Capítulo 16
1245palavras
2023-01-12 01:40
Ralf Campbell
Acordo assustado após ter mais sonho igual;
“Eu estou feliz dentro de um avião, uma mulher segura a minha mão, não consigo ver o rosto dela, de repente o avião começa a cair, a mulher aperta forte a minha mão e diz que me ama, e logo depois tudo fica escuro”
— Ralf tá Tudo bem? — Pergunta preocupada.
— Tá sim, desculpa? Eu te assustei?
— Não. Você estava tendo um pesadelo?
— Não sei se é bem um pesadelo, parece ser mais uma lembrança, é muito confuso.
— Me conta como foi?
— Eu estou num avião... De repente ele apresenta pane e começa a cair, eu ouço a voz de uma mulher, mas não vejo o seu rosto, ela diz que me ama, segura na minha mão e em seguida o avião cai, eu sempre acordo nessa parte.
Tessa Bennett
Fico completamente imóvel ao ouvir o relato sobre o sonho do Ralf, me recordo do acidente que tirou a vida do Derek , não estávamos num avião e sim em um jatinho, me lembro de nós dois de mãos dadas um olhando para o outro com o nosso olhar apavorado. Toda essa semelhança entre os dois está me deixando louca, será reencarnação a explicação? Só pode ser, porque serem a mesma pessoa é impassível, o meu Derek está morto.
— Você não vai gostar do que vou falar, mas foi exatamente num acidente parecido como esse do seu sonho que perdi o Derek.
— Sério, sinto muito. — Acaricia meu rosto.
— Ralf, você acredita em reencarnação?
— Pra ser sincero não. Você acha que sou a reencarnação do seu ex-namorado? — Ri.
— Eu não sei, tudo isso é tão estranho.
— Não existe isso de reencarnação Tessa, vamos voltar a dormir.
— Está bem.
Nos deitamos e adormecemos logo em seguida.
Ralf Campbell
Acordo no dia seguinte olho no celular e são quase sete e vinte da manhã, acordo a Tessa para ela não se atrasar, e dou um selinho nela.
Depois levanto-me e vou tomar um banho, assim que termino o banho vou levar a Tessa na casa dela.
— Obrigado pela noite maravilhosa. — Dou um selinho nela.
— Obrigada você pela noite maravilhosa.
Tessa sai do carro, espero ela entrar e volto para a minha casa.
— Frédéric?
— Sim, senhor Ralf?
— Vá até a casa da Tessa, e fique a disposição dela.
— Sim, senhor.
Depois eu vou para a empresa, e assim que chego o Jimmy me diz que o traidor que torturamos ontem ainda não abriu o bico. Vamos até o galpão, olho para o miserável saco a minha arma e aponto para ele.
— Última chance miserável. — Ele apenas ri.
E sem hesitar meto uma bala no meio da testa dele.
Tessa Bennett
Entro em casa e a minha mãe está a minha espera.
— Você quer me matar de desgosto?
— Claro que não mãe.
— Então por quê continua vendo esse homem, minha filha?
— Eu gosto dele mãe.
— Vocês mal se conhecem. Como pode dizer que tem sentimentos por ele?
— Eu sinto algo diferente quando estou com o Ralf, parece que já conheço ele a tempos, não sei explicar.
Lince Bennett
O meu coração bate acelerado após ouvir as palavras da Tessa, não posso mais deixar ela perto desse homem, eu não posso deixar ela saber que menti todos esses anos, a minha filha não pode saber que o Derek e o Ralf são na verdade a mesma pessoa.
— Filha por favor? Por favor minha filha, esse tipo de homem não é para você.
— Você melhor que ninguém sabe que eu sempre gostei desse tipo de homem.
— Isso era no passado.
— Mãe o Ralf faz eu me sentir tão bem, ele faz eu me sentir protegida.
— Você nunca vai estar protegida com esse homem, ele é chefe da máfia.
— Não vou deixar de ver o Ralf, não agora que ele me aceitou assim, ninguém nunca olhou para mim mãe, todos me tratam como uma pobre coitada.
— Eu nunca lhe vi como uma coitada filha, você tornou-se uma guerreira, esse homem só quer lhe usar, depois que conseguir te levar para cama não vai mais querer saber de você.
— Você está errada mãe.
— Isso quer dizer que vocês já...
— Sim, já dormimos juntos, e ele ainda me quer.
— Mais e o Derek? Cadê aquele grande amor que você sentia por ele? Acabou assim do nada?
— O Derek está morto mãe.
— Não volte mais a se encontrar com esse homem filha.
— Eu sinto muito mãe, mas não posso dizer que não irei vê-lo novamente.
Após ter essa leve discussão com a minha mãe, vou para o meu quarto, tomo um banho rápido, e ao chegar na sala percebo que a minha mãe já saiu, abro a porta e sou surpreendida por uma voz familiar.
— Bom dia senhorita Tessa?
— Bom dia Frédéric.
— Acompanhe-me até o carro, senhorita?
— Claro que sim Frédéric. — Ele me dar o seu braço para eu segurar e seguimos até o carro.
No caminho para a escola puxo conversa com o Frédéric, ele é meio fechado, só fala o básico.
— O seu patrão vai acabar me deixando mal acostumada.
— O patrão gosta de agradar as suas conquistas. — Confesso que ouvir isso não foi nada bom.
— Então ele trata todas as conquistas dele assim?
— Perdão senhorita. Acho que falei demais.
— Tudo bem Frédéric.
Tento fazer parecer que aquilo não me incomodou, mas, no fundo eu estou me corroendo de ciúmes, por ser apenas mais uma das conquistas do Ralf. Frédéric para em frente a escola, e me ajuda a descer, agradeço, e ao passar pelo portão da escola, como sempre faço, dou bom dia ao Ethan, o porteiro.
— Bom dia Ethan!
— Bom dia!. Tessa eu posso te perguntar uma coisa?
— Sim, claro.
— Aquele, cara que estava com você, ele é seu namorado?
— O Ralf?
— Devia ser ele.
— E por que isso te interessa?
— É que ele é perigoso.
— Não se preocupa Ethan, eu sei me cuidar, eu sou cega, mas não sou burra.
— Eu sei Tessa, só estou falando porque me preocupo com você.
— Eu sei me cuidar. — Dou alguns passos.
— Tessa?
— O que foi Ethan?
— Você não respondeu a minha pergunta.
— Não entendi?
— Vocês são namorados?
— Não. Não somos namorados.
Eu não estou mentindo, o Ralf nunca tocou no assunto compromisso, e após ouvir o Frédéric falar que ele é tão gentil com todas as outras, não posso continuar a pensar que vou ser a única na vida dele.
— Que bom!
— Que bom? — Digo confusa.
— É que eu... Eu quero saber se você aceita sair comigo?
— Sair com você? — Digo surpresa.
— Sim. Você aceita sair comigo?
— Você sabe que não é fácil sair para um encontro comigo?
— Eu sei... Quer dizer eu não ligo, vou cuidar muito bem de você.
— Tem certeza?
— Claro que sim. Pode ser hoje a noite?
— Pode sim.
— Me passa o seu número?
— Eu não tenho celular.
— Ah não?
— Não. Mas vou pedir para a Juni anotar o meu endereço num papel e na saída eu te entrego.
— Combinado então.