O investigador particular tinha saído da sala, minutos atrás após o término da reunião, mas Sophia e Philip permaneceram em suas cadeiras giratórias, maravilhados por finalmente terem encontrado sua única filha que estava desaparecida há tanto tempo. A informação que eles ouviram sobre a vida de sua filha ainda os abalou, mas não poderia superar a felicidade em seus corações ao saber que ela ainda está viva e ela estava bem ali, quase ao alcance deles.
"Já está mais do que na hora de contarmos aos nossos filhos sobre a irmã desaparecida." Sophia disse ao marido.
“Nós não podemos falar nada até a encontrarmos Lilibeth." Philip respondeu.
Após pensar em consideração, Sophia percebeu que seu marido estava certo. Eles deveriam encontrar Lilibeth primeiro, porque contar aos meninos sobre sua irmã enquanto ela ainda estava desaparecida só iria quebrar seus corações. Sophia escondeu a verdade deles por vinte e quatro anos porque não queria que eles se machucassem. Ela também não tinha certeza se Lilibeth ainda estava viva e a manteve em segredos, já que era a única maneira de protegê-los do mesmo desgosto que assombrava a sua vida e a de seu marido.
"Espero que o investigador particular a encontre logo, antes que seja tarde demais." Ela murmurou distraidamente, enquanto ainda olhava para as fotos em sua mão.
"Ele vai encontrá-la. Ele é um dos melhores que existem e, até onde sabemos, nunca falhou em encontrar uma pessoa desaparecida antes." Seu marido a assegurou. O tom de sua voz suave empurrou todos os seus pensamentos negativos para longe.
Sophia devolveu as fotos ao envelope e guardou-as dentro da bolsa.
Abandonando seus assentos, Philip ofereceu seus braços e Sophia enganchou suas delicadas mãos nele antes de se dirigirem à porta. Enquanto caminhavam pelos corredores brancos e imaculados do hotel, os funcionários pelos quais passavam abaixavam a cabeça e, respectivamente, os cumprimentavam com bom dia.
Quando finalmente chegaram ao estacionamento privado reservado apenas para eles, Philip abriu a porta para ela. Ao entrar no carro, ele fechou a porta. Depois, foi para o lado oposto do carro e sentou-se no banco do motorista.
Philip girou as chaves ligando o motor.
"Mamãe certamente está esperando por nós em casa." Sophia comentou e Philip não disse nada, porque sabia que Leilani faria exatamente isso. Na verdade, esta manhã, quando soube que eles iriam se encontrar com o investigador particular, ela insistiu em ir com eles, mas Sophia a proibiu porque as horas de viagem só a deixariam mais cansada.
Depois de uma longa e aparentemente interminável conversa, Leilani finalmente se acalmou e concordou em ficar em casa depois de fazer Sophia prometer contar a ela tudo sobre a reunião.
'Leilani ficaria maravilhada ao ouvir a notícia de que Lilibeth foi encontrada viva e bem.' Sophia pensou com alegria. E quando sua mãe olhar as fotos que comprou do investigador, ela ficaria encantada ao ver sua neta e perceber que ela era exatamente igual a ela.
Sophia mal podia esperar para ver a reação da mãe!
A viagem de volta para a propriedade levou duas longas horas, mas Sophia mal notou a longa viagem porque sua mente estava lotada de pensamentos sobre sua filha. Philip, que não havia dito uma palavra durante a viagem, também não parecia cansado. A mesma vivacidade em seus olhos refletia nos dele.
Os portões colossais de ferro, se abriram e o carro entrou no grande complexo do Phoenix, derrapando em uma parada em frente a uma gigantesca mansão luxuosa de cinco andares.
Sophia não esperou que Philip abrisse a porta. Animada, ela saiu do carro e entrou na mansão em busca de sua mãe. Leilani não estava à vista na sala de estar, então ela subiu correndo as escadas até o segundo andar da casa para procurar sua mãe. Philip a seguiu com passadas rápidas e longas até alcançá-la.
Caminhando pelo longo corredor, Sophia notou que o grande quarto de hóspedes estava entreaberto. Lentamente, ela abriu a porta para verificar o interior.
A sala bem mobiliada, pintada de rosa elegante, apareceu. O quarto de hóspedes era um dos maiores da mansão, e ela secretamente fez o quarto para sua filha Lilibeth, esperando que um dia ela voltasse.
Um mini lustre pendia do teto, dando ao ambiente um ar de realeza. No centro do quarto, uma cama elegante com dossel combinando com as cores do papel de parede.
No lado esquerdo da cama, perto do conjunto de sofás com flores, havia uma prateleira do chão ao teto cheia de todos os tipos de livros – itens de colecionador, edição limitada, best-sellers de Nova York – que ela supôs que seriam do agrado de sua filha.
"A porta da varanda está aberta. Mamãe deve estar lá." Philip disse atrás dela. Sophia entrou na varanda e, de fato, encontrou Leilani na varanda, sentada em um dos sofás e aproveitando o ar fresco da manhã.
"Mamãe!"
Leilani virou a cabeça em sua direção. Um sorriso instantaneamente iluminou seu rosto quando ela os viu na porta.
"Como foi a reunião?" Leilani perguntou, seu olhar passando entre Sophia e o rosto de Philip.
"O investigador particular finalmente encontrou Lilibeth." Sophia anunciou a boa notícia.
Os lábios de Leilani se esticaram em um doce sorriso que brilhava com vida. O sorriso iluminou seu rosto dando-lhe uma aparência jovial.
Sophia e Philip não viam aquele sorriso em seu rosto há anos, hoje era a primeira vez que o olhavam depois de muito tempo.
"Qual a aparênica dela?" Os olhos de Leilani estavam arregalados de excitação. "Onde ela está agora?"
"O investigador particular que contratamos estava tentando localizá-la agora. Lilibeth." Philip disse a ela.
Sophia tirou o envelope pardo de dentro de sua bolsa e pegou as fotos, em seguida, entregou para sua mãe.
Os olhos de Leilani brilharam com carinho enquanto ele olhava as fotos uma a uma.
"Ela é igualzinha a mim!" Ela exclamou, com lágrimas brilhando nos cantos de seus olhos.
"Eu não poderia deixar de concordar, mãe." Sophia e Philip disseram em uníssono e sorriram um para o outro.
"Eu queria muito ver a minha neta!" Leilani disse a eles com desejo em seus olhos.
"Você vai vê-la em breve, mãe." Sophia prometeu, sabendo que logo eles estariam com Lilibeth novamente.