Capítulo 49
1107palavras
2023-01-03 00:01
Ponto de vista de Ashley
A viagem de volta para casa foi tão relaxante com a música suave tocando ao fundo. A mão de Blake estava firmemente posicionada na minha coxa nua e ocasionalmente a apertava.
O dia foi perfeito, o encontro foi perfeito, Blake foi perfeito. Não pude deixar de sorrir ao me lembrar de como ele insistia em me dar banho no riacho depois de fazermos amor.
Ele foi tão gentil e carinhoso, e não tentou me tocar sabendo que eu ainda estava dolorida. Ele realmente era perfeito, como tive tanta sorte?
"Por que você está sorrindo, amor?", ele perguntou.
Me virei para encará-lo e o vi me fitando com adoração. Senti minhas bochechas esquentarem e me virei para olhar para a estrada.
"Cuidado com a estrada, por favor", resmunguei. Por que fiquei tímida de repente? Não havia razão para isso. Eu certamente não estava na cachoeira.
"Está tímida agora, Ley?", ele perguntou zombando. Eu me virei para encará-lo e agradeci por ele estar, pelo menos, olhando para a estrada dessa vez. Eu não gostaria de morrer horas depois de ficar em êxtase.
"Não, eu não estou", resmunguei, notando que o sol já estava se pondo no horizonte, lançando um brilho dourado que cobriu nossos rostos. Isso deixava Blake mais bonito do que já era, como um deus dourado.
"Então por que você estava sorrindo? Parece estar pensando em...", ele disse.
"Cale boca", resmunguei cortando ele. O que quer que ele dissesse em seguida certamente me deixaria mais vermelha do que estava.
"Eu estava rindo porque finalmente descobri sua fraqueza. Você tem medo de lagartas", completei.
Sorri lembrando de Blake gritando fininho quando uma lagarta parecia rastejar ao lado de seu pé quando voltamos para a cabana. Eu nunca me diverti tanto ou ri tanto em toda a minha vida.
"Não se atreva a contar para ninguém sobre isso. Senão, terei que puni-la, e vou gostar muito disso", ele disse num tom mais rouco. Aposto que ele estava pensando em coisas indecentes para fazer comigo.
"Me punir como?", questionei num tom muito sensual. Mesmo que eu já soubesse que era algo que me faria implorar por ele dentro de mim. Blake era imprevisível que eu tive certeza. Mas eu adorava provocá-lo, como agora, e sabia que tinha acendido o desejo nele.
"Bem, adoro sua b*nda, é ótima para levar uns tapas", ele disse enquanto tirou os olhos da estrada para olhar para mim novamente.
"Então eu transaria com você até que esquecesse do seu nome e não pudesse sentar por dias", suas palavras me causaram um arrepio de prazer.
Apertei minhas coxas e ele notou, porque um sorriso arrogante ficou estampado em seu rosto.
Ele se virou para olhar a estrada e apertou minha coxa. "Relaxa, amor, isso não vai acontecer, é só não sair por aí dizendo que eu tenho medo de lagartas. Embora eu prefira que diga, porque me daria uma desculpa para m*ter sem dó", ele disse.
"Você é um idiota cheio de tesão", disse e sorri.
"Só com você, amor", percebi a sinceridade em sua voz e não pude deixar de dar um sorriso tímido.
Minutos se passaram e ele diminuiu a velocidade ao chegar perto da minha casa. Já estava escuro e as luzes da minha casa estavam acesas. Me perguntei se estavam bravos comigo por estar um pouco atrasada.
Blake estacionou o jipe e abriu as janelas. Minhas sobrancelhas franziram e fiquei confusa, até que entendi o que ele estava planejando. Ele soltou meu cinto de segurança e me puxou para o colo dele. Suspirei pois não esperava que ele fizesse isso tão rapidamente.
Por conta do vidro fumê, ninguém poderia ver o que estávamos fazendo. A menos que andassem até a frente do jipe e nos vissem numa posição muito inadequada.
Blake não perdeu tempo, agarrou minha nuca e me beijou. Suspirei, derretendo quando ele abriu meus lábios com sua língua.
Ele estava sentindo o gosto de cada canto da minha boca. Eu sempre fui submissa a ele, mas não me importava. Eu queria que ele me dominasse, eu queria isso.
Quando nos afastámos, eu estava tão sem fôlego quanto quando finalmente transámos no rio. E mesmo que eu estivesse dolorida, eu não queria nada além de que ele tomasse conta do meu corpo. Por baixo dele, por cima, não me importava como seria, desde que ele estivesse dentro de mim.
Esfreguei polegar sobre seus lábios inchados, seguindo o movimento com desejo. Eu queria ele. "Eu te amo", sussurrei. Ele descansou a testa na minha.
"Eu também te amo, Ley", ele disse e beijou a ponta do meu nariz antes de recuar. "É melhor você entrar antes que seu pai saia de casa e me mate", ele brincou.
Eu ri. Ele estava certo, meu pai teria um ataque e provavelmente faria Blake se casar comigo imediatamente se nos visse nessa posição. Eu ainda era uma garotinha aos olhos dele.
Me afastei dele e voltei para o banco do passageiro. Abri a porta, saí e me virei para olhar para ele. "Ei, Blake", chamei sua atenção, embora ele já estivesse olhando para mim, bem, para o meu peito para ser mais precisa.
Ele olhou para cima e teve a audácia de parecer envergonhado por ser pego olhando para os meus seios. "Esse foi o melhor encontro de todos", disse honestamente.
Ele sorriu. "Fico feliz que tenha gostado, mas, amor, não acho que você outros para comparar. Outra pessoa poderia ter achado chato", ele disse.
Essa era a minha vez de sorrir com arrogância. "Agora, quem disse que não tenho histórico para comparar? Já tive outros encontros antes, Blake", falei lentamente e fechei a porta.
Ele abaixou os vidros, com os olhos fervendo de ciúme. "Com quem?", ele disparou.
Assobiei e me virei em direção a minha casa, saí andando e o deixei gritando meu nome. Eu sorri e abri a porta, me virei e acenei para ele antes de entrar.
Fechei a porta e ouvi o som de pneus cantando. Rezei para que ele não batesse o carro. Talvez eu não devesse tê-lo provocado.
Suspirei e olhei ao redor da casa. Onde estavam todos? Algo estava errado, o ar parecia tenso. Vi a luz da televisão acesa e caminhei até a sala, esperando que houvesse alguém ali.
Assim que entrei, avistei papai ao telefone, mamãe sentada no sofá de cabeça baixa como se estivesse triste e Arden parecia perdido, sentado ao lado dela.
"O que aconteceu?", sussurrei, já sabendo que não gostaria da resposta.
Mamãe levantou a cabeça e suspirou tristemente.
"Seu pai recebeu uma ligação hoje dizendo que sua avó Margaret se enforcou ontem à noite", ela disse.