Victoria Becker narrando:
Está tudo uma loucura, esses últimos meses foram uma correria só.
Primeiramente, finalmente nos mudamos.

Agora temos nossa própria casa com um jardim enorme, Helena já correu muito por lá, e Marius como é um pai babão, comprou vários brinquedos e fez um parquinho pra ela, até uma casa na árvore ele está construindo.
Depois reclama que ela é mimada.
Enfim, não estou mas indo pra faculdade, estou estudando de casa e está sendo muito bom.
Crystal vive aqui me ajudando, Helena adora passar o dia com a avó e a madi, como ela chama a Madison.
E o momento que eu sempre sonhei, meu casamento. Tive uma conversa com Marius e decidimos casarmos só depois que os meninos nascerem, vai ser bom pois ultimamente não estou nem aguentando ficar de pé.
Semana passada completei oito meses e parece que a qualquer momento vou estourar, meus pés estão super inchados.

Minha cesariana está marcada pra daqui duas semanas, estou tão ansiosa para ter meus bebês nos meus braços.
O quartinho deles já está pronto, e está a coisinha mais linda do mundo, Marius comprou tanta frauda que dará para os meninos usarem por uns 4 meses.
Minha sogra e cunhada praticamente compraram uma loja de bebês, tem de tudo um pouco, tivemos que guardar boa parte daquilo no quarto de hóspedes pois o quarto dos meninos não tinha mais espaço.
Até Cristian comprou alguns macacões onde tinha escrito "sou do titio".

Joana sempre vem me visitar quando pode, a mesma está morando em um apartamento um pouco distante da minha casa, a faculdade dela também está tomando todo seu tempo, por isso as vezes fica bem difícil de nos vermos.
Minha amiga não fala sobre sua vida no Texas, eu também não pergunto, pois se ela quisesse falar já tinha falado, a mesma está feliz aqui em Los Angeles e é isso que importa, seus pais as vezes vinham visitá-la, mas agora eles estão morando aqui novamente.
O que aconteceu lá deve ter sido bem grave, já que uma vez sem querer acabei ouvindo uma conversa deles com um advogado, eles falavam sobre um processo e um julgamento, pode não ser sobre Joana, mas é estranho.
- Amor? _diz Marius descendo as escadas correndo.
- Na cozinha _falei, estava com fome e descidi fazer um lanchinho.
- Você está bem? _diz andando na minha direção preocupado.
- Estou bem _falo, ouço ele respirar profundamente.
- Quando eu estava descendo as escadas, notei que você não estava na sala, então corri pensando que você tinha saído e estava machucada _diz enquanto toca meu barrigão.
Os meninos fazem a festa na minha barriga por causa do toque do pai, acabo gemendo de dor.
- O que foi? _pergunta em alerta.
- Não foi nada, só os meninos chutando _falei.
- Vamos nos sentar no sofá, vou te fazer uma massagem nos pés _disse Marius me dando um selinho.
Andamos até o sofá e com muita dificuldade me sentei, meu noivo se sentou no chão e colocou meus pés sobre seu colo, logo começou a massageá-los.
- Então bem inchados _comentou.
- Sim, de ontem pra hoje eles incharam bastante _falei acariciando minha barriga.
Gemi baixinho, a massagem estava muito boa.
- Ouvi um gemido, espero que estejam vestidos _diz Eliza entrando com a mão sobre os olhos.
- Marius está fazendo uma massagem nos meus pés _falei, ela retira a mão dos olhos e abre só um olho pra conferir, logo suspira aliviada e vem na nossa direção.
- Que bom, iria ficar traumatizada se visse vocês trasando _disse_ nossa, seus pés estão tão inchados.
- Então sim, por isso Marius está massageando _falei_ não consigo nem andar direito.
- Vocês precisam sair daí logo _disse ela acariciando minha barriga.
- Minha cesária será daqui duas semanas, então ainda terei que aguentar firme por alguns dias _falei, Marius ainda massageava os meus pés.
- Mas eles estão bem? _perguntou.
- Sim, um pouquinho abaixo do peso, mas estão bem _respondi.
- E o nome deles? Vocês já pensaram? _perguntou curiosa.
- Sim, mas só será revelado no dia do parto _falei.
- Faz isso não Vic, vai me deixar curiosa? _diz fazendo um biquinho.
- Dá pra parar de ficar chantageando a minha mulher _diz Marius.
- Chato _reclama ela dando língua pro irmão.
Ouço a campainha.
- Vou atender _diz Liza correndo até a porta.
Eram Madison e Joana, as mesmas entraram e se sentaram,depois de alguns minutos meus sogros e Cristian chegaram.
Fomos pro jardim, Marius foi pegar Helena no quarto dela enquanto as meninas tiravam suas roupas e pulavam na piscina, meu sogro estava arrumando a churrasqueira enquanto minha sogra tinha ido na cozinha pegar a carne.
Ando um pouco sentindo minha barriga pesar, me aproximo do Cristian que estava sentado na sombra de uma árvore usando o celular, o mesmo nota minha presença e rapidamente me olha.
- Senta aqui _disse dando espaço.
- Me ajuda? _pedi.
O mesmo levantou e segurou meu braço enquanto eu sentava, ouço sua risadinha.
- O que foi? _pergunto.
- Você está tão redondinha, cuidado pra não estourar _disse.
Olho pra ele mortalmente.
- Vai estourar minha mão na sua cara _falei.
Ouço sua gargalhada.
- Calma, balãozinho _disse_ Aí.
Gemeu de dor quando belisquei sua barriga.
- Sua selvagem _disse passando a mão no local em que eu belisquei.
- Zomba de uma grávida novamente _falei.
Ele se senta ao meu lado e passa a mão pela sua perna, a que tem a prótese, o mesmo fez uma pequena careta.
- Tá sentindo dor? _pergunto.
- Não, apenas um pequeno desconforto _sorri ele sem mostrar os dentes.
Começo a sentir um pequeno desconforto seguido de uma dor, prendo a respiração e travo o maxilar para tentar suportar.
- Você tá vermelha _diz Cristian.
- Aí _falei segurando minha barriga.
- O que foi? _diz preocupado.
Sinto algo escorrer pela minha vagina e tenho certeza que minha bolsa estourou.
- Os...bebês vão nascer _falei_ chama o Marius.
Ele rapidamente levanta e grita pelo irmão que em poucos minutos já está ao meu lado, Marius me olha desesperado.
- Vão nascer _falei.
- Vamos pro hospital _diz Crystal.
- Vou pegar o carro _diz Marius.
- Nós vamos pegar as coisas dos bebês _diz Eliza saindo acompanhada de Joana e Madison.
Como Cristian não aguentava me levar sozinho por causa da sua prótese, ele e Crystal ficaram um de cada lado e me ajudaram a andar até o carro.
As meninas colocaram as bolsas dos meus bebês no porta-malas e minha sogra me ajudou a entrar.
- Não vá muito rápido e se acalme _diz meu sogro para seu filho, Marius assente.
- Vamos amor _diz ele_ chegou a hora de conhecermos os nossos filhos.