Capítulo 10
1349palavras
2022-08-17 15:54
Daiana Hereza Núnez
- Ei, pequena feiticeira, acorda chegou a hora de saber como é viver dentro do inferno. - Ouço uma voz grave e rouco bem lá no fundo do meu subconsciente, não consigo reconhecer a mesma mas sei que dá-me calafrios, suponho eu que estava dentro de um sonho, está tudo muito claro a luz é imensamente forte ao ponto de ofuscar os meus olhos, é como se tivesse dentro de quarto branco onde não há começo nem fim. Uma curiosidade é que estou deitada mas sem os meus membros presos e não consigo mover nada ou nenhum deles estranho isso.
Não sinto nada, é como se tudo fosse tirado de mim, quero chorar, gritar, urina por mais estranho que seja mais quero, falar qualquer coisa ou sei lá mais nada disso acontece, a única coisa que posso dizer que funciona é meu cérebro de alguma forma ele não está a funcionar como dever ser pois nenhuma expressão eu consigo expressar. Aos poucos vou ficando cansada de tanto que a minha mente trabalha, e em questão de segundo as minhas pálpebras vão se fechando até que Caio de novo no sono profundo.

- Você é minha, somente minha pequena feiticeira. - Acordo suada, e desnorteada a respiração está ofegante ainda no mesmo lugar mas com uma grande diferença, tudo está escuro nada de uma iluminação meu corpo está doendo, cada célula dela dói, os meus olhos percorrer o sítios mas sem sucesso de enxergar ūra só os meus pés estão preso e junto as mãos, só tomada pelos sentimentos de angústia e insegurança incapaz de soltar-se das cordas que prendem os meus membros choro, mais um choro silêncio. Daí decido chamar por alguém talvez tenha uma pessoa que me ouça.
_ Tem alguém ai?- Perguntou em um fio de voz, estou tão assustada que nem a minha voz sair direito e pelo pavor da a voz que surgiu no meu sonho possa aparecer e ver que tudo é real e não um pesadelo como eu estou a pensar.Estou com um sentimento muito ruim, o meu coração está em um ritmo muito descompassado e isso não é algo normal ou semelhante a alguém que acaba de ter um pesadelo, é como se vivesse o pesadelo. - Meu deus onde eu estou? E como vim cá para?-Essas e várias outras perguntas rondam a minha cabeça, deixando-me tonta então por azar ou sorte decido tentar novamente chamar por alguém no meio dessa escuridão.
- Alguém? Olha só eu chamei a polícia e ... - hum...-Pensem ,pensem.
-Eu chamei a polícia e eles disseram que se me largarem não vão preso e que...
Antes que eu terminasse o meu raciocínio uma voz diabólica preencheu o ambiente com a sua de gargalhadas, automáticamente o meu corpo arrepiou em reconhecimentos, eu sinto que os pelos do meu pescoço já sumiram de tanto medo que estou, uma luz meia fraca e acessa deixando o ambiente ainda mais aterrador. Não tive coragem de levantar a minha cabeça e olhar para onde vem o som da gargalhada, simplesmente meu corpo nestas horas já não é meu. Olhando de baixo apenas consigo ter a visão dos pés do homem que está parado a minha frente, agora ele não rir, está muito sério eu consigo sentir só com o olhar que ele me lança, um olhar que queima até a minha alma.
-Daiana, Daiana. Você não tem noção do que fala.

Eu não disse nada e a pausa que ele deu foi como se esperava algo ser tido por mim, a verdade é que o medo e outros tipos de sentimento ruim me definem neste momento. Então vendo ele que não direi nada o mesmo prosseguiu.
- Minha querida Daiana, aqui eu sou a autoridade, ninguém absolutamente ninguém ousa passar por mim ou fazer algo sem passar por mim primeiro, eu sou a lei dessa porra toda. - Ainda de cabeça baixa consigo ver as suas pernas longas moverem-se em direcção a mim, o sinto o meu coração para de bater, sustento a respiração e fecho os meus olhos, acho que ele percebeu o meu acto e disse com aquela voz cortante, assim que fica alguns centímetro perto a mim:
- Olhe Para mim.- Ordenou ele,mas eu sequer move um músculo, pela minha falta de acção o mesmo pega em meus cabelos pela raiz e os puxas para trás erguendo assim a minha cabeça para cama. O facto foi tão bruto que quase quebrava o pescoço, sinto a dor se instalar nas regiões onde sofre a agressão e com elas se juntos as lágrimas que
já não caiam por hora. O contacto da sua pele com a minha leve-me a situações que fazem o meu corpo ficar estático. Agora as lembranças do que aconteceu ontem preenchem a minha mente. Ainda estava de olhos fechados e quando tomei a pior decisão da minha vida em abri-los, eu vi o inferno sem fim. Os olhos deles não tem absolutamente nada além de escuridão como o deserto a noite sem estrelas. Eu posso sentir a minha alma sair do meu corpo e dizer que agora estou por minha conta com o demónio à minha frente. - Meu deus a minha mãe, o Caio e o meu pai? O que está a acontecer? O câncer, o câncer, a minha mãe teve uma recaída e eu nem sei dizer qual é o seu estado. -

Tomada pelo medo de perder a única pessoa que me ama começo a debater-me dos braços do homem de terno e em resposta o mesmo dá-me um tapa bem forte que levou-me ao chão junto com cadeira a qual estava sentada.
-SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDE POR FAVOR. -Comecei a arrastar-me mesmo com dificuldade pelos meus membros preso e gritar por socorro, mas ninguém responde, o choro compulsivo vindo de mim preenche o ambiente frio e sujo. Ao passo que ia me arrastando com a bunda para longe dele mais o mesmo aproximava-se dando gargalhada diabólica.
- Grite, vai grite mais alto, pequena feiticeira, agora deixa-me contar um segredo aqui ninguém vai ajudá-la.- Ele dá uma pausa e faz um gesto com as mão e prosseguiu.- Olhe a sua volta, não há nada ou alguém que possa te salvar de mim.
OS meus olhos molhados não perdem um único movimento que ele faz assim como os seus olhos negros como aura acompanham os meus. Eu não tenho mas saída, a não ser me humilhar mas do wu ja estou a ser portanto uso toda minha humildade e dignidade que me resta e falo:
-Por favor senhor deixe-me ir, eu... Eu imploro senhor... Senhor.-A minha voz sai fraca por conta do chora que consigo segurar. - A minha mãe;- Quando a imagem da minha mãe deitada naquele leito de hospital vem a mente eu desabo com tudo, agora eu choro cascatas de Kalandula, mesmo assim insisto na humilhação.- A minha mãe está doente senhor, por favor deixe-me ir.
Fugo o nariz e olho para dentro daquele mares negro, na tentativa de mergulhar neles e encontrar um requisito de esperança ou humildade, mas nda encontro apenas escuridão sem princípio nem fim.
-Fique quieta. -- Ordenou ele ignorando todas as minhas primeiras palavras e eu por instinto obedeço sem dizer nada, e ele por sua vez nada mas diz apenas faz um gesto com a mão e lá ficou mas iluminado. Então pode olhar tudo com mais clareza e constatar que estou em uma sala de torturas , os meus olhos se arregalaram em pavor se antes a minha alma havia sido abandonada pela minha alma agora estou um fantasma. -- Meu deus que lugar é esse?E quem é esse homem? - Pergunto-me em pensamento, olho tudo com o queixo caído de tanto pavor, minha garganta está seca e sinto que as minhas glândulas salivares deixaram de produzir saliva assim que deparo-me com o corpo do meu pai e do Caio pendurados como roupas no fio de cabeça para baixo ambos completamente nú...
Continua...
Se neste cap atingir vinte comentários  e votos amanhã sem falta sai o dois caps  com  bastante pimenta.0