Capítulo 117
1173palavras
2023-02-02 00:01
Anexado logo abaixo da mensagem, estava o endereço de uma rua. Eu imediatamente soube onde era. Embora eu nunca tivesse estado naquela rua antes, sabia que ficava na periferia da cidade e ficava a duas horas de carro de casa.
Apenas algumas casas ficavam naquela área, já que o local ficava longe da cidade no geral. As casas estão situadas longe umas das outras e se algo de ruim acontecesse, não haveria ninguém por perto, exceto a vasta gama de árvores altas que cercam a área, e encontrar ajuda lá seria praticamente impossível.
Na verdade, era um lugar perfeito para atrair alguém para uma cilada, sem que ninguém notasse. Alguém poderia simplesmente jogar um cadáver naquela rua, que ninguém encontraria o corpo por anos.
Minhas mãos seguraram com força o celular. A vida de Dylan podia estar em perigo! E se a pessoa que tivesse enviado a mensagem estava dizendo a verdade e Dylan estava sendo mantido em cativeiro? Essa poderia ser a última chance de ver o meu filho vivo novamente.
Mas então, surgiu uma grande dúvida em minha mente: a pessoa que me enviou a mensagem poderia estar mentindo. Era alguém desconhecido e isso não o tornava confiável o suficiente para acreditar em suas palavras. Ele poderia estar apenas usando o nome de Dylan – minha maior fraqueza, apenas para me atrair para conseguir o que quer que seja que ele queria. Talvez ele quisesse vingança por algo que eu havia feito no passado. Embora eu não consiga me lembrar de ter feito inimigos, mas ainda existia uma grande possibilidade de que o motivo seria vingança.
"Estou falando com você, Lily." Grey falou alto, trazendo os meus pensamentos de volta ao presente.
Percebi que havia me distraído.
Levantando minha cabeça, eu olhei para ele e o peguei me encarando com uma carranca esculpida no fundo de sua testa. "Estou perguntando qual é o problema."
Abri a boca para dizer algo, mas as palavras não saíram dos meus lábios. Minha garganta estava apertada e seca, devido ao caos que borbulhava dentro de mim.
"Lily!" Grey chamou novamente, tirando-me de meus pensamentos que estavam começando a se esvair novamente.
Reuni toda a coragem que tinha, então deixei as palavras saírem de meus lábios trêmulos. "A-alguém acabou de me enviar uma mensagem." Eu respondi em um sussurro quase inaudível, meu coração estava acelerado dentro do meu peito em apreensão.
"O que estava escrito?" Ele perguntou, fazendo a carranca em sua testa se aprofundar ainda mais.
"Quem quer que tenha enviado a mensagem, estava me pedindo para ir ao endereço que ele forneceu se eu quisesse ver meu filho, Dylan, novamente." Eu respondi com o punho cerrado ao lado do meu corpo. Eu estava fazendo o meu melhor para não cair no choro.
Quando ele se moveu para pegar meu celular, eu de bom grado dei a ele. Ele leu a mensagem de texto. Quando terminou, ele me devolveu o aparelho. Seus olhos preocupados se voltaram para o meu rosto, onde a cor havia sido drenada dele.
"Não temos certeza se ele estava dizendo a verdade." Ele disse o que era lógico e eu não poderia concordar mais com as suas palavras.
"Mas se a pessoa que enviou a mensagem para você for a mesma pessoa que nos enviou o e-mail... isso tudo pode ser verdade." Grey me disse seriamente e o pressentimento dentro do meu peito se intensificou sabendo que ele estava certo.
Sentindo que minhas pernas fracas fosse desabar no chão se eu não me sentasse, atravessei a sala e desabei no sofá. Grey fez o mesmo e sentou-se ao meu lado. Ele ainda estava segurando Isabelle em seus braços.
"O que você planeja fazer?" Ele perguntou.
Correndo meus dedos pelo meu cabelo em exasperação, eu respondi. "Eu de verdade não sei, Grey." Eu disse a ele, dizendo seu nome pela primeira vez.
"Devemos contar isso para os seus pais. Eles poderão nos ajudar."
"Não!" Engoli em seco e balancei a cabeça violentamente. "Meus pais vão chamar a polícia! Tenho certeza que fariam isso. Uma vez que o culpado descobrir o envolvimento com a polícia, ele pode fazer algo como machucar a criança. Mesmo que a criança não seja Dylan, não posso permitir que ele se machuque."
Grey olhou para mim com compreensão em seus olhos verde avelã. "Eu sei... pensei sobre isso, mas só estou pensando que seus pais merecem saber o que está acontecendo."
"Devemos investigar juntos. Poderíamos ir a esse lugar hoje à noite."
Ele me lançou um olhar penetrante. "Não!" Ele deixou escapar em voz alta com firmeza, com finalidade em seu tom. "Vou fazer isso sozinho. Você não vai comigo."
"Você ficou doido?" Eu argumentei. "O culpado me queria. Se ele souber que você foi lá sozinho, pode acabar te machucando!"
"Eu prefiro que ele me machuque do que você, Lily." Ele mordeu de volta ferozmente.
"Não vai acontecer nada comigo, Grey… Estamos nisso juntos, então devemos ir juntos. Dylan é nosso filho! Se ele está realmente vivo, precisamos estar lá para ajudá-lo. Eu poderia fingir que fui lá sozinha e, caso as coisas saiam do controle, você pode chamar a polícia."
"Você é teimosa… Por que você simplesmente não escuta obedientemente o que eu digo? Eu estou indo sozinho."
"Não, eu vou com você Grey."
Mais uma vez ele me encarou. Eu ignorei o olhar afiado que ele estava me dando e ferozmente o encarei direto nos olhos.
Nossa discussão foi repentinamente suspensa pelo toque alto do meu celular. Eu estremeci de surpresa e peguei peguei o parelho abruptamente, em seguida, olhei para a tela. O número não registrado estava ligando de novo.
Comecei a suar frio quando meus dedos trêmulos apertaram o botão.
"Alô."
"Eu só liguei para avisá-la para não contar a ninguém, Lily." Uma voz robótica na outra linha disse. O culpado estava usando um modificador de voz, protegendo completamente sua verdadeira identidade. "Se eu descobrir que você contou a alguém, vou matar seu filho Dylan."
Engoli fundo e com força. Tive vontade de chorar, mas me contive. "Como vou saber se você está dizendo a verdade e que o meu filho Dylan está vivo?" Apesar do violento martelar dentro do meu peito, consegui perguntar em voz alta.
O telefone estava no viva-voz e Grey ouvia a conversa com sua expressão sombria e ameaçadora.
Houve uma longa pausa.
"Alô?" Repeti uma e outra vez, mas ainda não obtive resposta. Quando pensei que ele já havia desligado, o som de um grito de criança chegou aos meus ouvidos.
"Mamãe, p-por favor, venha me salvar... P-por favor." A voz de uma criança chorando irrompeu do outro lado da linha.
A outra linha foi preenchida com um soluço alto vindo da criança.
Instantaneamente uma lágrima caiu em minhas bochechas. Uma dor inimaginável apertou meu coração.
Depois de ouvir a voz da criança, não restava dúvida em minha mente agora.
Aquela criança era Dylan.
O olhar de choque e descrença no rosto de Grey espelhava o meu. Ele também sabia que a criança era o nosso filho, Dylan.