Ela ficou embevecida olhando para ele enquanto ele tirava sua jaqueta do smoking e a envolvia nela, enquanto suas mãos percorriam seu corpo por um momento. Ele tirou os olhos do corpo dela e ela quase o mandou não fazer isso, ela se arrepiou levemente ao sentir o calor onde ele havia colocado as mãos, deixando-a.
"Você ainda está com frio?" ele perguntou.
"Não, mas é melhor irmos" ela respondeu nervosa. Ele concordou, abriu a porta do lado dela e ela entrou no carro ainda envolvida em sua jaqueta. Ele caminhou até o lado do motorista, entrou e ligou o carro, saiu da garagem e entrou na rua vazia. Ele deu uma olhada nela e viu que ela parecia mais confortável.
"Você está melhor agora?" Ele perguntou com preocupação e ela sorriu para ele.
"Sim, estou, obrigada por isso," ela disse colocando a mão na jaqueta.
"Não foi nada", ele respondeu.
"Acho que vamos chegar atrasados para a festa," ela expressou sentindo-se culpada, sabendo que era parte do motivo do atraso.
"Sim, mas melhor tarde do que nunca," concordou Thales com um sorriso presunçoso no rosto.
"Com certeza," Mariana disse imaginando o que Jennifer faria com eles se perdessem a despedida de solteiro. Ela riu ao imaginar isso.
"Qual é a graça?" Thales perguntou enquanto fazia uma curva à esquerda entrando na rodovia.
"Ah, nada não." Mariana respondeu com o riso ainda visível em seu rosto.
"Então por que você riu?" Thales perguntou divertido enquanto se concentrava na estrada.
"Ah, Thales, você é realmente uma caixa de curiosidades," Mariana disse com um sorriso.
"Sim, mas só quando estou com você" ele disse e ela o encarou surpresa.
Ele sempre parece saber as palavras certas para dizer a ela que a deixavam sem palavras. Por que ele era tão doce com ela? Por que agora, por que neste momento em que ela ainda estava dividida em um casamento que a arruinou? Por que ele estava fazendo ela se sentir como se fosse algo precioso, algo que valia mais do que ela havia sido tratada antes?
"Você pode parar de falar coisas assim?" Ela disse a ele e ele se virou para olhá-la.
"Parar de falar o que?" Ele perguntou, erguendo as sobrancelhas
"Essas palavras que você costuma dizer para mim," ela respondeu, sem saber como explicar
"Palavras como o quê?" Ele perguntou, embora já tivesse uma ideia do que ela estava tentando dizer.
"Você sabe do que estou falando, Thales," Mariana cruzou seus braços diante do busto, olhando para ele com um olhar de 'não aja como se não soubesse do que estou falando' e ele soltou uma risada curta ao perceber a expressão dela.
"O que tem de engraçado?" Mariana perguntou desta vez
"Ah, não é nada," ele respondeu da mesma maneira que ela fez com ele e ela o olhou franzindo a sobrancelha fazendo ele rir ainda mais. Ela virou-se para a janela do carro, olhando para fora, com uma expressão séria. Ele riu bastante enquanto entrava no estacionamento da residência de Santiago. Havia diversos carros luxuosos e raros por todo o caminho. Assim que ele parou o carro, ele se forçou a parar de rir.
"Mariana," ele chamou
"Sim?" Ela respondeu sem olhar para ele
"Por favor, olhe para mim, eu tenho algo a dizer a você," ele disse travando as portas caso ela decide sair do carro agora que eles haviam chegado ao destino, seu rosto estava vermelho de raiva, a aparência de seu belo rosto distorcida pela raiva o fez querer rir, mas ele precisava ser sério ou ela chegaria na festa com o rosto vermelho de raiva e Jennifer iria chutar seu traseiro. Ele realmente não queria que isso acontecesse sabendo o quanto sua irmã era assustadora, ela ainda não olhou para ele.
"Por favor, Mariana," ele implorou, mas ela continuou a ignorá-lo. Droga! ela era uma mulher brava. "Olhe para você, encolhida sem perceber que já chegamos ao local da festa, tentando ignorar minha existência provavelmente com um salto quebrado" ele disse e ela parou por um segundo antes que seus olhos se voltassem para seus sapatos.
"Um o quê?"
"Ah... Eu estava apenas brincando," ele sorriu para ela e ela deu um soco em seu ombro
"F*da-se, Thales! Você me assustou"
"Me desculpe, eu só precisava que você olhasse para mim e talvez ouvisse o que eu tenho a dizer", ela ainda estava tremendo com uma confusão de emoções, raiva e medo.
"Maldito seja, aposto que não vou ter que te ouvir nesse ritmo" Mariana resmungou e Thales sorriu, mostrando seu conjunto completo de dentes brancos.
"Idiota, então, o que você tem para dizer terá que esperar, porque Jennifer está vindo para cá e ela não está sorrindo.
"Droga!" Thales murmurou ao destrancar as portas com pressa para descer, quando percebeu que Mariana não se moveu para descer, ao invés disso, ela estava rindo muito. Ele olhou para a entrada e soube imediatamente que ela tinha pregado uma peça nele e ele havia caído feio.
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Octavio entrou na casa da família de Nelson para buscá-la, pois tinham uma festa para ir. O pai dela, Sr. Vincenzo, havia sido convidado por seus associados, mas havia recusado o convite sob o pretexto de que estava ocupado. Por isso, decidiu que Octavio deveria ir com Nelson para representá-lo na festa.
"Boa noite, Sr. Vincenzo", Octavio cumprimentou ao ver Vincenzo sentado na sala de estar.
"Octavio, você chegou cedo" Vincenzo disse ao colocar seu celular na mesa de apoio sorrindo amplamente para ele. "Por favor, sente-se, Nelson descerá a qualquer minuto de agora, você sabe como são as mulheres e suas maneiras de fazer as coisas"
Octavio acenou com a cabeça, sem saber o que responder. Ele não estava realmente animado com a festa que estavam prestes a ir, já que ainda tinha contusões que foram infligidas a ele pelo babaca no restaurante. Sua cabeça fervia de fúria ao se lembrar da humilhação e vergonha que havia enfrentado por causa do incidente.
A notícia havia viralizado com um vídeo claro para respaldar as alegações da manchete de primeira página do CityLife.
"Jovem empresário briga com estranho por causa de sua ex-esposa".
Droga! aquelas pessoas... ele havia ameaçado processá-los por uma manchete tão estúpida. Eles não conseguiam ver claramente nas fotos que aqueles merdas foram os culpados? Ele ouviu sons de passos vindo das escadas e olhou para ver Nelson vestida lindamente como sempre, enquanto descia a escada majestosamente, ela era realmente uma bela dama, apesar de ainda ter um rosto inchado que se recusava a diminuir, apesar disso, não a fazia parecer feia. Ele se levantou e caminhou até ela no pé da escada, segurando suas mãos onde seu anel de noivado brilhava lindamente.
"Você está linda", ele elogiou enquanto depositava um beijo no dorso de sua mão.
"E você não está nada mal", ela respondeu com um sorriso encantador.
"Vocês dois já estão atrasados para a festa, deveriam ir agora", Vincenzo disse enquanto eles se despediam e iam para onde Octavio havia estacionado seu Lamborghini. Eles entraram no carro e partiram para a festa, enquanto Nelson se gabava de que seriam o casal mais elegante e bonito da festa. Octavio não disse nada, mas no fundo sabia que ela estava certa.
Chegaram à festa em pouco tempo e Octavio se surpreendeu com a quantidade de carros caros e o grande edifício bem à frente deles. Era uma casa muito grande e luxuosa que estava decorada com flores desde o portão até a entrada do edifício. Uma grande estátua ficava na fonte de água no meio do espaçoso pátio, a estátua era feita de ouro.
"Uau, devo dizer que estou impressionada com este prédio. Quando o papai me falou sobre representá-lo numa festa de amigos, pensei que seria um tédio, por isso sugeri que você me acompanhasse, mas pelo que estou vendo, esta vai ser uma festa clássica", comentou Nelson enquanto olhava ao redor do prédio que emanava riqueza.
Eles entraram e viram um homem de pé na entrada vestido formalmente.
"Boa noite, posso ver o seu convite?" ele perguntou educadamente e Nelson tirou o cartão encrustado de ouro que o pai dela havia lhe dado.
"Pode entrar", o homem disse devolvendo o cartão enquanto eles iam adentrando para serem parados por outro homem jovem com um ar realmente sério, parecendo um segurança, que escaneava procurando por armas. Isso deixou Octavio realmente irritado, especialmente quando o jovem tentou tocá-lo em nome da busca.
"Tira as mãos de mim!" ele disse friamente.
"Senhor, este é um protocolo que preciso seguir à risca", disse o jovem olhando sério.
"Se você encostar essas mãos sujas em mim mais uma vez, quero que saiba que vai se arrepender pelo resto de sua vida miserável!" disse Octavio, ainda mais friamente, sua voz carregada de raiva e a fúria escurecendo perigosamente seus olhos.
O jovem, que parecia mais um segurança particular, permaneceu imóvel diante do olhar gélido característico de Octavio, encarando-o à medida que respondia friamente, porém com mais cortesia.
"Não posso deixá-lo entrar até que seja revistado, por favor, não se ofenda, é apenas uma rotina normal pela qual todos passam".
Assim que essas palavras saíram de sua boca, Octavio o mandou voar para trás com um soco direto, enquanto Nelson sorria maliciosamente como a tentadora maléfica que era.