Capítulo 30
1150palavras
2023-02-11 02:09
Frédéric Hill
Vejo os três homens do Ralf numa rodinha conversando e me olhando com um sorriso maldoso, devem estar decidindo quem vai ser o primeiro a me espancar.
— Agora você vai ser nosso brinquedinho seu rato safado! — Um dos homens diz me encarando.
— Me solta seu covarde! Vamos brigar de igual. — Ele ri.
— Mas assim não tem graça. — Ele começa a acertar vários socos no meu rosto. Em alguns segundos eu sinto o gosto amargo do sangue na minha boca. Os outros que observam a cena riem. Então um deles intervém.
— Espera um pouco cara! Não bate assim não seu bobo, logo seu punho vai doer. Usa isso. — Entrega um pedaço de madeira para o cara, que antes me acertava os socos.
— Está preparado seu rato traidor? — Diz me olhando com um sorriso no rosto.
— Seu covarde desgraçado!
— Conta comigo Frédéric... Um, dois três!
Ele acerta um golpe no lado esquerdo do meu rosto fazendo um dos meus dentes voar longe.
— Caralho! — Ele olha para o meu dente caído no chão sobre uma poça de sangue, ele pega o dente e se aproxima de mim. — Olha só Frédéric. — Gargalha. E os demais fazem o mesmo.
— Madeirada nesse desgraçado!
Após me espancar muito...
— Acho que já deu. Levem ele pro carro.
— Cara você está horrível. — Diz rindo.
Estou sentindo uma dor insuportável, eles me pegam do chão me arrastam pelos pés até o lado de fora do galpão, colocam-me no porta malas do carro. Depois de um tempo andando comigo no porta malas, eles param o carro, abre o porta malas depois me jogam no meio da estrada e vão embora, rindo da minha cara.
Tento me levantar, mas sinto uma dor horrível nas minhas costelas, dou um grito de dor, vejo um carro se aproximando de mim. Acredito ser eles que voltaram para me atropelar e dar logo fim à minha vida.
Raven Carter
Após sair do galpão vou até o meu carro, entro e fico no mesmo esperando o Ralf liberar o Frédéric, tenho certeza que o Ralf não vai matar o Frédéric depois da minha ameaça. Não quero o Frédéric morto, preciso dele para dar continuidade ao meu plano.
Algumas horas depois vejo os homens do Ralf sair do galpão com o Frédéric coberto de sangue, eles colocam ele no porta malas do carro, espero eles saírem e os sigo. Mais a frente eles param o carro desce e tiram o Frédéric do porta malas, depois jogam ele na estrada e saem fazendo chacota do Frédéric, me aproximo com o meu carro paro ao seu lado depois desço.
— Raven, é você.
— Quem mais seria. Nossa você está acabado. — Falo ajudando ele a se levantar.
— Pensei que tinha me deixado para trás.
— Jamais meu parceiro.
Ajudo ele a entrar no meu carro com bastante dificuldade, depois seguimos para a minha casa.
Assim que chegamos eu chamo um médico para lhe atender. Frédéric está com uma das suas costelas e um dente quebrado.
— Você terá que ir para um hospital. — O médico diz olhando para o Frédéric com uma cara nada boa.
— Não. Isso é coisa simples, pra que hospital? — Fala tranquilo.
— Você está com uma costela quebrada, dente, e sabe-se lá mais o que, isso não é simples, sem contar que o senhor pode ter uma hemorragia, olha o seu estado.
— Besteira.
— Para de ser teimoso e vai logo para o hospital Frédéric. — Ordeno.
— Tá bem. Eu vou até esse maldito hospital
Vamos para o hospital.
Frédéric Hill
Após receber os cuidados necessários o médico pede para eu passar a noite no hospital. Quanto a minha costela quebrada ele disse que o meu próprio organismo se encarregará de curar a lesão, mas eu vou precisar usar medicamentos para aliviar a dor, e que dor desgraçada. Assim que o médico sai a Raven entra no meu quarto.
— Eu vou para casa. — Diz tranquila.
— Você pode me buscar amanhã?
— Não vai dar.
— Posso saber por quê?
— Tenho muita coisa pra fazer.
— Vai me abandonar?
— Frédéric eu não sou sua mãe. —Que filha da puta!
— Raven você não se atreva me deixar logo agora que estou na merda. — Falo firme.
— Para de drama Frédéric. — Revira os olhos.
— Espero você aqui amanhã.
— Adeus Frédéric.
Raven Carter
Era só o que me faltava agora, virar babá do Frédéric.
Sigo para a minha casa, assim que chego vou tomar um banho relaxante de banheira.
Logo após o banho peço uma comida japonesa, depois vou dormir.
No dia seguinte vou para o hospital buscar o inválido do Frédéric, hoje parece que a aparência dele está ainda pior. Olho para ele com pena.
— Para de me olhar assim. — Diz aparentemente envergonhado.
— Assim como?
— Com esse olhar de pena.
— É que você está horrível.
— O Ralf vai me pagar caro por isso.
— Você não vai fazer nada com Ralf. — Falo encarando ele com a expressão séria.
— Vai defender mesmo esse desgraçado? Olha como eu to. Estou assim por causa dele.
— Você acha mesmo que pode com o Ralf? — Ele não responde só fica me olhando. Frédéric sabe que estou dizendo a verdade.
Dia seguinte...
Tessa Bennett
Eu e Ralf tomamos café da manhã, e só depois vamos para minha casa.
— É melhor você esperar no carro.
— Tem certeza que não quer que eu te acompanhe?
— Tenho sim. É melhor eu ir sozinha. A minha mãe está em casa, não quero confusão. Espere aqui, eu já volto.
Ralf me da um selinho, desço do carro e vou até a minha casa em passos lentos. Assim que entro sinto um cheiro gostoso de café.
— Mãe? — Falo após fechar a porta.
— Oi filha estou aqui na cozinha.
Vou até a cozinha, assim que me vê minha mãe me da um abraço apertado.
— Fiquei tão preocupada com você filha.
— Estou bem mãe.
— Graças a Deus! Eu peguei folga hoje, vamos passar o dia inteirinho juntas, o que você acha?
— Eu... Não vai dar.
— Por que não?
— O Ralf está me esperando lá fora.
— Você já passou a noite na casa desse homem filha, não tem um tempinho pra sua mãe?
— Eu já havia combinado de sair com ele mãe. A Emma me deu dois dias de folga, e o Ralf me convidou para ir até a fazenda do pai dele.
— Quando vocês voltam?
— Eu não sei mãe.
— Toma cuidado.
— Não se preocupa, vai ficar tudo bem.
Vou até o meu quarto e começo arrumar uma bolsa com algumas roupas e alguns produtos de higiene.