e eu conseguia ouvir o coração dele.
- Me fode... – pedi, abrindo a boca e colocando parte dele dentro.
As mãos de Heitor seguraram minha cabeça e gentilmente ele se enfiou, devagar, cuidadosamente, parecendo melindrado.
Comecei a chupá-lo enquanto fazia o movimento contrário com as mãos, sentindo a maciez de sua pele no membro ereto.
Aquilo era bom... Era excitante... Era viciante.
- Ah, Bárbara... Eu não quero gozar rápido... Vai devagar, por favor... – Ele pediu, com os olhos fechados.
Segui devagar, oscilando entre chupadas e lambidas, com minha boceta implorando pelo que a boca tinha naquele momento.
Até que não aguentei mais. Olhei-o e pedi, de joelhos:
- Não seja gentil, desclassificado. Bota tudo, no fundo... Eu consigo.
Ele sorriu com o canto da boca, do modo cafajeste que eu gostava. E se enfiou de forma forte, fazendo-me senti-lo intensamente, levando seu pau quase à minha garganta, machucando levemente enquanto atritava entre os meus lábios, que pegavam nos dentes.
- Porra, eu vou gozar! – Ele retirou-se rapidamente de dentro da minha boca.
Peguei seu pau com a mão e disse:
- Goza dentro... Aqui... – Coloquei a língua, esperando o que ele tinha para me dar.
- Tem... Certeza?
- Tenho! Eu sou sua, Heitor Casanova... Completamente sua. A mulher do CEO da North B... Quero sentir seu gosto, seu sabor...
Ele começou a fazer movimentos de vai e vem e imediatamente senti seu líquido morno jorrar na minha língua, aparando cada gota, até não restar nada. Engoli, vendo-o gemer alto, enlouquecido, com um tesão que me excitava ainda mais.
Heitor ficou um tempo escorado, olhos fechados e eu ainda ajoelhada na sua frente.
- Eu... Não consigo me mover. Minhas pernas estão tremendo. – Ele começou a rir divertidamente. Depois de um tempo abriu os olhos e me disse: - Isso nunca aconteceu antes.
- Deve ser seus quarenta anos chegando em menos de um.
Ele passou a mão com força nos meus lábios e disse:
- Eu posso perder todo meu império, mas não perco você, Bárbara Novaes.
- Perrone. – Acrescentei.
- Casanova. – Ele riu.
Arqueei a sobrancelha, confusa. Heitor puxou minhas mãos, fazendo-me levantar. Em seguida, ajoelhou-se na minha frente:
- Eu quero!
- O quê? – Ele começou a rir, debochadamente.
- Ser sua esposa.
- Eu não estou pedindo você em casamento, sua louca desclassificada. Só quero chupá-la, sentir seu gosto, seu cheiro, sua boceta gostosa e molhada. Dependendo de como você se sair rebolando e gemendo meu nome enquanto a fodo com minha língua, eu lhe dou o anel que tenho guardado no meu bolso.
Heitor arrancou minha calcinha lapidada em lantejoulas enquanto eu salivava por ele... E não era pela boca.
- Duvido que você tenha um anel no bolso. – Falei, abrindo as pernas.
- Não duvide... Eu tenho. – Ele passou a mão de uma extremidade a outra da minha intimidade, fazendo-me gemer.
A ponta da língua dele foi até meu ponto sensível, fazendo movimentos circulares, leves. Meus braços foram para cima, derrubando mais quadros no chão. Ele mordeu levemente meu clitóris e minhas mãos pegaram seus cabelos, que puxei, completamente concentrada naquele prazer que meu corpo produzia.
- Você é perfeito, desclassificado! Me deixa louca, sem rumo... – Fechei meus olhos, entregando-me completamente às sensações que só ele me fazia sentir.
- Goza na minha língua, Bárbara... Como eu fiz na sua. – Ele disse antes de aprofundar-se dentro de mim.
Gemi alto enquanto ele abria ainda mais minhas pernas com as mãos afoitas e ansiosas.
- Ah, que porra! – Ouvimos no corredor a voz feminina.
Ficamos imóveis: eu de pernas abertas, mãos para cima e Heitor com a língua dentro de mim.
- O que você ainda faz aqui? – Perguntei, seminua, no meio do orgasmo interrompido.
- Você é um idiota! – Cindy olhou para Heitor, que levantou, limpando a boca sem pressa e depois puxando a calça, junto da cueca.
- Não sei se percebeu, mas você acabou de empatar uma foda, Barbie das trevas. – Falei.
- Foi a porra do seu amigo que me deu aquele Cosmopolitan batizado. Você é pior do que eu imaginava. Queria meu lugar, desde a primeira vez que pisou os pés aqui dentro, exatamente no lugar onde estou agora.
- Sim, você está no lugar onde eu estive um dia. A diferença é que eu não ocupei o seu lugar, porque ele nunca existiu – levantei a calcinha que fazia barulho de itens brilhantes pendurados. – O que você quer aqui? Fale de uma vez e suma das nossas vidas.
- Você precisa assinar os documentos, Heitor! Quero deixar este lugar ridículo imediatamente. A caricatura, que é o amigo dela, está fazendo um fuzuê lá embaixo, mandando todo mundo embora e arrancando celulares.
- Eu mandei – Heitor disse – Ou acha mesmo que vou deixar fotos da minha mulher circularem por aí, para qualquer um ver?
- Você vai destruir a Babilônia... Por culpa dela. E eu vou aplaudir, de longe, a sua queda.
- Desde quando entrar numa casa noturna e sair com um celular de última geração vai acabar com minha reputação? Eu posso pagar pelo prejuízo de cada um... Garantir passes grátis por um ano... Pouco me importa o que eu perca. A bunda e os peitos da minha mulher ninguém vai ver.
- Ah, que fofo, desclassificado! – Pulei no colo dele, beijando-o ardentemente, já que tínhamos feito de tudo, menos sentido o nosso gesto mais íntimo de amor: um beijo de língua.
Heitor me segurava pela bunda, enquanto minhas pernas enroscavam-se no corpo dele. Nossas línguas se entrelaçavam sem pressa, sentindo o gosto que só nós dois conseguíamos provar. Meus braços apertavam-se ao redor do pescoço dele. E incrivelmente, naquele momento, parecia que a loira do pau do meio não estava ali. Era como se fôssemos só nós dois e o mundo todo não existisse.
Quando o ar faltou nos nossos pulmões, separamos as bocas. Meus olhos estavam na altura dos dele. Aquele homem era tudo que eu sempre pedi a Deus e finalmente fui ouvida.
- Eu amo você. – Falei, a voz fraca, colocando todo meu sentimento naquelas palavras.
- Amo você, Bárbara... Para sempre. – Falou, finalizando com um selinho tão fofo que quase precisei de colheres. Quer dizer, eu precisei de colheres... Mas não tinha naquele momento.
- Vocês me dão vontade de vomitar. – Cindy falou.
- Não somos nós. É o laxante que eu botei na sua bebida. – Confessei.