Marius fitzy narrando:
Vejo a Alessandra entrar no quarto, ela é a fisioterapeuta que meu pai contratou.
Ela é uma ótima profissional, já tive algumas sessões de fisio com ela, já se passaram duas semanas desde que acordei, faço as sessões de fisio 3 vezes por semana.

Os exercícios são leves, mas a Sandra, como ela gosta de ser chamada, disse que semana que vem irá aumentar um pouco da dificuldade.
Agora mais do que nunca quero poder voltar a andar rapidamente, terei outro filho... Eu estou tão feliz.
Terei a família grande que eu sempre quis.
Victoria sempre vem acompanhar minhas sessões, ainda estou no hospital, mas o Doutor disse que essa semana já receberei alta.
Estranho ao ver meu pai entrar no quarto.
- Onde está Victoria? _pergunto.

- Estava enjoada e não pode vir _disse ele.
Me sinto mal por não estar ao lado dela, cuidando dela e segurando seu cabelo quando ela estivesse vomitando... Eu queria tudo com ela, agora estou perdendo isso... Já perdi a primeira gravidez dela.
- Vamos começar _disse Sandra e eu apenas assenti.
Ela ergueu minha perna e em seguida dobrou meu joelho, logo a mesma começou a pressioná-lo pra cima, fazendo força contra meu peito.

Ficamos alguns minutos fazendo aquele exercício, e logo fomos pra outro.
O telefone do meu pai toca e ele sai para atendê-lo, não demora muito e ele logo volta.
- O que aconteceu? _perguntei.
- Eu queria conversar sobre isso com você, mas só depois da sua fisio _disse ele.
Assenti e continuei focado nos meus exercícios, Sandra me instruía em cada movimento, a mesma falava para o que cada movimento servia e assim eu iria ficando por dentro do que ela estava fazendo.
Após terminarmos, nos despedimos e ela logo vai embora.
Aos poucos meus movimentos estão voltando, mas ainda falta muito para eu voltar a ser o que era antes, vou precisar suar muito para ficar 100% bem, mas não irei desistir.
- O que você queria falar? _pergunto.
Eu estava apenas com uma bermuda, meu pai iria me ajudar a tomar banho.
- Cristian irá ficar no seu lugar na empresa _disse_ só até você se recuperar.
- Ele não sabe fazer nada _falei_ lembra que antes ele ia só pra vadiar na empresa?
- Ele mudou, e me garantiu que agora irá trabalhar sério _disse.
- Bem, você já decidiu _falei_ agora qualquer problema que ele causar ou mudar o que eu já fiz, o problema vai ser seu, a consequência disso vai ser sua.
- Eu assumo a responsabilidade _disse_ mas seu irmão precisa do nosso apoio, ele mudou completamente, e está tentando ser uma nova pessoa.
- Eu apoio ele, mas não quero vê-lo perto da minha mulher _falei_ ele já fez muito mal a ela.
- Tudo bem, isso já é um começo _disse empurrando uma cadeira de rodas para o lado da cama.
Logo o mesmo me colocou na cadeira e me levou até o banheiro para que eu pudesse tomar banho.
- Isso é constrangedor _falei enquanto tirava a roupa na frente do meu pai.
- Eu te criei, menino _disse ele_ já te vi pelado.
- Mas agora eu sou um adulto _falei.
- Está com vergonha de eu ver o seu pintinho? _disse ele me provocando.
- Que pintinho o quê, eu sou muito grande _falei.
- Quantos centímetros? _perguntou.
- 23 centímetros _falei.
- Tenho 24 _disse meu pai, arregalei meus olhos.
- Pai _o repreendi.
- Agora está com vergonha por o velho aqui ser muito maior _disse se gabando.
- Tenho certeza que o senhor mediu errado _falei.
- Você está é com inveja _disse.
- Inveja nada _falei_ agora vamos parar de falar sobre nossos paus e vamos logo tomar banho, quero descansar.
- Quer ficar cheirosão pra quando sua mulher vier te visitar? _perguntou.
- Claro.
Assim ele me ajudou no banho.
E essa foi minha rotina nos próximos dois meses, sessões de fisioterapia três vezes por semana, visitas diárias dos meus familiares, só muda o fato de eu já estar em casa, Victoria me ajudou muito e logo me recuperei por completo.
Finalmente eu estava andando.
Victoria Becker narrando:
Me olho no espelho e admiro minha barriga, eu estava com dois meses, minha barriga estava bem grande para os poucos meses que eu estava.
Vejo Marius entrar no quarto com Helena em seus braços, minha filha esta com um lindo vestidinho rosa e o cabelo solto, no mesmo tinha algumas presilhas, todas rosas.
- Papa _ouço ela falar com o pai.
Agora ela fica assim vinte e quatro horas por dia, papai pra cá, papai pra lá, meu noivo fica todo bobo com isso.
- Fala mamãe, filha _pedi, ela como sempre, me ignora.
Helena já fala algumas palavras, tipo, sim, não, ou quando a mesma quer alguma coisa, ela já sabe pedir, do jeitinho dela mas sabe, tem dias que Helena fala igual um papagaio, mas não conseguimos entender uma palavra.
Minha filha completou seu primeiro aninho a alguns semanas atrás, mas como Marius ainda não estava bem completamente e ainda tínhamos vários problemas, resolvemos fazer apenas um bolinho e comemorarmos em família.
A mesma ganhou vários presentes de seus avós e tia Liza.
- Vamos amor? _pergunta Marius me abraçando por trás e colocando sua mão sobre minha barriga.
- Vamos _me virei pra ele e beijei seus lábios.
Ouço o resmungado de Helena e me afasto do meu noivo para olhá-la.
- Sua coisinha rosa e ciumenta _comentei beijando sua bochecha.
Logo saímos de casa e seguimos até a clínica onde eu iria fazer meu primeiro ultrassom obstétrico.
Chegamos no local e logo fomos atendidos e encaminhados até a sala da obstetra, fomos bem recebidos e logo nos preparamos para o exame.
Me deitei sobre uma maca e logo a obstetra que se chama Josie, começou a passar um gel sobre minha barriga.
A mesma estava muito concentrada enquanto passava o aparelho sobre minha barriga, Josie mostrava algumas imagens, sinceramente, eu não estava vendo nada, e muito menos Marius, o mesmo olhava quase fechando os olhos e fingia que estava vendo.
- Olha só que benção _disse Josie animada.
- O que aconteceu? _perguntei.
- Vocês planejam ter muitos filhos? _perguntou ela.
- Sim _disse Marius_ queremos muitos.
- Então esse desejo se realizará _disse.
- Por que? _perguntei confusa.
- Parabéns, vocês teram trigêmeos...