Victoria Becker narrando:
Grito de dor ao sentir outra contração.
Marius para o carro em frente ao hospital e me ajuda a descer, uma enfermeira me coloca em uma cadeira de rodas e sou empurrada rapidamente para dentro.

Olho desesperada para trás e vejo marius correndo atrás de mim com várias bolsas, não dava pra ver seu rosto direito pois eram muitas coisas, ele embarrava nas pessoas e quase derrubava tudo, se eu não tivesse sentindo dor até iria rir.
Sou levada para a sala de parto e depois de alguns minutos Marius aparece desesperado, o mesmo estava com uma roupa de hospital, toca e máscara.
Na sua testa uma gota de suor descia, ele se aproxima de mim enquanto esfrega uma mão na outra.
- Eu não vou aguentar _diz ele.
- Amor, quem vai fazer o parto sou eu _falei, antes de gritar de dor.
- Você só está com 5 centímetros de dilatação _diz a médica me avaliando_ precisamos esperar mais um pouco.

- Por que não faz uma cesária? _pergunta Marius_ ela já tinha uma marcada pra daqui duas semanas.
- A senhora quer fazer uma cesária?
- Quero _falei ofegante, aquilo era dolorido demais, nem a Helena doeu tanto.
- Certo, vamos fazer uma cesariana agora _diz.

Assim começou meu parto, depois da anestesia não senti mais nada, e logo meus três meninos estavam no mundo.
Meus pequenos Dylan, Herry e Ryan.
Dylan é o mais velho, Herry é o do meio, Ryan é o nosso caçula.
Meus filhos são perfeitos, e são todos a cara do pai, pele branquinha,cabelos pretos e olhos azuis.
Olho para Marius que estava pálido ao meu lado, meus filhos estavam em meus braços e ele olhava para os bebês e depois pra minha barriga.
- Sangue... _disse antes de cair duro no chão.
- Alguém socorre o meu noivo, por favor _falo um pouco baixinho, eu estava bem cansada.
Enquanto os enfermeiros levantavam meu noivo, as enfermeiras pegaram meus filhos e levaram para o banho, eles estavam um pouquinho abaixo do peso mas não foi necessário levá-los para a incubadora.
Pelo menos deu tudo certo.
[...]
Depois de algumas horas estou no quarto, ao meu lado estão meus filhos dormindo tranquilamente, Marius estava sentado em uma poltrona e parecia um pouco traumatizado.
- Amor _chamei por ele que rapidamente levantou e veio até a mim.
- O que foi minha vida? _pergunta beijando minha testa.
- Vou dormir um pouco _falei manhosa_ estou cansada.
- Dorme meu amor, não vou sair do seu lado _disse fazendo carinho na minha bochecha.
Assenti me aconchegado na cama e logo adormeci.
Marius fitzy narrando:
Observo Victoria dormir rapidamente, beijo sua testa e ando em direção aos meus filhos.
Dylan,Herry e Ryan dormiam igual três anjinhos, nem parece que algumas horas atrás estavam cobertos de sangue.
Me arrepio todo só de lembrar, eu meio que tenho medo de sangue e quando vejo desmaio, fiquei traumatizado, ela é muito forte pra ter aguentado aquilo tudo.
Ainda está aqui ao meu lado, linda e plena, dormindo igual um anjo.
Meus filhos são minha cara, eu amo tanto eles que nem consigo explicar a dimensão disso... Victoria me deu os melhores presentes da minha vida.
Ouço o som da porta sendo aberta, era minha mãe, atrás dela estava a família toda.
Faço sinal de silêncio e aponto para Victoria que dorme serenamente.
Ando até minha mãe e pego Helena, a mesma está com um vestidinho rosa e em seus cabelos tinham uma tiara também rosa, uma gracinha.
Ando até os trigêmeos com ela, a mesma olha pra eles curiosa, deve tá pensando que eles eram bonecos, tão pequenininhos os meus meninos.
- São seus irmãos filha _falo mostrando eles.
- Eles são tão lindos _diz minha mãe.
- Como eles são muitos, não precisaremos brigar para ver quem vai segurar _diz Eliza.
- Eles são tão pequenos _diz Cristian.
- Eles são perfeitos _diz Joana, Madison ao seu lado concorda sem tirar os olhos dos meus filhos.
- É verdade que você desmaiou? _pergunta meu pai, Cristian começa a gargalhar mas logo para quando Eliza lhe da um tapa no braço e aponta para Victoria.
- Como você sabe disso? _pergunto.
- Ouvi algumas pessoas comentarem _diz meu pai.
- O hospital todo tá comentando _fala Cristian_ o pai que desmaiou por que viu sangue.
Ele começa a rir baixinho.
- Pra começar, era muito sangue, quero só ver quando for sua vez _falei.
- Eu não vou ter filhos _disse dando de ombros_ não preciso me preocupar.
- A gente finge que acredita nisso _diz Eliza se metendo na conversa_ você só não encontrou a mulher certa ainda.
- Talvez ele já tenha encontrado, mas como foi um babaca, deixou ela ir embora _falou.
- Quem é? _pergunta Eliza curiosa.
- Dá pra vocês pararem de se meterem na minha vida _disse ficando emburrado_ vamos olhar os bebês, eles que são o centro das atenções aqui.
- Depois você me conta _sussurra Eliza.
Todos ficaram babando nos meus filhos e depois foram embora para deixá-los descansar.
[...]
Já faziam alguns minutos que eu estava observando meus filhos, eles eram tão perfeitos, não conseguia parar de olhá-los.
- Amor _ouço Victoria me chamar, ela estava toda manhosa.
- Oi, minha vida _ando até ela beijando seus lábios.
- Cadê Helena?_pergunta.
- Foi para casa com minha mãe _falei.
- Nossos bebês estão bem? _pergunta olhando para eles.
- Estão ótimos, uma enfermeira passou por aqui e disse que quando você acordasse, era para chamar ela por que a mesma viria te ajudar a amamentá-los.
- Eles já devem estar com fome _disse.
Aperto o botão ao lado da cama e depois de alguns minutos a porta se abre, e uma enfermeira entra no quarto.
- Abigail _falou Victoria.
- Menina Victoria _disse andando até ela e fazendo um carinho na sua cabeça_ quando vi seu nome lá no prontuário fiz questão de vir vê-la, mas você estava dormindo e não quis acordá-la.
- De onde se conhecem? _pergunto.
- Essa mulher aqui foi um anjo na minha vida _disse Victoria_ ela que ficou do meu lado e me ajudou quando vim para o hospital dar a luz a Helena.
- Obrigado, por ter ajudado minha mulher e não ter deixado ela ficar sozinha.
- Não foi nada, mas onde está a pequena bebêzinha daquele dia? _pergunta.
- Está com a avô _disse Victoria_ e esses aqui ao meu lado são Dylan, Herry e Ryan, meus filhos.
Disse minha mulher apresentando nossos filhos.
- Esse é Marius, meu noivo _disse me olhando com carinho.
- Fico feliz que esteja bem, que tenha construído uma família tão linda, e que acima de tudo, não está sozinha _disse.
- É uma felicidade inexplicável _disse sorridente.
Victoria e nossos filhos são minha vida, sem eles eu não sou nada, e de uma coisa eu tenho certeza, eles nunca estarão sozinhos.