Nelson acordou e viu Octavio se vestindo. Ela se perguntou para onde ele estava indo, já que o casamento deles havia sido tumultuado.
"Para onde você está indo?" Ela perguntou enquanto ele apertava a gravata, os olhos dela fixos nele.
Ele a ignorou e continuou arrumando a gravata; era como se ela não existisse ou algo do tipo.
"Octavio?" ela chamou e ele se virou para olhá-la, "Eu acabou de te fazer uma pergunta."
Ele olhou para ela como se fosse dizer algo, mas mudou de ideia e apenas pegou o relógio e saiu sem olhar para ela.
Ela rapidamente saiu da cama e o seguiu, alcançando-o no topo das escadas.
"Octavio," ela gritou. Ele parou e cuidadosamente voltou-se a ela. "O que está errado com você?" ela disparou, ficando irritada com sua atitude desde após o casamento deles.
"O que você quer?" Ele perguntou.
“...saber para onde meu marido está indo,” ela respondeu.
“Olha, mulher, eu não tenho tempo para responder perguntas bobas,” ele respondeu e o rosto dela queimou.
“Perguntas bobas mesmo, você não vai a lugar nenhum até responder minha pergunta, boba ou não,” ela retrucou, colocando as mãos na cintura enquanto ficava na frente dele.
Ele a encarou por um longo tempo e ela começou a pensar que ele não iria dizer uma palavra ou talvez ele finalmente estava intimidado por ela.
Mas ela se enganou, pois ele a empurrou para fora do caminho e desceu as escadas. Ela ficou ali, atordoada e pasma, mas ela não deveria estar, depois do que ele fez logo após o casamento. Ela deveria ter percebido que ele provavelmente continuaria tão esquentado como sempre. Logo ela ouviu o som do carro dele indo embora, e foi quando ela deslizou para sentar nas escadas.
Ela se lembra claramente de como ele havia se recusado terminantemente a ir para a lua de mel.
Sim!! Eles estavam passando a lua de mel em Dubai, em um de seus inúmeros apartamentos. Seu pai teve que ameaçá-lo com a fusão antes de ele finalmente concordar em ir para a lua de mel.
Ela estava tão envergonhada, tanto no casamento quanto em casa, pela forma como ele agia como se não estivesse mais interessado no casamento. Ela se levantou do chão e retornou ao seu quarto. Ao pegar seu telefone, decidiu ligar para alguém que pudesse dar uma pista do que fazer, e sabia quem era a pessoa a contatar.
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O jantar estava esplêndido como sempre e, após uma grande taça de sorvete, decidiram dar um passeio de mãos dadas.
Mariana estava grata pelo fato de Thales não ter se precipitado em qualquer discussão ou mesmo feito uma proposta sobre sexo e tudo mais, não que ela não estivesse disposta, mas ela precisava de tempo para desvendar completamente suas questões de confiança e inseguranças.
"Você está realmente bonita neste vestido," disse Thales enquanto a observava de cima a baixo, "Você sempre foi a mulher mais bonita que conheço, mesmo sem maquiagem."
Mariana revirou os olhos com um sorriso gentil. "Não me bajule muito, Thales, tenho certeza de que você já viu mulheres mais bonitas do que eu, então isso não vai funcionar comigo."
Ele riu. "Eu não estou bajulando você, sim, talvez eu tenha visto muitas mulheres bonitas, mas para mim, você é muito mais bonita do que elas."
Ela sorriu com os elogios encantadores dele enquanto continuavam conversando e rindo de pequenas coisas.
Riram do fato de que ambos adoravam fazer sorvete e também do fato de que sua cor favorita era azul. Tudo sobre eles era tão compatível que os fazia rir como se fosse uma piada muito engraçada.
Logo eles estavam voltando para onde o carro estava estacionado, e Mariana decidiu que era a hora certa para fazer uma pergunta que estava em sua mente há muito tempo.
"Há algo que eu queria perguntar para você," ela disse.
"O que seria?" Ele perguntou.
A expressão dela mudou enquanto pensava em uma maneira de perguntar a ele sem que parecesse invasiva. "Eu só queria saber quando você começou a, sabe..., me amar. Foi depois que eu me casei com Octavio ou antes disso?"
"Eu me apaixonei por você no primeiro dia em que te conheci", ele disse e ela podia ver a sinceridade em seus olhos enquanto ele a encarava. "Foi nesse dia que eu soube que seria você ou mais ninguém."
"Foi por isso que você não compareceu ao casamento?" A voz de Mariana estava carregada de emoção e ela teve que se recompor.
"Sim, eu estava muito magoado com o fato de você estar se casando com Octavio, que eu sabia que de maneira alguma te amava", ele disse e ela sentiu uma sensação estranha quando ele alcançou sua mão. "Quando você se casou com Octavio, eu não queria parecer um mau amigo então decidi tirar umas férias porque não tinha certeza se poderia evitar de fazer algo estúpido. Eu estava realmente apaixonado por você e ainda estou."
Sua confissão enviou um choque em Mariana. Ela abriu a boca para falar, mas nada saiu.
"E quando eu soube que finalmente ia ter uma chance com você, eu simplesmente não poderia deixar essa oportunidade passar. Sei que estou sendo egoísta por não te dar tempo para ao menos se recuperar da sua mágoa, mas só que eu não aguentava mais esperar", disse ele solenemente, e Mariana pôde sentir um nó no estômago.
Quando chegaram de volta ao local onde haviam estacionado o carro, Mariana já tinha se recuperado o suficiente para responder. "Olha, Thales, eu entendo o que você sente por mim, mas eu ainda não consigo definir meus sentimentos por você, e realmente não posso prometer que vou retribuir os mesmos sentimentos que você tem por mim."
"Eu vou esperar, Mariana, até quando for mesmo que seja para sempre", ele disse acariciando o dorso da mão dela. Ela sentiu a química entre eles novamente, mas não tinha certeza de que poderia lidar com isso.
Ela inclinou a cabeça para um lado e o estudou. Havia algo que ela queria, mais como algo que ele precisava saber. "Se eu não tivesse sido tão tola e casado com Octavio, você ainda teria querido algo comigo, já que você sabe",
Meneando a cabeça, ele disse: "Já que eu sei o quê?"
"Que eu era apenas uma simples criada sem classe", ela disse olhando para longe dele.
Ele pareceu surpreso por um momento, mas rapidamente se recuperou e com os dedos fez com que ela olhasse para ele. "Sim, eu teria, eu estava falando sério quando disse que me apaixonei por você no primeiro dia."
Ela sentiu um calor fluindo de seu coração para o resto do seu corpo. Ele era sempre tão sincero que cada vez que ele falava com ela, ela podia ver a sinceridade em seus olhos e sabia que ele estava falando sério sobre amá-la.
"Eu quero que este relacionamento entre nós dê certo", ele se recompose e continua. "Quero te fazer feliz e espero que um dia você considere a possibilidade de passar o resto da sua vida comigo..."
Ela assentiu. "Eu também quero que este relacionamento dê certo, mas não espere demais de mim. Eu já passei por muita coisa, quero ser cautelosa com minhas decisões desta vez, mas nada sério muito rápido", ela acrescentou.
Por dentro, ele se sentiu mal, mas estava feliz que ela estava ao menos lhe dando uma chance.
"Eu vou aceitar o que puder obter, um passo de cada vez apenas para estar contigo",
"Obrigada", ela disse lentamente enquanto eles entravam no carro.
Ele a levou para casa em solemnidade e quando chegaram em sua casa, ela o surpreendeu com um beijo, e depois correu sem olhar para trás.
Ele tocou seus lábios e sorriu, foi só um selinho, mas seus lábios ansiavam por mais. Droga. Mariana seria sua perdição. Ele continuou pensando nela durante todo o caminho para casa. Ele entrou em seu carro e dirigiu para casa.
Mariana sorriu e corou ao mesmo tempo enquanto pensava em seu tempo com Thales. Ele a fez tão feliz. Ele a fez sentir-se realmente bonita e ela estava começando a identificar seus sentimentos.
Sim! Finalmente, ela estava pronta para aceitá-lo com todo o seu coração. Ela estava apaixonada por ele e não podia mais negar esse fato.
Meu Deus! Ela estava apaixonada por Thales. Era isso, o sentimento indescritível, a maneira como ela sentia falta dele quando ele não estava por perto, a maneira como suas carícias a excitavam de um jeito que nenhum homem jamais conseguiu... ela não sabia como aconteceu, mas tudo o que sabia era que estava apaixonada por ele.
AI, que delícia!! Foi bom finalmente admitir que estava apaixonada por ele.