Capítulo 34
1264palavras
2024-05-09 18:00
Arianna percebeu que Maria estava começando a se sentir estranha com toda essa situação e rapidamente entrou em ação para protegê-la. Abrindo os braços, ela impediu as pessoas de se aproximarem de Maria e disse: "O que vocês estão fazendo? Não dá para ver que minha amiga está desconfortável, deixem-na em paz. Ela não disse nada para que todos a intimidassem assim."
"Você não ouviu o que ela disse? Ela disse que o RJ era perda de tempo para ela. Como pode uma fã dizer isso? Suspeito que ela nem é uma fã de verdade e está aqui para aproveitar o infortúnio dos fãs do RJ."
"Dizer que o RJ é irrelevante e uma perda de tempo quando ele está no seu pior momento, ela realmente é algo."
"Nós somos fãs leais do RJ, não pregamos violência, mas quando alguém insulta nosso ídolo, não temos medo de revidar."
Os fãs de RJ não estavam segurando a língua e repreendiam Maria tão duramente quanto podiam. Sob o cerco de suas palavras, o humor da garota piorou; ela fechou os ouvidos para barrar a voz deles e gritou: "Podem calar a boca! Vocês todos são muito irritantes."
Evan, como alguém que está apaixonado por Maria, não era tão bom quanto Arianna quando se tratava de defender a garota. Emvez de revidar, ele tentava acalmar Maria, "Maria, não fique brava. Eles podem dizer algo mais grosseiro."
Arianna franziu os lábios quando viu como o Evan estava covarde, ela perguntou, "Você está falando sério agora? É assim que você protege uma mulher?"
"Eu... o que mais eu deveria fazer?"
"Cara, se for assim, você vai morrer solteiro. As garotas precisam que os homens lhes proporcionem um sentimento de segurança, o qual você claramente não é capaz."
O coração de Maria sentia como se fosse explodir a qualquer momento; ela fechou os olhos e a imagem borrada daquelas prisioneiras que a intimidavam veio à sua mente. Ela se agachou no chão de dor, incapaz de aguentá-las mais.
Aquelas prisioneiras deixaram uma enorme cicatriz em sua mente que ela talvez nunca consiga superar. Maria lembrava de cada uma delas e depois que renasceu, tinha certeza de que as encontraria e as faria pagar. Se elas já estivessem no centro de detenção onde ela não pudesse alcançá-las pessoalmente, ela faria o possível para tornar a vida delas miserável.
Apesar de ela estar visivelmente em dor, os fãs não pararam. Um deles agarrou Maria e a puxou para cima. A garota já estava fraca e sem fôlego, o puxão repentino a fez tropeçar. Ela se sentiu caindo antes de tudo ficar completamente escuro.
...
"Acordada?" Uma voz funda e fria chegou aos seus ouvidos enquanto ela recuperava lentamente a consciência.
Maria abriu os olhos e estremeceu de medo quando eles se encontraram com os de Daniel, tão profundos e escuros.
Ela olhou à volta para o cenário desconhecido, estava claro que não era sua casa, mas ao observar as paredes cinzas e brancas e a atmosfera opressiva, ela pôde dizer que esse era um dos territórios do Daniel.
Sentou-se ereta na cama de solteiro e segurou a cabeça pesada, perguntou a ele confusamente, "Onde eu estou?"
"No quarto do meu escritório." Respondeu o Daniel antes de continuar, "Você é mesmo algo, sendo atormentada a ponto de desmaiar! Você não pode deixar isso para lá e viver uma vida normal sem causar uma cena por um dia sequer." O tom de Daniel era impaciente, como se estivesse preocupado e aborrecido ao mesmo tempo.
Maria amaldiçoou sua sorte por ser tão ruim a ponto de desmaiar no andar de baixo desta empresa demoníaca e acabar nas próprias mãos dele. Além disso, ela estava pensando em visitar um psicólogo há algum tempo. Esta não foi a primeira vez que ela desmaiou sob tais circunstâncias.
Ela sabia que estava doente e podia sentir isso nela própria.
Percebeu que algumas coisas desencadeavam suas emoções e a deixavam desconfortável a ponto de desmaiar ou ter ataques de pânico. Talvez ela tenha desenvolvido isso por causa das experiências traumáticas que teve na cela da prisão.
Ela pesquisou online e viu que seus sintomas correspondiam a um transtorno de ansiedade muito grave, que deveria ser tratado antes de se agravar. Ela queria obter ajuda profissional de um médico, mas não tinha ideia de como iria explicar a eles que toda a tortura que sofreu em sua vida passada causou-lhe ansiedade nesta vida.
Isso soaria muito mais louco do que sua atual condição.
"Eu vim aqui para acompanhar um amigo." Maria olhou para Daniel enquanto se explicava.
Ela então se lembrou de Arianna e Evan, os dois estavam em lugar nenhum. Ela perguntou, "Onde estão meus amigos? Não os estou vendo." Maria conhecia o extremo ódio de Daniel por pessoas novas ao seu redor; ela não queria que seu problema implicasse os dois e explicou, "Foi minha culpa que eu adoeci e desmaiei, por favor não faça nada com eles. Prometo que essa é a última vez que qualquer um dos meus amigos cruzará seu caminho."
Daniel resmungou; ele estava realmente um pouco irritado quando os dois invadiram seu escritório enquanto ele recolhia Maria no andar de baixo. A menina estava chorando e arruinando toda a atmosfera; mesmo que ele tivesse arranjado alguém para levá-los para casa, os dois se recusaram a sair, o que o aborreceu ainda mais.
Neste momento, Arianna e Evan estavam sentados no sofá no escritório do Daniel.
Na elegante mesa de centro havia uma ampla seleção de café fresco e lanches assados.
Evan, que não tinha comido um almoço decente, estava tentado a pegar os lanches oferecidos, mas foi beliscado na coxa por Arianna.
"Ai! O que foi isso?"
"Maria está doente e em lugar nenhum para ser vista. Como diabos você consegue sentir fome?"
"Eu- Desculpa."
Os dois não faziam ideia do que estava acontecendo; como dito anteriormente, Maria desmaiou de repente e alguns homens de preto a levaram para o prédio. Esses dois adolescentes não eram tão espertos e tinham uma visão simples do mundo, portanto, era normal para eles ficarem confusos sobre por que Maria estava recebendo este tratamento especial pelo presidente do Lambert Corps que nem mesmo se incomodou em descer para falar com o protesto.
Quando Daniel saiu do quarto, os dois estavam discutindo sobre o lanche. Daniel franziu a testa para a imaturidade deles, mas não disse nada.
"Presidente!" Sua secretária o cumprimentou, chamando a atenção deles também; os dois olharam para Daniel e ficaram tão assustados que seus corpos se enrijeceram.
Eles tinham ouvido falar muito sobre esse homem e, como os rumores diziam, ele era de fato assustador e parecia inacessível. Após o caso do RJ, Arianna foi impulsiva e disse coisas como não poupar o presidente do Tribunal Imperial se ela alguma vez encontrasse ele, mas agora que o homem estava de fato diante dela em carne e osso, ela nem se atrevia a respirar com medo de ofendê-lo.
"Vocês são colegas de classe da Maria?" Ele olhou para eles e perguntou num tom sério.
A aura do homem era simplesmente muito opressiva para esses adolescentes; eles imediatamente se levantaram e assentiram como crianças. A pessoa que estava mais nervosa entre os dois era Evan, pois tinha finalmente descoberto a identidade do homem misterioso que veio naquela noite para buscar Maria. Acontece que ele estava batendo na porta do Daniel Lambert!
Daniel balançou a cabeça quando um sorriso frio apareceu em seu rosto; ele olhou nos olhos de Evan e disse, "Jovem, já nos encontramos uma vez no passado. Certifique-se de que esta é a última vez."