No breve instante em que viu os sinais de fraqueza de Thea, Barbara usou toda a sua força e empurrou Thea para trás, fazendo-a cair no chão. Sua peruca preta caiu, deixando seus cabelos loiros desgrenhados.
"Sua estúpida!" Thea tentou se levantar, mas caiu de novo, pois seu joelho estava deslocado.
Barbara olhou por um momento para o homem com um boné de beisebol, que ela não reconhecia. "Obrigada", ela sussurrou com a voz embargada pelas lágrimas.

Depois de agradecer ao homem, ela respirou fundo antes de correr em direção à saída lateral, querendo deixar aquele lugar para sempre. Era muito arriscado ficar mais tempo naquele Café Amber.
Ela ignorou os gritos de Thea, que parecia uma louca, "BARBARA!!"
Barbara não iria perder mais tempo naquele lugar. Ela precisava sair rápido desse jardim de flores.
'Nadia só precisa encontrar outra maneira de me entregar os documentos', pensou Barbara, enquanto corria sem rumo uma vez que saiu do Café Amber, que dava para o Jardim Rosaline. Ainda estava cheio de visitantes.
Ela estava se esforçando para seguir em frente, com os braços protegendo o corpo. Sentindo-se um tanto tonta, ela não conseguia ver para onde estava indo e estava um pouco desorientada. Caminhando para frente, balançando o corpo de um lado para o outro, ela esbarrou acidentalmente em um casal que gritou com ela com raiva.
"Ei, preste atenção! Você é cega? Não viu minha namorada aqui?! Mulher estúpida!" O homem estava furioso, protegendo a namorada que Barbara achou que havia visto beijando há pouco tempo.

O sol brilhava forte na tarde turvando a sua visão. Apertando os olhos, Barbara tentou olhar para o homem que estava a sua frente.
O homem a empurrou, fazendo com que o seu chapéu caísse e revelando seu cabelo ruivo que caía sobre seus ombros. Ela ficou assustada com a exposição e começou a procurar pelo chapéu que usava disfarçada. "Oh, não, não, não.."
Sua voz doce fez a mão do homem congelar no ar. Ela ouviu o homem chamando-a. "Barbara? É você?" Ele perguntou com a voz trêmula.
Ao ouvir aquela voz novamente, o coração de Barbara pulou. Ela estava de costas para ele após recolher seu chapéu no chão.

Virando-se devagar, Barbara piscou repetidamente para ajustar a visão embasada e viu olhos familiares que ela sentia falta todos os dias, esperando que ele a assumisse, "Colin?" Sua voz era fraca, não acreditando que ele estivesse de pé diante dela.
"Barbara? Você está.. você está.. (engasgando-se um pouco)... viva? Como.. como isso é possível?" Ele deu alguns passos para se aproximar, mas a cada passo para a frente, Barbara recuava dois passos.
"Barbara... sou eu, Colin. É realmente você?" Colin perguntou com lágrimas descendo pelo seu rosto.
Por um momento, Barbara quis correr em direção a ele, abraçá-lo bem apertado, aninhando o rosto no pescoço dele, querendo que ele a levasse para casa e fizesse todos os seus problemas desaparecerem. 'Não seria o final perfeito?'
Mas, o destino não estava sendo gentil com ela naquele dia. Atrás de Colin há uma mulher cuja mão ele ainda segura firmemente. A mulher que ela um dia chamou de melhor amiga, sua prima... que era para ser a madrinha do casamento de Barbara.
Essa mulher era a mesma pessoa que Colin havia beijado e protegido de qualquer dano, "Chelsea?"
A voz de Barbara estava entrecortada por lágrimas enquanto ela fungava para afastar as lágrimas,"Você estava com Colin todo esse tempo, não estava? Me diga..(Barbara prendeu a respiração) há quanto tempo vocês dois têm dormido juntos.. (Barbara exalou).. pelas minhas costas?"
Suas palavras deram um choque em Colin. Ele tinha esquecido que ainda estava segurando firmemente a mão de Chelsea. Imediatamente, Colin soltou a mão de Chelsea e tentou segurar a de Barbara, "Barbara, querida, por favor, me escute-"
Barbara empurrou a mão dele para longe e deu alguns passos para trás olhando de Colin para Chelsea, "Eu confiei em você... Eu aposto que você estava rindo de mim pelas minhas costas enquanto vocês estavam transando!"
"Não... Barbara. Não é assim-" Chelsea tentou explicar, mas ficou chocada quando Colin repreendeu ela com raiva.
"CALE A B*CA, FIONA!" A voz de Colin era tão alta que assustou ambas as mulheres e alguns visitantes ao redor. "Barbara, você precisa confiar em mim. Ela não significava nada para mim. Nós... (ele engoliu a saliva) ... foi um erro. Eu pensei que você estava morta. Eu lutei por você. Isso me deixou louco. Querida... volte para mim"
'TAPA!'
Barbara levantou a mão bem alta e deu um belo tapa em Colin, "Você me dá nojo! Primeiro você teve Laurel... depois Chelsea? Com quantas garotas você dormiu, Colin? Eu fui dada como morta por menos de três meses. É assim que você luta por mim?! Seu pervertido doente!"
Barbara empurrou o peito de Colin várias vezes com raiva, socando-o enquanto chorava, "Aaaarrgghh! Isso é tudo culpa sua! Por que você teve que dormir com a Laurel!"
Barbara estava em lágrimas. Enquanto Colin tentava abraçá-la, ela o empurrou com força, fazendo-o cair no chão, "Nunca mais me toque!"
E quanto a Chelsea que ficou sem palavras, tremendo de culpa, Barbara apontou um dedo para ela, "Chelsea Fuller, nós não somos mais amigas. Você está morta para mim!"
Barbara então saiu correndo, deixando os dois para trás, sem querer nunca mais vê-los novamente. "Merda de hormônios da gravidez!"
Com pesadas lágrimas escorrendo pelo rosto, ela correu sem saber para onde ir... até que esbarrou no peito duro de um homem que usava uma camisa rosa claro.