Capítulo 70
1284palavras
2022-09-08 05:27
Helena voltou para casa junto com Sabriel. No estado em que estava, não queria deixá-la sozinha, pois tinha medo de que ela fizesse alguma besteira.
Durante todo o caminho, ela permaneceu calada, apática... bem que ele tentou puxar assunto para distrai-la, mas não adiantou. Ela não respondia e aquilo estava o deixando preocupado. Para ela estar em total silêncio, deveria estar pensando em fazer alguma coisa em relação ao caso e isso não é bom.
— Helena...
A chamou mais uma vez. E finalmente conseguiu ter a sua atenção. Lembrou que ainda precisava conversar com ele sobre a relação deles. Mas devido à confusão causada pelo incidente de Mitchel e pelo que descobriu através dos áudios mandados por ele, ela até se esquecera.
— Oh sim, me desculpe... a gente precisa conversar...
— Sim precisamos, mas tudo bem se não quiser conversar, pelo menos não agora... eu entendo.
Por mais que tenha compreendido, Sabriel não conseguia disfarçar a tristeza com a indecisão dela. Mas também não queria que ela aceitasse no calor do momento e nem queria pressioná-la.
Mais uma vez Helena hesitou. Pensou seriamente em largar tudo para ir embora com ele, só para não ter que olhar mais nas fuças de Roberto. Mas não podia ir embora sem antes acertar as contas com aquele imbecil, ainda mais depois do que ele fez com Mitchel e principalmente com ela.
— Desculpe, mas não posso decidir nada sem antes resolver este problema...
— Eu sei. Só estou preocupado de você fazer alguma coisa que pode se prejudicar e que possa se arrepender depois.
Entendeu a preocupação dele, ela também pensou a mesma coisa. Mas estava tão fula da vida, que não se importaria. Na verdade, nada mais importava e com certeza não iria se arrepender.
— Não se preocupe comigo... eu vou ficar bem. — Disse a célebre frase que sempre diz as suas amigas quando ficavam preocupadas com ela. E só ficou o aguardando perguntar se tinha certeza.
— Tem certeza? — Finalmente ele perguntou. E como sempre ela respondeu:
— Não, mas... — de repente faltou-lhe as palavras.
— Precisa acreditar que vai ficar bem. — Completou a frase para ela.
— Sim... tenho que acreditar que vou ficar bem.
Depois de mais de vinte e quatro horas, finalmente ela sorriu. Não foi o seu melhor sorriso, mas valeu a pena fazê-la sorrir de novo. Ela tinha o sorriso mais lindo do mundo.
Ficaram se olhando em silêncio, sorrindo um para o outro. Tudo o que ele queria pelo menos naquele momento, era fazer com que ela esquecesse um pouco a dor que sentia. E ela também queria o mesmo.
Esquecer mesmo não vai. Para Helena, aquela falta de caráter por parte de Roberto foi a pior das traições. E a também a canalhice por parte do Luiz não fica para trás. Aqueles dois não passavam de dois filhos de umas boas mães, para não xingar a mãe de ninguém, cada um à sua maneira. Como em uma postagem que vira uma vez no Facebook, nem todos os homens são iguais, pois cada um tem o seu jeito de fazer merda.
Mas ela preferiu pelo menos por enquanto, adiar esta história até amanhã. Agora só quer curtir um pouco a companhia de seu amado Sabriel...
Desta vez foi ela quem tomou a iniciativa, estendendo a mão para ele. Assim que ele aceitou, o puxou para si para abraçá-lo. Aproveitando que estavam abraçados um ao outro, ele começou a alisar seus cabelos. Sabia o quanto ela gosta daquele carinho. E ele também adorava fazer aquele carinho nela.
Mas em momento algum, ele não avançou o sinal. Durante todo o ato, respeitou o seu tempo. Ele sabia o quanto ela ficou abalada e estava muito fragilizada. Aliás, estava tão sensível que acabou pedindo para tomar a frente por ela.
— Tem certeza? — Ela respondeu afirmando com a cabeça: — tudo bem se você não quiser... eu vou entender...
Helena não o deixou terminar a frase. Já foi logo dando aquele beijo do qual ele já sabia o que significava. Depois dessa, resolveu fazer todas as vontades dela. Até porque ele também ficou com muita vontade.
Cada um tirou o seu casaco e os deixaram jogados no sofá da sala. O restante das roupas foram se perdendo no caminho para o quarto, mas cada um ainda estava com suas calças jeans, ainda que meio desabotoadas.
Mal chegaram na porta do quarto, Helena já foi logo se pendurando no pescoço dele. Queria ser carregada no colo. E é claro que Sabriel não deixou a desejar. Mal a encostou na parede e já foi logo a agarrando pelo traseiro, pegando-lhe as pernas e as passando por sua cintura.
Aquele amasso deles foi intenso, forte e muito louco. Enquanto Sabriel beijava seu pescoço, ele fazia questão de pressionar o seu corpo ao dela, fazendo sem parar aquele movimento masculino com os quadris, para que Helena pudesse sentir a sua virilidade, que já se encontrava a mil por hora. Na hora em que fez isso, ela soltou um gemido, abocanhando o lóbulo da sua orelha e o chupou intensamente.
Ainda com ela agarrada em seu pescoço, foi entrando no quarto dela e a jogou com tudo na cama. Sem querer na hora do tesão, acabou caindo em cima dela. Os dois deram risada com isso. Sabriel até queria se levantar para verificar se Helena havia se machucado, mas ela não deixou. Disse que estava tudo bem e continuaram.
Mais uma vez ficaram se olhando, sorrindo um para o outro em silêncio. Sabriel só observou Helena dar uma leve mordida e passar a língua nos próprios lábios. Ele adorou aquilo.
Aquela chica sabia mesmo como provocá-lo.
Com uma das mãos, ele acariciou o belo rosto de Helena. Fez questão de passar o polegar naqueles lábios de miel, como ele costuma dizer. Na mesma hora ela beijou o dedo dele. Chegou mais perto para lhe dar um selinho, depois mais outro, até que uma hora ela abriu os lábios para recebê-lo.
Após o beijo molhado, intenso e apaixonado, lhe deu um beijinho no seu queixo, passando pelo pescoço até finalmente chegar aos seios. Helena gemeu alto quando Sabriel os beijou, mordeu e os chupou. Foi descendo pela pele lisa e macia de seu ventre. Quando chegou na hora de tirar a sua calça jeans, ela fez questão de se levantar o suficiente somente para vê-lo fazer isso. E ele fez, deixando a calcinha para tirar por último como sempre.
Mas antes disso, resolveu tirar a própria calça. Enquanto ele se despia, Helena se levantou para ir até a sua penteadeira, abriu uma das gavetas e tirou de lá um dos preservativos que Sabriel trouxe na noite passada. Ela mesma rasgou a embalagem e a colocou... eles se olharam por um instante com um desejo avassalador em seus olhares. Ela sabia o ele queria... até porque era o também queria. Primeiro bateu de leve e esfregou no rosto para finalmente metê-lo na boca.
Enquanto deslizava o seu membro na boca, ele se contorcia de prazer, segurando-se para não perder o equilíbrio. Ela parou para que não o perdesse e se deitou de barriga para baixo. Sabia o quanto ele adorava aquela posição. E dali mesmo, tirou a sua calcinha e a penetrou de vez, seguindo de várias estocadas profundas. Para que os dois chegassem ao clímax juntos, ele começou a lhe estimular com uma das mãos. E eles conseguiram chegar lá.
E mais uma vez, logo após mais um "momento de amor" como ele costuma dizer, passaram a noite juntos. Se declararam um para o outro:
— Te amo, mi angel. (meu anjo)
— Te quiero mucho, mi chica de Paris.