O vaso havia quebrado em pedaços quando Octavio o jogou com força no chão. Se houvesse alguém em seu escritório naquele momento, essa pessoa teria sido espancada. Ele fechou a mão em um punho e bateu na mesa, causando uma rachadura no vidro.
Ele pressionou uma campainha na parede do seu escritório e imediatamente sua secretária entrou.
Ela percebeu o ambiente pesado e decidiu se conter, evitando fazer muitas perguntas.
"Eu vou ligar para o reparador imediatamente, senhor", ela disse enquanto olhava para a mesa de vidro rachada. Ela havia chamado o reparador para consertá-la apenas oito dias atrás. E agora, ele a tinha quebrado novamente.
"Compre uma nova, Lina!", ele gritou. Ele se sentou em sua cadeira atrás da mesa.
"Sim senhor, eu vou encomendar uma nova mesa e comprá-la o mais rápido possível", ela respondeu enquanto voltava para sua recepção com o tablet em suas mãos trêmulas. Seu chefe estava sempre nervoso esses dias, gritando com ela e descontando sua agressão em coisas abstratas.
"Eu quero que isso se resolva esta semana!" Ele gritou para ela.
Octavio estava totalmente enfurecido com o que Rex havia feito. Ele havia pago a Rex e sua gangue uma grande quantia em dinheiro para matar Thales a princípio. Ele ainda os pagou para descobrir o paradeiro de Mariana quando seus pais se recusaram a dizer onde ela estava.
E agora, eles ainda exigiam mais dinheiro dele. Octavio se culpava por ter contratado eles para fazer o trabalho. Mas quem teria feito melhor do que Rex e sua gangue? Eles eram altamente recomendados, então ele decidiu usá-los para executar o trabalho. Eles realmente desempenharam bem em todos os trabalhos que ele os contratou, ele pensou.
Ele estava caminhando para a insolvência se não limitasse a maneira como gasta dinheiro. Quase todos os investidores haviam desistido, retirando seus investimentos e os possíveis investidores vinham com inúmeras desculpas para adiar seus investimentos. Ele havia colocado todos os seus esforços e recursos para eliminar Thales e descobrir para onde Mariana havia fugido. Se ao menos a vadia pudesse ficar em um lugar!
Ele não queria que Nelson soubesse de tudo isso. Portanto, está tentando trabalhar duro para conseguir a fusão e seguir em frente com sua vida. Nelson definitivamente iria ajudá-lo a se reerguer se ele agisse de acordo.
Ele pegou o telefone e discou o número de Tony. Tony era seu novo amigo de quem ele havia se tornado bastante chegado nos últimos dias. Ele era seu companheiro de bebidas e também o conselheiro mais recente. Embora, ele não fosse tão inteligente e trabalhador quanto Thales. Ele era um garoto mimado, mesmo que seus pais não fossem tão ricos quanto ele aparentava.
"Ei cara!", Tony disse ao atender.
"Ei, Tons. Você está livre essa noite?" Octavio perguntou.
"Claro, em qualquer lugar e qualquer hora que você quiser", ele respondeu.
"Certo, vou te buscar depois do trabalho", disse Octavio ao desligar o telefone.
Era exatamente o que ele queria. Tempo para se acalmar e relaxar. Tony estava sempre disponível para fazer qualquer coisa que ele quisesse. Ao contrário de Thales, Tony nunca lhe fazia perguntas.
Octavio estava frustrado com o rumo que as coisas tinham tomado. Ele queria eliminar Thales e reconquistar Mariana, mas as coisas saíram piores. Thales fora, mas Mariana ainda não era dele. Que ação estúpida e lenta! Ele se amaldiçoou por não ter agido rápido o suficiente.
"Que todos que vão para o inferno! Eu não dou a mínima mais!", gritou Octavio.
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"Conheça Mariana Allen, senhora. Mary, esta é a Sra. Janice Hedge, minha chefe", Thales apresentou. Ele tinha voltado ao escritório à noite com 'a gentil senhora'.
Mariana olhou para Janice com espanto, com a boca entreaberta. A Sra. Hedge parecia tão jovem para ser esposa de um bilionário. Era uma bela senhora de seus últimos 50 anos. Seu rosto ainda era liso sem rugas, apesar de sua idade. Ela usava pouca maquiagem, apenas o rímel era bem evidente. Usava um vestido azul simples, mas curto e elegante, com um casaco branco. Ela usava óculos com armação de ouro. Suas joias eram, certamente, caras, a julgar pelo como seu colar se destacava em seu pescoço.
"Mary", Thales a cutucou, fazendo-a parar de encarar.
"Boa tarde, senhora. Estou tão encantada em conhecê-la. Thales me falou muito sobre você", disse Mariana com um sorriso acolhedor.
"Oh, além da sua beleza, Thia, a voz dela é tão delicada e suave", Janice respondeu, piscando para Thales.
Eles caíram na gargalhada enquanto Thales passava o braço pelos ombros de Mariana.
"Eu sou só normal, senhora", disse Mariana de forma tímida.
"Sim, nós todos somos normais, minha querida. Enquanto isso, me chame de Janice. Estava ansiosa para te ver. Só tinha uma foto sua. Você é ainda mais bonita pessoalmente, Mary", disse Janice enquanto a abraçava.
"Desculpe por tudo que aconteceu, minha querida. Tudo acontece por um motivo, você sabe disso, certo? Estarei te esperando para jantar durante a semana. Leve o tempo que precisar para fazer o que planeja, tudo bem?", disse Janice em um tom baixo.
"Sim, eu vou. Com certeza. Muito obrigada por tudo, senhora. Ah, quer dizer, Janice. Muito obrigada. Por ajudar o Thales e pelo seu cuidado genuíno", disse Mariana em agradecimento.
"Até logo, eu acho", disse Janice enquanto se soltava do abraço.
"Sim, claro. Tenha uma boa noite", acenou Mariana.
Thales havia aberto a porta para ela enquanto ela saía do escritório. Quando ele voltou para o escritório, encontrou Mariana com as mãos no rosto.
"Está tudo bem, querida?", perguntou Thales enquanto fechava a porta.
"Sim, estou bem porque perdemos o almoço", disse ela, retirando as mãos do rosto e dando a Thales um olhar interrogativo.
"Oh! Sinto muito. Depois da reunião com os Flexers, tivemos uma breve reunião com todos os chefes de várias unidades e a Janice estava lá. Então, viemos aqui assim que a reunião terminou. Desculpe, querida", ele pediu desculpas enquanto se aproximava para abraçá-la.
"Tudo bem. A Sra. Hedge é linda. Ela parece jovem. E é amigável também", Mariana respondeu com um aplauso.
"Sim, ela é. Ela é incrível. Faz-me sentir que ainda tenho pais. Sabe, a Sra. Granger foi para mim como uma mãe desde que a minha morreu e agora, tenho a Janice que é maravilhosa também", Thales disse enquanto apertava o abraço.
"Senti sua falta. Eu estava aqui sozinha, entediada até a morte e pensando em coisas que não importam mais"
"Senti mais sua falta, querida. Estive lá na reunião desejando que ela acabasse logo. Venha aqui", Thales levantou o queixo dela e envolveu seus lábios em um beijo quente e profundo.
Mariana levantou os dedos dos pés e se agarrou a Thales segurando fortemente sua camisa. Ela deixou que ele devorasse seus lábios com fome. Ela sempre quis fazer isso. Romance no escritório do amante.
"Vamos jantar, querida?", disse Thales enquanto segurava o rosto dela com as mãos.
"Ah, claro. Quero tomar um grande pote de sorvete enquanto você me assiste", ela riu.
Ele riu ao ouvir isso. Dirigiu-se à sua mesa e começou a arrumar suas coisas e seu laptop para partir. Ele terminou e segurou as mãos dela enquanto caminhavam até a porta. Thales apagou as luzes e usou seu crachá para trancar a porta.
"Uh, você devia ir para casa, Stella. Você pode terminar amanhã", ele disse a Stella quando chegaram na recepção.
Os olhos dela estavam fixos em seu computador enquanto ela digitava apressadamente e olhava alguns arquivos simultaneamente.
"Sim senhor. Obrigada, senhor. Tenha uma boa noite!", Stella respondeu.
"Eu não mereço um 'boa noite', Stella?", Mariana disse com uma cara triste.
"Oh, meu Deus! Me desculpe, Mary. Tenha uma boa noite também!", Stella disse rindo e acenou para eles enquanto passavam por ela.
Eles chegaram ao carro e partiram devagar. Mariana estendeu a mão para fora da janela enquanto Thales dirigia devagar, pensando onde levaria ela.
Ele estava distraído porque estava olhando para ela aproveitando o vento enquanto ele dirigia.
"Você tem que se concentrar na direção, Thia. Eu só senti falta de estar fora de casa", ela disse sorrindo ao perceber que ele estava olhando para ela.
Ele de repente parou e estacionou o carro num canto de um beco. Mariana se perguntou o que teria acontecido.
"Você está bem, Thia?", ela perguntou.
"Eu te amo, Mary", ele disse com lágrimas nos olhos.
"Eu sei que você me ama. Mas por que estou ouvindo isso do nada?"
"Eu só quero que você saiba que sinto muito por tudo o que aconteceu. Eu posso ter agido egoistamente, te afastando de todos e deixando eles preocupados. Mas eu te amo, querida. Meu coração dói porque sinto que estraguei tudo te mantendo em casa por um ano. E eu sinto muito. Eu sou tão estúpido... estú..pido", ele chorou.
"Thales, me escute. Eu te amo e agora, o que importa é o nosso amor", ela respondeu, segurando suas mãos.