Octavio tentou segurar as mãos de Mariana enquanto a levava de volta para casa. Ela recusou que ele a tocasse. Octavio estava super animado no jantar que não parou de falar e contar a ela as coisas que haviam acontecido na Califórnia desde que ela partiu.
O foco de Mariana estava na refeição enquanto ela comia cada pedaço e apenas concordava com o que quer que Octavio dissesse. Ela olhou para o relógio de pulso. Eram 20:15. Além disso, Thales não parava de ligar e enviar mensagens de texto. Ele disse para ela ir embora depois que ela passasse 45 minutos com Octavio. Como um deja vu, ela se levantou e anunciou que estava indo embora. Ela já gastou mais de 45 minutos com Octavio.
"Oh, você tem certeza que está satisfeita com a refeição?", perguntou Octavio.
"Sim, estou. Obrigada! Por que Nelson se recusou a se juntar a nós? Ela parecia triste", disse Mariana enquanto limpava os cantos da boca com o guardanapo.
"Nelson? Desde que os pais dela se recusaram a fazer o acordo de fusão comigo, ela ficou assim. Além disso, eu a fiz preparar tudo isso para você sem mencionar seu nome.", Octavio riu.
Mariana o encarou. Ele nunca mudou. Nem um pouco. Ela se lembrou de como ele tinha sido tão brutal e cruel com ela. Sentia pena da Nelson, mas ao mesmo tempo, sentia que Nelson merecia toda a crueldade de Octavio.
"Interessante! Ela mudou de qualquer maneira. Ela sempre estava pronta para causar problemas sempre que me via", disse Mariana ao se dirigir à porta.
"Eu corrigi os modos dela. Eu a ensinei a prestar atenção em suas palavras com meu punho", disse Octavio enquanto caminhava com Mariana até a porta.
Ao ouvir o que ele disse, Mariana se virou e encarou Octavio seriamente. Com seus punhos? Ele era um monstro. E foi Deus quem mostrou para Nelson esse lado maligno dele.
Eles dirigiram em silêncio com Octavio olhando furtivamente para ela. Ela permaneceu concentrada e nem mesmo tentou por acidente olhar para ele.
"Obrigado por jantar comigo, Mary. Você me fez feliz com isso", disse Octavio estendendo os braços para um abraço.
"Sim, tudo bem. Boa noite, Octavio", ela disse enquanto caminhava em direção à porta, evitando seu abraço.
*****
Thales suspirou pesadamente enquanto estava deitado na cama. Ele tocou lentamente o outro lado da cama. Como gostaria que Mariana estivesse na cama com ele. Os dedos dos pés dela enrolados nos dele e seu peito no peito dele.
Ele se sentiu mal por deixar Mariana sozinha para fazer aquela missão. E agora ela havia jantado com aquele tolo. Ela havia lhe informado como o jantar tinha sido, a hospitalidade repentina de Octavio para com ela e a raiva de Nelson quando a viu.
Ele estava aliviado por ela ainda parecer bem. Teria voado para a Califórnia se algo tivesse acontecido com ela. Foi apenas por um tempo, ele concluiu. E ela ainda era dele.
Mas ele ainda desejava que ela estivesse aqui. Ele informou a ela sobre as atividades do seu dia quando se encontrou com Roger Granger. Ele usou o dinheiro da venda dos carros e todo o seu próprio dinheiro para investir na empresa do Octavio enquanto seu assistente se encontrava com Roger Granger no escritório. Ele se surpreendeu quando viu o velho se aproximar do seu escritório em Minnesota.
Por que Octavio não estava ali em vez disso? Além disso, o velho nunca perdeu suas habilidades persuasivas. Ele se espantou com sua pechincha quando foi colocado no telefone durante a reunião. Surpreendentemente, Thales tinha aprendido com ele toda habilidade de negócios.
Com o rumo que as coisas estavam tomando e Roger Granger em uma reunião com ele, sua empresa deve estar indo para sua liquidação. Provavelmente, Octavio era a causa. Octavio era tudo, menos um mau gerente. Então, o que de repente aconteceu?
"Você não deveria estar aqui, Sr. Roger. Eu estava esperando um tal de Sr. Octavio Granger", disse Thales no viva-voz.
"Ah sim, ele se envolveu em outros importantes trabalhos de escritório, então decidi ser um delegado nesta reunião. Sinto muito por isso. Mas confie em mim, você está em boas mãos", disse Roger.
Os olhos de Thales já estavam cheios ao ouvi-lo falar tão educadamente com ele. Se Roger pudesse ser tão gentil e amável, por que seu filho era assim? Por que seu filho era uma ameaça à paz das pessoas?
"Eu vou investir na sua empresa, Sr. Roger. Com 6 bilhões de dólares. Sam, meu assistente, discutirá os termos e condições com você. Além de outras coisas necessárias que você deve saber sobre o negócio", disse Thales antes de desligar.
Ele simplesmente não conseguia suportar ouvir a voz suplicante daquele velho. Ele tinha investido todo o seu dinheiro na empresa deles por um motivo.
"Para um propósito", ele murmurou, massageando as têmporas.