Thales beijou-a levemente nos lábios enquanto ela abria os olhos. Mariana parecia tão linda naquela manhã. Eles tiveram uma noite maravilhosa juntos, envolvidos um nos braços do outro. A cabeça dela estava em seu peito e as mãos dele em seus cabelos.
Ela estava usando a camisa branca dele naquela manhã. Ela sorriu quando ele a beijou de leve. Sentia uma felicidade avassaladora dentro de si. Com efeito, a paciência traz recompensa.
"Bom dia, querida", disse Thales, mantendo-a perto dele.
Ele podia ver a alegria em seu rosto ao acordar. Ele se sentia orgulhoso por ter se reunido com seu amor. Antes de agora, ele sempre se sentia incomodado sempre que a via ou a observava na loja de carros. Ele havia instalado câmeras de vigilância em cantos estratégicos e até no quarto dela. Ele havia visto ela revirando o quarto alguns meses atrás. Ele sabia que ela estava procurando as câmeras, mas ela não as encontrou. Renovou o quarto perto da escada e transformou-o em seu escritório.
"Oi, querido", ela disse sonolenta.
Ótimo que eles estavam juntos. Como ele amava vê-la acordar de manhã. A beleza de seus olhos e o curvar de seus lábios suculentos para dizer 'bom dia'.
"Thales, acabei de lembrar como eu costumava pensar que meu captor era um psicopata. Eu pensava que ele era cruel por me sequestrar. Mas, esse captor acabou sendo você. Por que você não se revelou para mim direto ao invés de fazer tudo isso?", Ela perguntou curiosa.
"Essa é uma história para outro dia, Mary. Uma história que preciso te contar com calma", ele respondeu, beijando-a na testa.
"Pois é, você vai fugir do assunto", disse ela, se desvencilhando de seus braços.
Ela se levantou e foi em direção ao banheiro. Thales se levantou imediatamente após ela.
"Amor, eu sei que isso soa perturbador. Mas confie em mim, você vai saber de tudo, até os mínimos detalhes. Eu vou te contar. Tudo, eu quero dizer", ele disse, envolvendo os braços ao redor da cintura dela.
Ela sorriu. Ainda era o Thales dela. Ela havia se levantado com raiva para testar intencionalmente se ele ainda tinha aquelas qualidades.
"Estou bem. Estou esperando você me contar. Em tudo, como você disse", ela disse, virando-se para enfrentá-lo, enquanto colocava as mãos em seu ombro.
"Amor, prometo que vou te contar tudo. Eu prometo", disse ele, beijando-a na testa.
"Tudo bem. Pelo menos estamos aqui juntos", ela sorriu.
"Estou com fome, Thia".
"O que você quer comer? Deixe-me chamar o mordomo para preparar algo para você. Já volto, amor", Thales colocou as mãos dela suavemente e se dirigiu em direção à porta.
Mariana decidiu tomar um banho antes do café da manhã, já que já estava acordada. Ela entrou no banheiro, admirada com o quão grande e exclusivo era. Ficou impressionada com o quanto estava bem mobiliado. Comparado ao banheiro onde tinha ficado por mais de um ano, este era muito mais confortável. Ela mexia o corpo enquanto a água fluía. Decidiu tomar seu tempo e esfregar o corpo. Ela subiu na banheira lentamente depois de aplicar o hidratante que encontrou na gaveta no rosto.
Ela saiu e foi até o closet dele para encontrar algo para vestir, já que tinha deixado sua bolsa na oficina. Ela escolheu uma camisa azul e seus shorts casuais. Ela riu da imagem que viu no espelho. Ela sabia que estava completamente perdida nele.
Mariana se jogou na cama, esperando por Thales. Ela olhou pela janela e olhou para os carros lá fora.
"Ah, isso me lembra", Thales disse coçando a cabeça quando entrou no quarto.
"Você é dono de todos esses carros? Isso é incrível!", exclamou ela.
Ele colocou as mãos suavemente em seu ombro, dando-lhe uma leve massagem.
"Enquanto isso, você está linda na minha camisa", Ele disse enquanto caminhava até a gaveta da mesinha de cabeceira onde estava o retrato deles. Ele pegou um telefone de cor nua e começou a discar um número.
"É trabalho?", ela perguntou enquanto caminhava na direção dele. Ela pensou que ele iria ficar ocupado em breve. Ela não queria que ele fosse embora. Ela queria passar o dia com ele.
"Ah, provavelmente", ele disse, dando a ela indicação para pegar o telefone dele.
Ela ficou de braços cruzados. Sentindo sua rejeição, ele se moveu e colocou o telefone em sua orelha.
"Alô!", A voz do outro lado atendeu.
"Que Merda!", Mariana exclamou.
"Hã! merda não é sagrada hoje em dia, senhora. Com quem estou falando?", respondeu o interlocutor.
Mariana estava espantada. Não conseguia acreditar que Thales tinha ligado para Jennifer e lhe entregado o telefone. Ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas.
"Oi, Jennifer", disse ela, disfarçando as lágrimas.
"Mariana? É você, Mary? Mariana, é você mesma? Meu Deus! Mary, onde você esteve? O que aconteceu contigo?", Jennifer gritou.
"Estou bem, Mary. Senti sua falta", Mariana já tinha começado a chorar.
"Você está bem, Mary? Onde está? Vou buscar você o mais rápido possível", ela disse.
Thales fez um gesto para Mariana e sussurrou em seu ouvido para se acalmar e não revelar onde ela estava. Ela deveria assegurar Jennifer que estava bem.
"Nah, Jennifer. Eu estou bem. É... Eu perdi seu contato. Então eu tropecei no meu velho diário e encontrei seu contato. Decidi ligar pra você. Como vai você, Jennifer? Como estão o Santiago e a Bianca? Senti falta de todos vocês!", Mariana gaguejou.
"Senti sua falta também, garota! Abrimos vários casos e até contratamos investigadores particulares para te procurar. Orávamos todos os dias para você voltar ou mesmo ligar. Meus instintos nunca mentem, eu sabia que você estava viva. Mary, eu simplesmente sabia que você ainda estava viva", a voz de Jennifer já tremia ao dizer essas palavras.
"Desculpa por ter deixado vocês preocupados. Pretendo visitá-los em breve. Tenho boas notícias desta vez. Boas notícias, quero dizer... que bom que estou bem e melhor agora", Mariana disse desculpando-se.
Ela pôde ouvir um bebê chorando e ocorreu-lhe que o bebê de Jennifer já deveria ter crescido.
"Estou tão feliz, Mary! É tão maravilhoso ouvir sua voz, garota!", Jennifer disse emocionada.
"Esse é o seu bebê, Jennifer?", Mariana perguntou.
"Ah sim. Thales. Eu nomeei meu bebê de Nathaniel", Jennifer respondeu.
"Puxa, que legal. Tenho que ir. Vou ligar pra você mais tarde. Sim, estou prometendo ligar para você mais tarde", lágrimas já estavam escorrendo pelo rosto dela.
Thales pegou o telefone dela enquanto ela se agachava no chão com as mãos nos joelhos.
"Ela deu o seu nome para o filho dela, Thia. Sua irmã deu o seu nome para o filho dela. Jennifer fez isso provavelmente para não te esquecer. Jennifer fez isso... ela fez isso... porque ela...", Lágrimas tinham engasgado suas palavras.
"Está tudo bem, querida. Eu estou aqui. Está tudo bem. Eu só queria que você falasse com ela. Ela estava muito incomodada por sua causa. Eu te garanto, nós vamos ficar bem algum dia. Está tudo bem", Thales estava de joelhos abraçando-a e acariciando seu cabelo.
"Octavio é um monstro. Ele nos privou de tudo que é bom. Desde matar meu bebê até a nossa convivência juntos e até mesmo perturbando nossa família. Thia, ele é mal. Ele não merece viver entre outros. Ele fez mais mal do que bem", ela gritou enquanto se batia.
"Octavio não pode te machucar, querida. Eu estou aqui. Ele nem ousaria machucar você ou qualquer pessoa próxima a nós. Eu vou garantir que ele nunca fique impune depois de tudo o que fez. Ele definitivamente vai receber o que merece por suas ações", disse Thales acariciando Mary. Sua outra mão estava fechada em um punho.
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Jennifer estava feliz por ter falado com Mariana depois de dezoito meses. Finalmente, ela tinha certeza de que Mariana estava bem. Embora, ela tenha se composto bem para não fazer Mariana chorar no telefone. Além disso, Thales estava chorando enquanto ela pegava o telefone.
Jennifer estava feliz por ter falado com Mary, mas triste porque ela não sabia onde estava. Ela queria contar o que tinha acontecido nos últimos meses, o nascimento do bebê, Thales e até mesmo novos acontecimentos na Califórnia.
Como ela sentia falta de Mariana! Jennifer já estava em lágrimas quando pegou Thales no colo.
"Oh, querido! A titia acabou de ligar. É, a titia. Estou feliz por ela estar viva", disse Jennifer enxugando as lágrimas com um guardanapo limpo.
Ela decidiu esquentar a refeição de Thales. Ela colocou Thales em seu berço no quarto do bebê. Ela foi para a cozinha pensando em ligar para Santiago para contar a boa notícia sobre Mariana.
"Oh, ele deve estar ocupado com o trabalho agora", disse Jennifer em voz alta.
Então ela decidiu ligar para ele mais tarde durante o dia ou contar quando ele ligasse.
Que bom que ela está viva, pensou Jennifer. Mas onde na Terra ela poderia estar? E por que ela não estava na Califórnia, já que está viva?
Bianca definitivamente gritaria aos céus quando ouvisse isso, ela pensou. Jennifer se pegou sorrindo na conversa que teve com Mariana. Ela até ouviu a voz do bebê Thales.