"Fique comigo esta noite. Eu te levo de volta para a escola amanhã de manhã." Daniel acariciou uma mecha do cabelo de Maria enquanto murmurava em sua voz baixa e magnética.
Toda garota tinha um bom cheiro em seu corpo que o seu homem encontraria mais atraente, especialmente seu cabelo. Embora Maria estivesse suando e houvesse um forte odor de suor nela, Daniel não conseguia deixar de inalar seu cheiro único com avidez.
A garota secretamente passou a língua pelos lábios ao perceber que Daniel, que era obcecado por limpeza e arrumação, não a repudiava.
Maria balançou a cabeça e disse, um pouco envergonhada, "Tio Daniel, eu acabei de me mudar para o meu quarto na república hoje. Se eu já voltar para casa esta noite sem ter ficado aqui, o que todos os outros na república diriam sobre mim? Eles falariam mal de mim, que sou uma princesinha mimada, que não consegue ficar sozinha nem por um dia e que estou mais investida no meu namorado do que nos estudos. Isso seria ruim para minha reputação, Tio."
Daniel pensou sobre isso e chegou à conclusão de que ela realmente tinha razão. Se adaptar à faculdade pode ser muito difícil e ele não queria que Maria fosse alienada; ele tinha que deixá-la se misturar com seus colegas e, para isso, tinha que deixá-la ir relutantemente, mas antes disso…
Os olhos de Maria se estreitaram quando ela viu o rosto do homem. Ela não precisou pensar muito para entender o que ele estava tramando em sua mente.
Daniel era sem-vergonha e imprevisível, se ele quisesse, ele não hesitaria em tirar a roupa dela e fazê-la montar nele bem ali no carro no meio da rua. Ela tinha que escapar enquanto ainda havia tempo, caso contrário, ela estaria encrencada, literalmente.
Quanto mais tempo ele demorava, mais preocupada ela ficava. Por fim, ela tomou a iniciativa de sair, "Tio, eu estou voltando para o meu quarto. Já está tarde, você também deveria voltar para casa e ter uma boa noite de descanso. Boa noite, Tio Daniel. Dirija com segurança."
Maria estava prestes a estender a mão para abrir a porta do carro quando o homem agarrou sua mão e a puxou de volta. Havia um sorriso significativo em seu rosto quando ele disse, "Qual é a pressa!" Daniel a levantou e a fez sentar em seu colo. Seu peito estava esfregando contra seu rosto bonito e esculpido enquanto ele dizia, "Eu estava pensando que quando eu voltasse para casa e tivesse tempo, poderíamos trocar mensagens.
"Eu...isso…" Maria nunca iniciou isso porque ela sabia que Daniel só tinha uma conta no WhatsApp em nome das redes sociais. Enquanto todos os casais ao redor do mundo estavam evoluindo e usando meios como videochamadas e namoro virtual para ficarem juntos, este homem ainda estava preso na era das mensagens de texto. O que era mais irritante era o estilo dele de enviar mensagens, ele responderia uma vez a cada duas horas e isso também com um texto de uma única palavra. O que eles poderiam conversar através de mensagens de texto em uma semana poderia ser facilmente resumido em dez minutos se eles se encontrassem na vida real.
Daniel se inclinou para frente e pressionou os lábios contra os dela; ele originalmente queria que fosse um beijo de despedida, mas assim que beijou ela, seu senso de controle começou a fugir. O homem enfiou avidamente suas mãos dentro da camisa dela e arrastou os dedos até o sutiã dela. Ele puxou para baixo e agarrou os seios macios dela; Maria estremeceu em seus braços enquanto ele a tocava selvagemente. Seu beijo se tornou mais violento e dominante enquanto Maria também começava a retribuir.
Ele queria levantá-la e bater nela no assento quando de repente seus ouvidos captaram batidas abafadas quase inaudíveis; alguém bateu no vidro do carro por fora.
"Saiam do carro!" Uma voz jovem e brilhante gritou através da janela do carro.
O motorista aparentemente estava circulando ao redor da voz jovem, dizendo: "Meu chefe está dentro. É melhor você tomar cuidado e medir suas palavras. Não diga depois que eu não te avisei."
Daniel, que foi perturbado por essa confusão, franziu a testa levemente e ajudou Maria a corrigir as roupas que ele acabara de distorcer antes de abrir a porta do carro e sair do carro.
Batendo na janela do carro estava um jovem e belo policial de trânsito. Ele não parecia muito mais velho que Maria e tinha uma expressão muito reta.
O policial de trânsito tirou o capacete para revelar seu rosto. Ele tinha cabelos extremamente curtos, confirmando sua aparência de policial, pele bronzeada, sobrancelhas marcantes e nariz alto. Maria encarou o policial de trânsito de altura mediana por alguns segundos e sentiu que seus olhos eram tão belos, brilhantes e ainda assim escuros como a galáxia.
Ao lado dele estava Daniel, cujos traços faciais eram mais sedutores e bonitos comparados ao policial, mas Maria não estava mais interessada em sua aparência encantadora.
O policial de trânsito mostrou sua identificação e deixou Daniel verificá-la. Maria aproveitou a oportunidade e deu uma olhada em seu nome - Aaron Perez.
Não é à toa que ele tinha uma aparência tão incrível, esse homem era latino.
"Não é permitido estacionar aqui. Uma linha amarela foi desenhada aqui, você não vê?" disse Aaron, na frente de Daniel. Seu tom de voz era muito rigoroso, com um tom de repreensão.
Para Maria, essa é a primeira vez que ela encontra tal situação. Observando Daniel ali, ela se surpreendeu ao perceber que este indispensável diabo poderia efetivamente ser advertido por um jovem policial de trânsito. A reação de Daniel foi muito neutra e sua voz calma enquanto ele cooperava com o inquérito, "Peço desculpas, não percebi. Você pode emitir uma multa e resolver essa situação agora."
Maria, que estava ao lado de Daniel, olhou de lado para o Presidente. Ele não parecia ter a intenção de ficar com raiva, o que Maria admirava muito nele. Aaron olhou para o motorista que parecia ter perdido todo o seu espírito anterior vendo seu próprio chefe cooperando com isso. O policial em uniforme impecável zombou antes de abrir a multa; ele tirou a tampa da caneta e olhou para Maria de forma significativa.
Maria entendeu muito bem o que esse tipo de olhar significava. Ela esperava receber tais olhares das pessoas quando fosse pega numa situação ambígua com um homem rico. Embora isso fosse embaraçoso, Maria não se importava. Ela tinha uma pele muito grossa e não se preocupava com a opinião dos outros sobre ela.
Mas se fosse na sua vida passada, seu rosto teria se tornado mais pálido do que o papel e ela teria tido um colapso nervoso de vergonha.
Agora ela não se importava mais com essas coisas, ela tinha passado pela morte e sabia que, não importa o que os outros pensassem dela, eles não iriam jamais ajudá-la ou segui-la após sua morte.
Daniel percebeu que o olhar de Maria esteve no policial de trânsito por um bom tempo, mas ele preferiu não reagir.
Depois que todas as formalidades foram realizadas, Maria planejava retornar ao seu quarto, então disse: "Tio Daniel, quero voltar para o dormitório, não vou entrar no carro! E quanto ao assunto do Mathew Jax, você é livre para considerar. Claro, esta é minha sugestão pessoal, você pode optar por me ouvir ou deixar pra lá."
O motorista ficou ali observando a interação entre os dois. Só de ouvi-los falar um com o outro parecia errado! Como Daniel, um homem de 31 anos, poderia olhar para uma garota muito mais jovem do que ele assim?
Antes de Maria partir, os olhos perigosos de Daniel se estreitaram levemente, relembrando-a, "Não faça nada que me irrite e que você venha a se arrepender."
Maria riu secretamente, não importa quantas pessoas o idolatrem e ele seja rotulado como o homem mais perfeito deste planeta, ele ainda será inseguro sobre coisas pequenas.
...
"Onde o Segundo Mestre foi? Por que ele ainda não voltou?" Tobias perguntou enquanto abria a garrafa de cerveja com os dentes e cuspiu a tampa a esmo.
"Onde mais ele poderia estar, deve ter ido à Universidade Sheldon para encontrar aquela segunda filha da família Green." Bob respondeu.
"Sim, claro! O chefe me disse que ela ia ficar no alojamento a partir de hoje." Tobias disse antes de acrescentar, "Eu nunca vi o Segundo Mestre interessado em uma mulher desta forma. Ele até encontrou com a Iliea hoje, mas não olhou para ela mais de duas vezes, isso também por causa da mídia para que pensassem que as coisas estavam normais entre eles."
Tobias pegou a garrafa de café ao seu lado e jogou em Bob, que estava sonolento e havia estado fumando por algum tempo agora. Reclinado no sofá, o homem a pegou com uma mão e tomou alguns goles. Ainda sentindo sede, ele então prosseguiu para abrir a garrafa de Perrier e bebeu a maior parte da garrafa de uma só vez.
Enquanto isso, por mais que Sebastian pensasse, ele não conseguia entender essa questão, "O Segundo Mestre Lu foi até a entrada da universidade para encontrar um namoradinha tão tarde da noite. Quem pode acreditar nisso, ela é a segunda filha da família Green. Eles têm tanto amor e tudo entre eles parece bastante normal, mas e a longo prazo? Ela tem apenas dezenove, quando ela chegar ao auge, o Segundo Mestre já será um homem velho. As coisas definitivamente não vão funcionar entre eles, pois dinheiro e aparência não são as únicas coisas que direcionam o relacionamento, a compreensão um do outro e seu modo de ver o mundo também fazem. Como ele pode acompanhar a sua visão modernizada do mundo? Ele mal tem tempo para o pequeno Diaz, mas continua acrescentando mais jovens ao seu prato."