Capítulo 20
2275palavras
2022-05-03 22:27
Meses haviam se passado após aquele dia que levou a vida de Takara e Kanji, transformando o castelo Inu Youkai em um lugar triste e frio. O rei pouco falava, estava sempre pensativo e absorto em seu trabalho, em cuidar de seus domínios. A pedido do rei, Katherine permaneceu no palácio como sua comandante, mal ficava no castelo, sempre estava envolvida em alguma batalha.
Seus inimigos eram cada vez mais fortes, parecia que almejavam sua morte mais que tudo no universo, quando estava no palácio, no qual o máximo permanecia três dias, quase não saia, apenas dormia, raramente comia algo, às vezes era chamada pelo rei e conversavam sobre assuntos referentes ào reino.
Quando estava completando quase um ano que Takara havia morrido, Hideki apareceu no castelo, sabia que Katherine não estava, pois Morning Star não estava lá. Pousou seu dragão na frente do castelo, entrando por suas portas com pressa, foi até o escritório, onde seu amigo se encontrava e entrou sem bater na porta, Takeo apenas levantou os olhos para ver quem invadia sua sala, sorriu ao ver seu velho amigo vindo em sua direção com os braços abertos, dizendo:
– Inu, ouvi seu coração me chamar. Estou aqui, irmão.
Ele se levantou, abraçando Hideki e disse:
– Dragon, eu preciso que me ouça e me perdoe.
– Vamos conversar, irmão. Vamos beber e conversar.
– Sim! Vamos.
Dirigiram-se até a varanda, próxima da sala de jantar, onde bebiam vinho e comiam uma série de frutas e carnes defumadas, enquanto eles conversavam, Hideki pergunta:
– Como se sente, Inu?
– Estarei mentindo se disser que não sinto falta de Takara ou de Kanji. Mas me sentiria muito pior se os tivesse aqui às custas do sacrifício de sua filha.
– Eu tenho que agradecer, outro não teria pensado duas vezes.
– Eu devia isso a você e, principalmente, a ela.
– O que quer dizer, Inu?
– Katherine teve um casamento infeliz com meu finado filho, permaneceu ao lado dele apenas para que ele não morresse. Jamais disse qualquer coisa ou fez algo para manter o nome do Clã Inu Youkai. Renunciou à sua felicidade e aos seus sonhos como fêmea.
Hideki suspirou e respondeu:
– Eu sei, após a morte de seu filho, Ami me contou tudo. Inclusive o pedido da irmã para que ela gerasse seu sucessor, porque Katherine não poderia.
– Ela amava muito meu filho.
– Talvez ainda ame. Afinal, por que permaneceu após a morte dele?
– Porque eu pedi, não suportaria cuidar de tudo sozinho. Mesmo que ela quase nunca esteja aqui quando aparece, me faz sentir melhor.
– Entendo. O que nunca entendi, foi como ela não morreu.
– Eu pedi ao dragão branco para que a poupasse. Ele me questionou se eu tinha certeza, eu falei que não desejava ser feliz às custas da morte de Katherine.
Hideki estava surpreso com aquela afirmação de seu amigo e perguntou, boquiaberto:
– Ele respondeu algo, quando disse isso?
– Sim, mas confesso que até hoje não sei o significado de tais palavras.
– O que disse?
– Concedo a você uma nova alegria, em retribuição à sua nobreza. Nunca vi sentindo nessas palavras.
Hideki sorriu, coçando a cabeça, bebendo um pouco de vinho. Takeo perguntou, surpreso:
– O que é, Dragon?
– Inu, me responda algo. O que pretende fazer?
– Não sei ainda... acho que daqui algum tempo terei de me casar de novo... não pensei nisso ainda.
– Alguma youkai em mente?
– Bem... não é uma youkai. Eu queria perguntar se...
Hideki o interrompe, rindo:
– Inu! Morning Star já te deu a mão dela, quem sou eu para me intrometer?
O rei youkai ouviu aquilo abismado, estava pensando em pedir para casar com Katherine, mas estava com quase certeza que seu amigo diria não, ainda mais depois do casamento desastroso com seu filho. Logo ele sequer pensou em falar com a jovem depois daquela reação de seu amigo, quase irmão, foi o que lhe deu certeza de que Katherine era a mulher para ficar ao seu lado depois da morte de sua amada Takara; falaria com ela naquela noite mesmo.
Conversaram por mais algum tempo. Quando estava caindo a tarde, Hideki partiu para seu reino, apenas tinha vindo para falar com Takeo e tirar o peso de seu coração. Takeo deixou avisado a todos os servos do castelo, que queria ser avisado quando Katherine chegasse, desejava falar com ela urgentemente.
Era o início da noite, quando ela chegou, foi direto para o quarto, precisava tomar um banho, Cho a viu chegando e falou educada:
– Boa noite, Katherine Sama.
– Boa noite, Cho.
– Vai jantar no quarto, Katherine Sama?
– Eu...
A voz de Takeo a interrompe:
– Não, Cho. Katherine irá jantar comigo hoje.
– Majestade? Não sabia que estava no palácio.
– Sim, preciso conversar um pouco com você.
– Algo lhe desagrada?
– Não se preocupe, não é nada grave. A espero daqui a pouco para o jantar.
– Se é assim... descerei daqui a pouco.
Ela foi para o quarto, preocupada com o que Takeo desejava falar, de certo iria dizer que podia deixar o castelo quando desejasse, que não necessitava mais comandar as tropas dos Inu Youkai. Talvez lhe dissesse que Ami estaria vindo com o marido e os filhos para visitá-los. Enquanto se banhava, sua cabeça dava voltas, seu estômago estava embrulhado de tanta ansiedade, terminou rápido o banho, vestindo-se e descendo.
Na sala de jantar, Takeo andava de um lado para o outro, nervoso, tentava imaginar como começaria aquela conversa, como diria a Katherine o que desejava fazer e, principalmente, como ela iria reagir; e se ficasse ofendida e fosse embora? Não tinha como saber o que aconteceria, tinha de falar com Katherine e esperar a resposta.
– Por que ela demora tanto?
Já rosnava ele, sozinho, ansioso senta-se contrariado, com a mão sob o queixo, escutou-a dizer da porta da sala:
– Espero não ter demorado muito.
– Acabei de descer.
Ele mentiu descaradamente, com um meio sorriso tranquilo no rosto. Katherine se sentou perto dele, observando-o, não pode deixar de notar que o rei parecia nervoso e pouco à vontade, Katherine nada disse, apenas colocou um pouco de água no copo, enquanto Cho servia seu prato. Takeo estava a ponto de expulsar Cho da sala, queria falar logo e acabar com suas dúvidas, a garota não parecia ter percebido seu nervosismo; assim que a serva os deixou a sós, Katherine disse:
– Algo errado?
– Não, por quê?
– Me parece nervoso, Inu.
Ele suspirou, olhando para o lado, ela havia percebido, tinha de falar agora mesmo. Respirou fundo, se muniu de coragem e falou:
– Katherine, eu quero fazer uma pergunta.
– Pois não, pode perguntar.
– Você pensou em casar-se outra vez?
– Honestamente, não.
– Se alguém pedisse sua mão, consideraria?
– Depende de quem se trata. Algum príncipe que meu pai deseja que eu despose?
Falou Katherine, visivelmente desanimada com aquela pergunta, não queria ir embora do reino Inu Youkai. Vendo o desânimo da garota, continuou temeroso:
– Não seria um príncipe... seria um rei.
– De onde? Por que um rei? Por que meu pai quer que eu me case, afinal?
– Por que não deseja se casar, Katherine?
– Inu, a verdade é que não desejo sair do território Inu Youkai, mesmo sabendo que se assim desejar não poderei ficar. E realmente casar com alguém que não conheço não me agrada.
– E se eu lhe disser que o conhece?
– Conheço? Quem é?
A garota levanta uma das sobrancelhas, surpresa com a resposta, olhando para o rei youkai que, antes mesmo de responder, a surpreende com um beijo nos lábios, um beijo roubado, cheio de cumplicidade e carinho, que Katherine não conseguiu deixar de corresponder, tendo seu corpo envolvido pelos braços fortes do rei youkai. Katherine deixou-se conduzir até a parede, ficou pressionada entre o grande youkai e a parede.
Aquele beijo foi se aprofundando de uma forma inexplicável, Katherine enlaçou-o pelo pescoço, enquanto tinha as mãos dele apertando seu corpo, pararam o beijo por um instante, ficaram com as testas juntas, olhando- se sem dizer uma palavra. Takeo a levantou nos braços, saindo rápido da sala, a levando para um dos quartos vazios no segundo andar, enquanto Katherine voltava a beijá-lo. O rei Inu a colocou sobre a cama com cuidado, voltando a se entregar ao beijo dela, abrindo os botões de sua roupa, logo desvencilhando-a dessa.
Takeo beijava o pescoço de Katherine enquanto acariciava seu ventre sobre a blusa fina de seda quase transparente, beijou sua orelha, fazendo-a se arrepiar inteira, enquanto ela arrancava a parte de cima de seu kimono sem a menor dificuldade. Nada foi dito por nenhum dos dois.
O youkai levantou seu corpo sobre a cama, olhando dentro dos olhos azuis que o observavam atentos, estavam brilhantes com nunca havia visto, não conseguia se lembrar de algum dia a ter visto tão bonita na vida, estava deitada sobre a cama com uma blusa de alças muito fina, que deixa o contorno dos seios aparentes, os mamilos rígidos eram visíveis, os cabelos desalinhados jogados sobre as cobertas, os braços próximos ao rosto, parecia mais uma visão do que uma mulher.
Takeo começou a despi-la devagar, tirou-lhe as botas, a calça comprida, passando as mãos pela pele clara das suas pernas e quadril, tirou a blusa que vestia, deixando-a sentada por alguns instante, enquanto ela o abraçou pela cintura, beijando seu abdômen definido, enquanto ele acariciava seu cabelos, observando-a com um sorriso terno e carinhoso. O rei tirou suas calças devagar, para que a garota não se assustasse ao perceber sua ereção.
Deitou-a, antes que a garota percebesse, afinal não sabia qual o grau de intimidade que ela e o filho haviam tido, não desejava a apavorar e nem a decepcionar. Beijou seus lábios novamente, passando uma de suas mãos sobre o seio esquerdo, massageando, apertando o mamilo entre os dedos; virou-a quase de bruços na cama, ficando encaixado nas costas de Katherine, deitando-a de lado, apoiando sua cabeça sobre o ombro, desceu a mão direita até seu sexo, massageando seu clitóris, enquanto sentia o quadril dela se esfregando em si.
Ouviu Katherine gemer baixo, enquanto mordia seu pescoço, massageando e apertando um de seus seios, enquanto introduzia os dedos dentro dela, fazendo-a ficar molhada e cada vez mais excitada, podia senti-la estremecendo em seus braços; segurou forte seu clitóris, posicionando seu membro na entrada dela.
Takeo esfregava-se nela, fazendo-a se esfregar em sua mão, que pressionava seu clitóris, quanto mais ela se movia mais era pressionada por seu membro, que a invadia devagar, deixando-a louca de tanto desejo; ofegante, enquanto ele lambia e beijava seu pescoço, Katherine gemeu:
– Inu, eu não aguento mais... por favor...
Ele entendeu o que ela desejava, massageou com vigor o clitóris dela, enquanto a penetrava constantemente, fazendo-a gemer alto, apertando-o pela nuca, quando sentiu as contrações dentro dela apertando seu membro, beijou a boca de Katherine, fazendo-a gemer e estremecer com força, Katherine havia gozado pela primeira vez em sua vida, sentiu-o sair de seu corpo, passando para cima dela, sentiu todo o peso daquele macho sobre si, enlaçou as pernas na cintura dele, beijando-o com força, enquanto esse tornava a penetrá-la, movendo-se com força e velocidade.
Desceu seus lábios até os seios, beijando-os, lambendo com exigência cada pedaço de pele, chupando com força enquanto ela apertava sua cabeça contra o peito, delirando entre gemidos, Katherine gemeu o nome dele alto, enquanto cravava as unhas em seus ombros para não gozar, o youkai levantou a cabeça, olhando o rosto de Katherine, que se contorcia sobre seu corpo, colocou uma de suas pernas sobre o ombro, penetrando-a mais profundamente ainda, ouviu a pedir:
– Mais depressa, mais... mais forte...
Ela mal conseguia completar suas frases enquanto gemia, entregue ao gozo, sob ele, Takeo sabia bem que Katherine acabara de ser violada, mas sabia que ela estava sentindo um prazer que por muito tempo almejou e que seu filho jamais havia sequer chegado próximo de lhe dar. Passaram a noite daquela maneira, fazendo amor, Katherine totalmente entregue ao desejo, amando e sendo amada por quem jamais imaginou que a faria se sentir mulher daquela forma.
Quando amanheceu, Takeo a carregou nos braços até a banheira dentro do quarto, entrou com ela na água morna, colocou o seu corpo em cima do seu, banhava com cuidado, com deleite de ver aquele corpo lindo sobre o seu, assim tão carinhosa, mais uma vez Katherine o beijou, sorrindo, observando seus olhos cor-de-âmbar brilhando, perguntou:
– Você é o rei que deseja minha mão, Inu?
– Sim, o dragão branco me deu sua mão.
– Hum... Você vai me perguntar?
– O quê?
– Se quero me casar com você!
– Agora é tarde, já me entreguei a você, não te deixarei mais ficar um minuto longe de mim.
– Que possessivo.
Diz ela, rindo, enquanto ele morde de leve seu ombro, fazendo-a se arrepiar, enquanto puxa-o para mais junto ao corpo para voltarem a fazer amor dentro da banheira:
– Você não imagina o quanto, Katherine.
– Acho que posso me acostumar... com isso...
Responde ela, entre beijos e carícias que a faziam suspirar e soltar gemidos de prazer, ao senti-lo tocar e beijar seu corpo, ao ouvi-lo gemer em seu ouvido e dizer coisas inconfessáveis a qualquer outra criatura no mundo, naquele dia nenhum dos dois saiu do castelo, nem mesmo daquele quarto para a secreta felicidade de Cho, que não aguentava mais aquele clima de luto no castelo, a vida parecia estar voltando aos poucos a ser feliz.