Capítulo 10
639palavras
2022-01-26 09:44
"Você me deu um tapa?" Roland não esperava que Mônica, que sempre fora obsequiosa, ousaria bater nele.
"Olha, eu tolerei você por muito tempo. Você ter muito dinheiro não significa nada para mim!" Mônica estava com raiva e sua voz não soava gentil como de costume.
"Você quer ser demitida?" Nunca uma mulher se atrevera a fazer isso com ele. Roland também ficou furioso: "Acredite ou não, eu vou demitir você!"
"Eu me demito. Lembre-se, não foi você quem me dispensou, fui eu quem te dispensei!" Depois de dizer isso, ela jogou o celular que Roland havia dado para ela na frente dele e saiu da enfermaria com a cabeça erguida.
Vendo que ela não estava gentil e obsequiosa como sempre, Roland se espantou e ficou sem fala. Ele não conseguiu pensar direito atéos passos de Mônica desaparecerem. Ele tocou seu rosto ardido e sorriu. "Que gatinha selvagem, adoro isso!"
À noite, um carro preto estacionou em uma vaga próxima ao beco do prédio em forma de U. O carro era chique, luxuoso e bem delineado. Os residentes do prédio deviam estar acostumados a ele.
Nos últimos dois anos, ele foi visto com frequência por lá. O motorista era um jovem compenetrado e introvertido. Ele parecia um sujeito nobre e distinto..
Todas as vezes, ele chegava no fim da tarde e ia embora tarde da noite.
A princípio as pessoas ficaram muito surpresas com sua aparência, mas depois se acostumaram com suas idas e vindas. Ninguém nunca falava sobre ele.
Um ônibus Nº8 chegou ao ponto de ônibus e a porta se abriu. Mônica desceu do ônibus com uma pasta grande e caminhou em direção ao beco. A entrada do beco estava escura, mas ela não parou mesmo assim. Ela continuou caminhando e passou pela entrada do beco. Ela morava lá havia tantos anos que mesmo com os olhos fechados podia sentir o caminho de casa.
Quarmy esperava sob uma grande árvore no saguão do térreo, vestindo um terno preto. Ele era alto e bonito. Ele estava quieto sob a árvore, olhando para uma janela no andar de cima.
A janela era velha e a parede, manchada, ele olhou para ela como fosse assombrada, como se houvesse as coisas mais preciosas ali.
O som de passos apressados transparecia na calada da noite. Quarmy virou-se rapidamente e se deparou com uma figura esguia.
Ele ficou no escuro por um bom tempo e seus olhos se acostumaram com a pouca luz. Ao ver a figura, ele fechou seu punho e seu rosto exibiu um semblante de surpresa agradável.
Mônica nem percebeu uma pessoa parada embaixo da árvore. Ela saiu do beco e foi direto para o seu apartamento no prédio em forma de U. As luzes da rua do prédio estavam estragadas, mas isso não impediu Mônica de subir as escadas.
Provavelmente por ficarem tanto tempo sem reforma, as velhas escadas de madeira rangiam com seus passos. Era um som celestial aos ouvidos de Quarmy.
Logo Mônica subiu as escadas parou diante da porta de seu apartamento. Ela pegou a chave e abriu a porta. Depois acendeu a luz e a fraca lâmpada incandescente iluminou o ambiente. Quarmy observou enquanto ela se dirigiu à janela e fechou as cortinas, reparou enquanto a figura esguia caminhava pela sala. Ele observou ansioso a figura na janela, seus olhos estavam radiantes.
Passaram-se três anos! Finalmente, ele recebeu a mensagem dela, mas não teve a alegria do reencontro depois de uma longa separação. Ele a viu servindo outro homem. Quarmy uma vez pensou que estava sonhando, mas quando viu com seus próprios olhos, soube que tudo era verdade.
Um sentimento muito complicado tomou seu coração. Ele não sabia se estava feliz ou triste.
Meia hora depois, as luzes do apartamento se apagaram Quarmy esperou um tempo e depois se virou devagar, Mônica! Há quanto tempo!