Capítulo 8
1466palavras
2022-08-12 15:00
DAIANA HEZERA NUNÉZ.
Suspiro fundo mais uma vez e outra vez estou cansada fisicamente e psicologicamente, essa semana fui um caos cada dia que passou e parecia que nunca mais acabava. Feliz ou infelizmente hoje é sábado, isso mesmo sábado, faz quatro dias que o meu pai sumiu e que a minha mãe está hospitalizada por causa dele, me sinto culpada e ao mesmo tempo uma pessoa horrível e uma péssima filha que não sabe como cuidar dos próprios pais.—quer dizer que tipos de filha expulsa o seu pai de casa?— Embora mereça, mas acho que fui longe demais , agora estou aqui a lamentar-me e arrependida por ter expulso o senhor José de casa, se tivesse passado antes de agir a minha mãe não estaria no leito de um hospital mas assim aqui comigo .
Sinto uma lágrimas solitária a rolar pela minha bochecha e depois dessa vêm outras com pouca intensidade parecendo pequenos chuviscos diante de um céu acinzentado. Desde quarta-feira que tivemos aquela feia que o meu pai não pôs os seus pés cá no primeiro dia eu não liguei muito pois já sabendo como ele era provável que estivesse em algum bares bebendo, a minha mãe já estava preocupada pois afinal trata-se do seu esposo. E no segundo dia ai sim preocupei-me como sei que ele não é de ficar dias foras de casa sempre volta para a sua família não achei normal ele fica dois dia fora de casa, então comuniquei ao Caio que quinta-feira não iria para o trabalho pois precisava resolver algumas coisas pessoais, ele entendeu e como sempre queria saber o que se passava para ajudar de alguma forma e obviamente que menti na cara dura para ele.Não é vergonha da minha família não só não quero dar trabalho a ele que já faz muito por mim. E assim que tive a sua premiação fui a procura do meu pai, comecei pela vizinhança toda a perguntar por ele e nada ninguém sabe dele e outros simplesmente não o conhecem.
Estava a ficar aflita e a entrar em pânico, então para não perder a cabeça não pensei duas vezes e fui para a esquadra mais próxima do bairro, fiz um boletim de ocorrência de desaparecimento e tudo que eles disseram é que iram faz um busca pelas redondezas e aconselharam-me a voltar para a casa pois podem se dar o casa dele ter volta para nós. Obedeci e voltei e quando cheguei em casa ao abrir a porta deparei-me com a minha mãe caída no chão, fiquei estática a raciocinar o que tinha acontecido pois o meu cérebro deu um braco como um quarto de um hospício. E quando finalmente voltei o coração quase saiu pela boca, as lágrimas só corriam como cachoeira.
Gritei por ela, mas nada dela respondeu o desespero,angústia, pânico e o medo de não ver, mas a minha mãe comigo estava de mãos dadas a zombar do meu sofrimento sem piedade.
Não esperei mais nada e comecei a gritar por socorro até a minha voz ficar rouca e as lágrimas secaram a bruta pelas minhas mãos poderes. Elas não me permitia enxergar com clareza. Logo alguns vizinhos foram vindo à minha porta e constatar o que estava a passar-se no meu apartamento após isso pode ver alguns ficarem com penas e outros nem ser devo dizer a expressão facial deles. Mesmo me vendo aos prantos e desespero ninguém movia um único dedo para me ajudar ou seja elas podiam ver uma negra morrendo por qualquer coisa não fariam nada .
O meu desespero era tanto que uns dos vizinhos comoveu-se com o sofrimento que os meus olhos transpareciam e ligou para um hospital soltando uma ambulância dez minutos depois a ambulância chegou e os socorristas espantaram a aglomeração que estava no local cercando a mim e a minha mãe desacordada. Eu já não chorava o choque ainda paralisava os meus pés a cabeça, sentia muita dor de cabeça e um cansaço absurdo é como se um elefante tivesse caído em mim.
Fui tirada de perto da minha mãe, e eu apenas saí sem protestar depois os socorristas ergueram o corpo dela e puseram na maca que estava com e de seguida levaram-na para o hospital e eu segui junto com ela. Ao chegarmos no hospital minha mãe é levada para a observação e como não podia entrar fiquei no corredor a espera por notícias dela, andava de um lado para o outro sem para, a minha mente trabalhara como se fosse uma máquina na tentativa de processar tudo o que conserva durante o dia mas sem sucesso. Pacientes e médicos enfermeiros dentre outros que passavam por mim olhavam-me com pena nojo desagrado e reprovação como se estivesse no mesmo espaço a respirar o mesmo ar que eles fossem algum crime, mas eu não me importei com todos os tipos de olhar que eram lançados a mim. Minha mente apenas estava focada nos meus pais, pois não tinha tempo para se sentir inferior a eles por ser negra.
Os segundos iam passando, através deles os minutos e depois as horas, não saberia responder ao certo que horas eram ou que horas estava em pé dentro aquele corredor, os meus pés já não conseguia sustentar o meu peso por mas tempo por este meio me vi sendo obrigada a sentir em uns dos bancos verde, então deu uns dois passo e cai sentada em agradecimento o meu corpo relaxou mas não o suficiente para tirar angústia e outros tribulações de emoções que estavam a flor da minha pele. Estava com a cabeça baixa enterrada sobre as minhas mãos pequenas, até que num dado momento assustei-me com um toque quente sobre o meu ombro direito rapidamente ergui a cabeça para o alto e os meus olhos encontram os verdes do médico que atendera minha mãe, levantei-me por impulso fazer o mesmo recuar dois passo de distância de mim, sem dar tempo para ele fui logo perguntando.
- Então como a minha mãe está? Ela ficará bem? Ela pode sair ainda hoje? — As lágrimas aí já escorriam como uma fonte de água, o médico por sua vez olhou-me com pena e um pouco confuso pelas perguntas.
— Acalme-se, senhorita, e respire fundo. — Disse ele de modo calmo e eu neste preciso momento quase explodi de raiva por ele pedir-me para ficar calma e então disse grossa.
— Calma, não o senhor não vê o estado da minha mãe, como posso ter calma diga-me logo faz favor.
O médico suspirou e disse.
— Está bem, bom a sua mãe teve um parada cardíaca e isso afetou muito os seus órgão vitais, para além disso fez que o tomar maligno acelerasse o alastramento para outra partes da cabeça como ela não estava a fazer o devido tratamento o tomar está a matar ao pouco a sua mãe eu lamento muito por isso. — Eu ouço tudo com muita atenção e cada palavra que saia da sua boca era como engolir um tijolo. — E respondendo às suas questões ainda é muito cedo para dizer e como eu disse alguns segundo a traz a sua mãe teve um parada carioca por isso Pusemo-no em coma induzido por um período temporário isso se ela responder ao tratamento e as drogas aplicada nela, e de seguida assim que acordar começaremos os tratamento para combater o tomar. E com tudo isso posso concluir que a sua mãe não voltará hoje para a casa dos infelizmente.
— Posso vê-la? — Fui tudo que conseguir dizer após segundo de ser despejada de notícia que virou o meu mundo, apesar de tudo no fundo eu sustentava um pequena chama de esperança pois pensava que tratava-se de uma queda de pressão, e mais uma vez a realidade veio dá-me um tapa para acordar para a vida que irônico né? O médico acenou e fez o gesto para que o acompanhasse e assim o fiz.
Andamos por alguns minutos e por fim chegamos na porta do quarto dela, o meu coração começou a bombear o sangue com rapidez, em segundo pensava que iria sair pela boca o medo estava a volta de mim zombando da minha do meu sofrimento e da minha dor, engulo em seco antes de abrir o porta branca depois conto até dez e por fim ganho coragem e abra a mesma e andro no espaço. Já dentro do mesmo e assim que vi a minha mãe as camadas de ar que guarda simplesmente sumiram ao vê-la no estado de vegetação. Sem pensar duas vezes sair correndo pelos corredores do hospital com coração aos saltos e a respiração ofegante.
No lado de fora do hospital era possível ver os Chuvisco e não me importei, apenas queria sair dali e correr para bem longe de tudo.