Deitada na cama dura em um quarto que parece ter um terço do tamanho do closet de Barbara, ela suspirou. Sentia-se um pouco sufocada estando na pequena sala lotada de móveis.
Ela não tinha ideia do que fazer enquanto esperava o carregamento do seu telefone. Então, Barbara tentou fechar os olhos para dormir.
Sempre que fechava os olhos para dormir, a imagem do desconhecido bonito beijando-a aparecia em sua mente. Barbara nunca havia sido beijada daquela maneira. Foi emocionante. Ela sentiu-se culpada por ter tais sentimentos pelo estranho que a desvirginou.

'Posso mesmo chamar isso de estupro.. quando eu.. gostava dele tocando em mim?' Barbara sentia-se em conflito.
Ela deveria se sentir com raiva, chateada, frustrada.. mas o que ela sentia agora era satisfação. Sem dúvida ela foi drogada na noite passada, mas houve momentos em que ela estava realmente acordada enquanto ele explorava seu corpo, fazendo-a sentir-se realizada. Foi a primeira vez que ela experimentou o que chamavam de clímax. O estranho atraente foi gentil com ela.
Fechando os olhos novamente, Barbara tentou esquecer o belo homem com quem dormiu. Ela esperava que seus caminhos não se cruzassem de novo.. pois sentia que se derretia em seus braços se ele a tocasse de novo.. ou explodiria de emoção.
'Maldito corpo.. você deveria parar de desejar um estranho.. um estranho quente. Urrgghh.. o que está acontecendo comigo?' Barbara pensou. Seu corpo começa a se sentir estranho novamente quando pensa no estranho atraente do quarto 333.
A porta do pequeno quarto se abre após algumas batidas serem ouvidas, "Sua Alteza Real.. posso entrar?" A velha senhora que a ajudou no hotel aparece perto da porta.
Barbara se sentou e arrumou seus cabelos desgrenhados em um coque sem usar nenhuma presilha. Então ela sorriu, "Você pode entrar"

A velha senhora entrou com outra mulher que parecia com ela. A outra mulher carregava uma bandeja de comida que parecia ser sanduíches e sopa quente.
"Sua Alteza Real.. aceite minha humilde comida preparada para você. Não é muito, mas espero que aqueça o seu estômago por um tempo até que a ajuda chegue para você" a mulher que carregava a bandeja disse educadamente e colocou a bandeja de comida ao lado de Barbara.
Barbara assentiu e estendeu a mão para experimentar a sopa de tomate que parecia deliciosa, "Hmmm.. isso cheira bem" mas Barbara parou antes de comer. Ela entregou a colher para a mulher mais jovem provar primeiro. É o protocolo caso alguém tente envenená-la.
A mulher assentiu e comeu duas colheres de sopa e cortou um pequeno pedaço do sanduíche para comê-lo.. provando que é seguro consumir.

Barbara sorriu, "Obrigada. Ah, por favor, me chame.. Barbara"
A mulher mais jovem balançou a cabeça, "Não.. eu não posso fazer isso. Você é uma Princesa. Devo respeitá-la como cidadã de Averna"
"Meus cidadãos me chamam de Princesa Tiffany, mas vocês dois agora são meus amigos. Podem me chamar de Barbara. Minhas ordens... como sua Princesa", disse Barbara enquanto sorria e comia sua sopa.
"Nesse caso... Eu vou obedecer. Ah... Eu fui tão rude por não me apresentar a mim e minha irmã. Meu nome é Michelle, e esta é minha irmã Mira. Mira está me visitando aqui em Averna com o marido dela... enquanto comemoram o 30º aniversário de casamento" disse Michelle, a mulher mais jovem, educadamente.
"Parabéns, Mira... e obrigada por me ajudar a escapar dos repórteres", Barbara disse ao devolver a tigela vazia de sopa para a bandeja.
"Obrigada... hmmm, Barbara. Foi um prazer ajudar você. Nos avise se precisar de algo. Faremos o nosso melhor para ajudar. Minha irmã preparou uma muda de roupas para você. Ela vai preparar um banho quente para você", disse Mira nervosa.
Barbara percebeu o sotaque estrangeiro que Mira tinha e, curiosa para saber de onde ela vinha, perguntou: "Você não é daqui, não é, Mira?"
Mira balançou a cabeça, "Eu sou de Amberose, de um lugar chamado Mystic Town... Já ouviu falar?"
"Sim, já ouvi falar, mas nunca estive lá. Sei que é bem próximo... uma viagem de um dia de carro. Mas, você sabe... não costumo viajar muito, a não ser por deveres oficiais", disse Barbara começando a cortar o sanduíche em pedaços menores para comer.
"Como está a comida?", Michelle perguntou sorrindo esperando por uma avaliação positiva.
"Está deliciosa. Você é uma Chef? Se é... Eu adoraria te contratar para cozinhar para mim", Barbara sorriu com um pedaço do sanduíche ainda na boca.
"Oh... você ouviu isso, Mira? A Princesa quer que eu seja a Chefe dela. Eu devo estar sonhando!", Michelle ficou vermelha e enxugou algumas lágrimas. Isso surpreendeu Barbara, vendo Michelle chorar.
"Eu não pretendia fazer você chorar. Mas, estou sendo honesta aqui. O sanduíche de salmão está incrível", Barbara pegou o último pedaço e suspirou de contentamento.
"Michelle aqui tem um pequeno restaurante ao lado da casa dela. Ela serve os pescadores aqui e alimenta os pobres com as sobras no final do dia", Mira elogiou o nobre trabalho de sua irmã mais nova.
"Ah... não é nada. Apenas gosto de ajudar os necessitados o quanto posso. Como você pode ver pela minha pequena casa aqui, eu não sou rica, Princesa. Apenas me sinto abençoada por ter comida suficiente na mesa para alimentar minha pequena família de quatro", disse Michelle, ajudando a tirar o prato e a tigela vazios de Barbara.
"Você é muito nobre, Michelle. Espero que um dia possamos trabalhar juntas para ajudar os necessitados. Posso saber... onde estou, exatamente agora?", perguntou Barbara, pensando que devia estar longe da cidade se estivesse em uma cidade de pescadores.
"Você está em Rivera, Princesa... hummm, Barbara. Desculpe, ainda não me acostumei a te chamar apenas pelo seu nome", Michelle soou nervosa.
"Quanto tempo estive fora do hotel, Mira?" Barbara dormiu no carro desde que deixaram o Hotel Luxe e ela nem mesmo tinha certeza de quem a carregou para este quarto.
"Você está aqui há cerca de um dia. Nós deixamos o hotel ontem ... Barbara" Mira explicou e esperou que Barbara não ficasse brava por terem a deixado tanto tempo nesse quarto pequeno.
"Eu estive fora por um dia e ninguém me procurou?" Barbara repentinamente se sentiu triste e pensou que seu pai, de fato, havia esquecido dela. Ela se sentiu abandonada e perdida.
Pegando seu celular na mesa lateral, Barbara hesitou em ligá-lo. 'Talvez o Palácio não tenha conseguido me localizar porque meu telefone estava desligado. Talvez... eles pensaram que eu estou morta? Ou... meu pai me deserdou quando descobriu sobre eu ter dormido com um estranho atraente ontem?'
Barbara começou a sentir dor de cabeça. Depois de olhar para a tela do celular vazia, ela finalmente decidiu ligar o telefone.
Para sua surpresa ... havia centenas de chamadas perdidas, na sua maioria de Colin. As mensagens eram muitas para ler. Barbara sorriu, 'Alguém se preocupa comigo... mesmo quando meu próprio pai não se preocupa mais comigo'.
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No Palácio Averna, a equipe de segurança do Palácio se dirigiu ao seu Rei para atualizá-lo sobre o status de localização da princesa desaparecida. O sinal de seu telefone piscou em seu scanner de telecomunicações apontando que ela estava numa pequena cidade chamada Rivera.
"Sua Alteza Real.. nós a encontramos!" A notícia da descoberta fez o Rei Matthew se levantar e correr para a saída.
Antes de sair da sala, ele se virou imitando raiva para sua esposa e enteadas. "Isso não acabou! Eu vou lidar com todas vocês mais tarde!"