Capítulo 68
1102palavras
2022-09-08 05:21
Helena foi até o Hospital das clínicas, junto com Samantha e Sabriel para saber como está o estado de Mitchel. E é claro que mesmo sem querer, ele causava um verdadeiro furor por onde passava. Bem que elas disseram que era melhor ele não ir e voltar para o hotel ou ficar na casa dela.
Chegando na recepção, as recepcionistas nem prestaram atenção nelas... estavam praticamente babando por ele. As pessoas que aguardava na recepção começaram a cochilar ao verem o casal do momento juntos:
"Ei, aquela ali não é a Chica de Paris?"

"Sim é ela mesma. E ela está com Sabriel Reyes!"
"Uau eles estão mesmo juntos!"
"Nossa que casal lindo!"
Lá estava ela mais uma vez sendo exposta. Mas se manteve firme e forte para aguentar tudo aquele alvoroço, afinal seus amigos precisavam do seu apoio. E vendo que ela não estava gostando muito daquela exposição, ele fez questão de abraçá-la para mostrar que estava do seu lado e que realmente estavam juntos.
— Não se preocupe chica. Estarei siempre a tu lado.
— Será que dá para vocês pararem de secar o namorado da minha amiga e nos atender? — Samantha gritou, não aguentando ser ignorada pelas recepcionistas: — queremos notícias do jornalista Mitchel Junqueira!

Após Samantha quase quebrar a recepção, eles foram para a sala de espera da UTI. Chegando lá, viram Dayane com o rosto vermelho de tanto chorar e amparada por Thierry. Assim que viu Helena, a parisiense foi correndo abraçá-la.
— Oh minha amiga, sinto muito por você e por ele. E me desculpe por não ter vindo antes, eu não sabia.
— Oh não se preocupe com isso Lê, está tudo bem, mas... — Dayane nem conseguiu terminar a frase quando viu quem estava ao seu lado.
— Bom você já sabe quem é...

Sabriel estendeu a mão para cumprimentá-la. Helena teve de pegar na mão da amiga e estendê-la para ele, já que ela ficou muito surpresa ao ver dois juntos. E também estava muito abalada com o que aconteceu para comentar sobre qualquer coisa.
— Como ele está Day?
Ela precisou respirar bem fundo para poder responder. Ainda estava em estado de choque. Parecia até que foi ela que levou um tiro.
— Instável... a cirurgia para remover as balas já foi feita para conter a hemorragia... algumas balas atingiram alguns pontos vitais...
— Mas como foi que aconteceu?
— Sabe aqueles filmes policiais, onde os bandidos perseguem os mocinhos? Foi igual... e horrível.
Começou a contar que ela e Mitchel passeavam pelo centro de São Paulo, quando ele percebeu que dois sujeitos estranhos estavam atrás deles. Começaram a andar no meio do povo numa tentativa de despistá-los. O que foi em vão, pois pareciam que estavam em todos os lugares. Se ele estivesse sozinho, daria o jeito dele de escapar, mas como estava com ela não queria arriscar a sua segurança. E do nada, surgiu um homem armado, levou a bolsa dela e deu vários tiros à queima roupa nele.
— Day... sabe me dizer se foi mesmo assalto? Sam me disse que pareceu queima de arquivo...
— Eu não sei... para um simples assalto, achei que foi muito bem elaborado... e a minha bolsa foi encontrada abandonada numa lixeira a mais ou menos uma quadra de onde aconteceu o crime. Quando fui olhar dentro da bolsa, com exceção do meu celular, vi que nada faltava, inclusive o meu dinheiro. Tudo bem, não tinha muito, mas ainda assim achei estranho não o terem levado.
"Vai ver que realmente era para ser queima de arquivo!" Pensou de imediato. Mesmo a amiga estando nervosa, precisou perguntar:
— Sam me contou que Mitchel descobriu tudo. Ele contou algo a você?
— Sim ele descobriu... ele me disse algumas coisas por alto e se não me engano ele te mandou um áudio para seu celular contando tudo, você não viu?
Helena lembrou que enquanto voltava para casa, seu celular estava com a bateria fraca, quase no fim. Para não desligar de vez, evitou de usar. Quando chegasse em casa, o colocaria para carregar. Porém quando chegou, deu de cara com Sabriel e acabou esquecendo.
— Por acaso seriam estes aqui? — Disse Sabriel mostrando o seu celular para ela e seus amigos.
— Por que Mitchel mandou os áudios para seu celular, se eles eram para mim? — Perguntou Helena.
Era um velho truque que Mitchel sempre utiliza quando fazia as suas investigações. Ele sempre enviava várias mensagens para seus amigos para todos ficarem em alerta, no caso de acontecer alguma coisa com ele. Por isso que roubaram o celular de Dayane. E talvez ela, Samantha ou Thierry poderiam ser os próximos. E como não dá para usar o mesmo golpe várias vezes, somente foi enviado para Sabriel, já que ele iria se encontrar com ela. E também porque não iriam desconfiar dele.
Antes de Helena e Sabriel saírem da UTI para procurarem um lugar mais reservado para ouvir o áudio, Samantha e Thierry lhe falaram algo importante.
— Lê, tem uma coisa que você precisa saber... é sobre o Luiz.
— Ah não Sam, eu não quero saber mais dele.
— Criatura, escuta pelo menos o que a gente tem para te dizer. — Disse Thierry perdendo a paciência: — acredite, é do seu interesse!
Por mais que não quisesse, Helena parou para escutar:
— Eu fui até a academia para conversar com o os sócios sobre a minha indenização e dei de cara com o Luiz. Ele realmente confirmou que estava te traindo com a tal da Núbia...
— Hum que novidade...
— Por ordem do Roberto! — Disse Thierry de uma vez.
— O QUE?
— Pois é amiga. Nós também não acreditamos quando ele nos contou. Mas somente por curiosidade, decidi ouvir o que ele tinha a dizer. No dia seguinte lá na delegacia, Luiz foi solto. Alguém pagou a fiança dele... ou algum policial recebeu suborno para soltá-lo. Quando ele perguntou quem foi, disseram que seu advogado estava lá fora e ele saiu correndo para ver quem era...
— E quem era? — Helena perguntou com medo de saber a resposta.
— Diz ele que viu a cretina da Núbia ... dando uns amassos no Roberto. E isso não é tudo. Tentou chegar mais perto para ver se conseguia ouvir a conversa. Falavam de você. Segundo o que ele escutou, a ideia era para apenas separar vocês dois e não te difamar na internet. E os dois foram embora juntos.
Helena custou para acreditar no que acabara de ouvir. Era bem o que ela e seus amigos já desconfiavam.