Capítulo 28
2810palavras
2024-03-05 02:06
Fragmentos de uma alma
Acordei com a Lucy agitada, passei a mão ao lado mas o Matt não estava.
"Vagabunda" disse a Lucy e sabia que a Broke estava por perto, sai do quarto e ouvi pelo corredor no escritório do Matt vozes altas.
–...será bom pra ela também, ela saberá como funciona nosso trabalho, acorda Matthew isso nao é proteger é manter as cega– disse a Broke irritada
– Está louca se acha que vou por ela em risco, eu morro antes disso– ele retrucou.
– Não há riscos ela estará comigo, a não ser que você não confie em mim….Oi Aurora – disse a Broke me pegando em flagrante atrás da porta meio aberta, eu corei e terminei de abrir a porta.
– Sinto muito não quis fazer isso – eu disse e Matt me chamou, eu me aproximei e ele me sentou no seu colo e cheirou meu pescoço.
– Você pode ir Broke – ele disse sem olhar para ela – Agora!– ele disse rispidamente sem deixar vestígios para uma discussão.
– Aurora, quer fazer uma missão comigo ?– perguntou a Broke e o Matt rosnou – é um laboratório abandonado não haverá perig…
– NÃO Broke, não colocará minha mulher em perigo esqueça – disse um Matt furioso.
– Eu quero ir – Olhei para ele e o memso me retornou um olhar irritado.
– É perigoso princesa – respondeu ele maneirando o tom da voz.
– A Broke estará comigo, não haverá problemas, certo ? – perguntei olhando para ela, que afirmou a cabeça, Matt bufou derrotado, depois olhou para a Broke deixando vazar a aura de Deemon e disse
– Pela lua Broke, se ela voltar com um arranhão eu deixo o Deemon lidar com você.
– Pela Lua minha vida antes dela, eu vou cuidar dela não se preocupe– respondeu ela virando-se para mim ela disse – se arruma gostosa, saímos em 5 minutos – e ela sumiu, eu fui levantar mas Matt segurou meu braço e me puxou para seu colo enquanto massageava meu seio dentro da roupa, gemi e esfreguei meu traseiro nele, ele colocou a mão dento do meu short e me encontrou encharcada e começou a me masturbar.
– Eu sei o que você está fazendo…mas mesmo que eu pule no seu pau aqui e agora..Ah…eu ainda vou com ela – falei ofegante e ele parou, puxou a mão e lambeu os dedos olhando para mim.
– Dessa forma você ficará com saudades e vai voltar mais rápido, minha mulher insaciável – sussurrou ele e beijou minha cabeça, me deixando tonta e com tesão me levantei cambaleando e saí do escritório dele.
Exatamente 5 minutos depois chega a Broke e eu já havia tomado banho gelado rápido, e estava pronta com meu uniforme dos assassinos, regata com abertura na coxa, bermuda, minha bota e claro minha faca que eu não desgrudava, ela chegou eu estava amarrando o cabelo ( ou pelo menos tentando amarrar) ele estava enorme e era difícil fazer um rabo de cavalo.
– Você devia cortar essa coisa – Disse a Broke.
– E eu quero muito cortar mas eu não consigo fazer isso – era o que me restava do Liam e mesmo que eu não o amasse como antes ele ainda tinha um lugar no meu coração – Quando tudo isso acabar eu vou tentar cortar – respondi mais para mim do que para ela, ao terminar ela nos transporta para um hospital abandonado, os corredores tinham muito produtos hospitalares, quartos repletos de máquinas e monitores cardiacos, a evacuação foi recente as plantas não invadiram ainda, me virei curiosa para broke.
– Onde estamos Broke ? – o eco da minha voz no corredor vazio trazia uma sensação de terror.
– Na parte da nossa história que ninguém vai te contar. A parte que eu te prometi, me acompanhe e cuidado onde pisa iremos em todos os andares.
– Eu nunca te contei, mas eu tenho uma irmã – eu nunca vi sua irmã, estranhei mas a deixei terminar– eu morava em um prostíbulo junto com a minha mãe por isso sei tanto sobre a alta sociedade, festas, danças, vestidos, bebidas alimentos caros tudo isso havia lá, muita fartura de dinheiro, mas algum tempo depois minha mãe engravidou novamente e teve que trabalhar o dobro para ter um pé de meia, ela queria sair daquela vida, com a gravidez ela foi ficando cada vez mais doente, quando minha irmã nasceu ela foi nossa luz. Ela era incrível, linda e especial. Mas com a doença da minha mãe não conseguimos sair, ela foi ficando cada vez mais doente até o aniversário de 2 anos da minha irmã onde minha mãe não acordou mais, apos isso acabaram as gentilezas e numa noite acordei e ouvi uma conversa, a dona do bordel vendeu minha irmã para um homem, na mesma noite à peguei e fugimos com as roupas do corpo e uns trocados dado por uma amiga da minha mãe. Eu fui para uma cidade entre as fronteiras, vivi com minha irmã na rua pedindo esmolas por mais um ano, até que eles nos encontraram eu já tinha 13 anos e sabia que havia algum motivo para querer tanto minha irmã. Eles a levaram e me prenderam por roubo nas masmorras da cidade mais próxima, mas Aurora eu nunca roubei nada, algum tempo depois os assassinos negros invadiram a cidade e me acharam, eles tiveram dó e cuidaram de mim, eu contei minha história e disseram que eu deveria treinar com eles e sair em missão e talvez eu encontrasse minha irmã, eu era a única sem linhagem do bando então eles pegavam mais pesado comigo, era um pesadelo, mas eu precisava daquilo então aceitei tudo, alguns meses depois voltei de uma missão devastada pois não consegui nenhumanpista do paradeiro dela ou dos desgraçados, meu mestre Louis me avisou sobre um grupo de degenerados que destruía esses laboratórios e resgataram pessoas, meu enchi de esperança e fui atrás deles. Chegando lá era um monte de adolescentes e crianças em barracas, mas eles eram especiais, instaveis mas especiais eles podiam se teletransportar para onde quisessem. Conversei com vários mas ninguém me respondia nada sobre o lider deles, mas eu não fui embora insisti até que eu vi um homem com 2 metros assustador e percebi que todos seguiam as ordens dele, mas eu sabia que ele não era o líder. Meu choque foi grande ao descobrir que ele seguia ordens de um menino de uns 8 anos, achei absurdo mas era verdade o menino tinha no máximo 8 anos, andava com os olhos vendados e era cheio de marcas pretas como escrituras pelo corpo, me aproximei e contei minha história diretamente a ele que não disse uma palavra apenas chamou o grandão e sussurrou em seu ouvido e o grandão mesmo me disse que ajudaria como pudesse. Eles me levaram para uma sala de registros, os documentos la foram roubados dos laboratórios que eles invadiram , havia algumas pastas com crianças que tinham a idade da minha irmã mas nenhuma era ela. Disseram que haveria outra invasão, em algumas semanas, mas pelas informações que eles tinham não era lá também, passei dias naquela sala vendo papelada buscando qualquer informação sobre as pessoas que a levaram, inclusive tudo o que eu descobria eu ensinava o gigante. Eu não parei de me exercitar acabou se tornando minha fuga de tudo isso, alguns meninos me seguiam onde eu fosse e o que eu fizesse e começamos a treinar juntos, cada dia aumentava a quantidade de meninos treinando, era bom para eles uma distração pelo menos mas eu percebi que eles sempre tinham olhares distantes, alguns paravam do nada e começavam a chorar, outros desmaiavam sem motivo. Não sabia o que havia acontecido mas esses meninos estavam quebrados Aurora, crianças quebradas, eu tive pena deles eram crianças de no máximo 16 anos, nenhum adulto entre eles. Continuei procurando até que um dia achei o homem que comprou minha irmã e a mulher que a levou de mim, eles eram médicos de um laboratório super secreto subterrâneo eles só usavam crianças pequenas, levei a informação ao gigante que era o comandante de tudo e eles fizeram uma reunião com essa informação e decidiram que fariam um reconhecimento e por fim a invasão seria em 2 dias, mas não me deixariam participar, briguei com o gigante punho a punjo para mostrar minha força eu rasguei seu rosto, mesmo assim não permitiram pois eu não tinha a sombra com ela ja era dificil, sem ela era suicídio. Decidi estão fazer uma loucura. Naquele mesmo dia me marquei com aço de firum, fiz a maldição em mim mesma fiquei em coma até o dia da invasão. Me lembro que quando cordei o menino foi quem conversou comigo, ele disse que eles ja haviam ido para a missão e que fariam o possível para salvar a todos, eu me ajoelhei e implorei que eu fosse junto, eu poderia ajudar, mas ele recusou.
Eu daria minha vida por aquela missão se eu pudesse ir, com dó pelo meu desespero o menino vendado cedeu, segurou minha coxa e entramos nas sombras, chegamos e o local já estava um caos, sangue e gritos, vomitei, senti tontura e até me recuperar demorou, estávamos na ala das crianças maiores, um andar por idade, corri vomitando as escadas até chegar no andar das crianças menores. Procurei em todas as salas, todas as crianças estavam em coma induzido mas nao a encontrei, era esse o local, eram essas as pessoas mas não havia sinal da minha irmã, o menino que me seguia o tempo todo estava parado e quieto. Por fim ele só se desculpou mais nada e eu nao sabia se isso significava que ela morreu ou que ela não estava lá.
Gritei com ele, briguei, chorei, implorei por respostas e infelizmente ele me deu. Ele me segurou na coxa e me levou para um local escuro, você nunca viu o inferno até ver esse lugar.
Conforme andávamos os sensores ligavam.. Era uma sala enorme cheias de bolhas, se assemelhava a cápsulas só que com pessoas dentro, ou melhor crianças pequenas dentro, o Lugar era cheio delas, algumas estavam em macas de hospital, haviam 6 bolhas em uma maca na outra 8 empilhadas mas o mais assustador era que havia muitas no chão, alguns empilhadas como se fossem qualquer coisa, eu corri para dentro e apesar do lugar ser gigante eu encontrei a minha irmã, ela tinha uma faixa em volta da bolha com o número 7029, ela passou a ser apenas isso um número, ela dormia pacificamente, tentei quebrar a bolha, mas era impossivem eu a chamava mas ela não despertava, continuou dormindo. Eu chorava implorava e gritava para ela voltar, aquele trauma foi tão grande que foi suficiente para despertar minhas sombras, com ela ainda no colo eu mergulhei nas sombras e fiquei lá, não sei por quanto tempo, pareciam horas. Algum tempo depois eu ouvi um choro de criança, quando as sombras se foram o menino estava no chão encolhido com as mãos no ouvido e chorava baixinho.
– Por que fizeram isso, por que não acaba, por que dói tanto.. – ele falava tão baixinho mas eu conseguia ouvir graças as sombras, ao me aproximar ele nos transportou para a área da guerra, alguns andares acima. Haviam corpos de homens em uniformes verdes com capacetes espalhados pelo chão, mortos, muitos domadores de sombra machucados, o menino deu um grito de desespero enquanto chorava e todos os outros domadores de sombras pararam e se jogaram no chão ou se espremeram nas paredes, e nesse momento um silencio se espalhou, eu não poderia descrever o borrão preto que saia dele, mas posso afirmar que sozinho ele destruiu uma frota inteira de homens com trajes de guerra, transformou eles em sangue, ele permaneceu no chão chorando e repetindo as palavras, mas ninguém ousou se aproximar, todos tinham medo dele. O mais próximo a mim era o gigante que agora tinha varios cortes pelo corpo, dei minha irmã a ele e prometi um inferno se algo acontecer a ela. Me aproximei do menino peguei ele no colo sem relutância e o acalmei no ombro, ele era muito pequeno e muito magro, quase não fiz esforço, depois que ele se acalmou e ele dormiu no meu colo todos se moveram, voltamos para a cidade das lonas e coloquei o menino para dormir na minha cabana . Levamos as crianças em coma para um galpão enorme que era o hospital temporário deles e os elfos domadores de sombra permaneciam lá para ajudar a curar os jovens guerreiros era o que tinhamos de mais perto de medicina. As crianças na bolha ficariam no laboratório ate arrumarmos um lugar para elas. A pior parte foi descobrir que todos na bolha de água eram suicidas amaldiçoados, seus corpos foram muito machucados então els areagem assim quando o desejam a morte, mesmo não tendo blisse temos o poder de um, e esse poder é forte o suficiente para se guardar contra qualquer mal.
Mandei uma mensagem para Louis meu mestre dos assassinos explicando a situação e pedindo segredo de tudo, queria que ele mandasse ajuda, comidas, roupas brinquedos mas ele fez mais do que isso, trouxe uma frota com 15 assassinos, 5 mulheres e 10 homens, todos viram a situação e se solidarizaram e decidiram morar aqui e ajudar a construir esse lugar.
Os assassinos juraram lealdade ao menino das sombras e passamos a trabalhar para e por ele, logo depois vieram mais assassinos e com o ganho das missões nosso pequeno acampamento conseguiu dinheiro e ajuda para se erguer, mas minhas missões à capital eu recusava dinheiro e em troca trazia tâmaras pois eram as preferidas do menino. finalmente pouco depois transformamos aquele lugar em um lar, os pequenos passaram a ter infância e a cuidarem de si, as poucas meninas finalmente saíram das sombras. O pequeno líder de olhos verdes se livrou das vendas e viu como o mundo pode ser lindo, começou a crescer igual a uma criança.
Fiz o possível para transformar aquele lugar nas coisas boas que eu conheci na infância, festas, brincadeiras, comidas e doces que as crianças amavam, o pequeno lider que tinha enormes olhos verdes e lindas bochechas coradas perdeu os dentes da frente e estava muito engraçado e fofo, ele era meu maior seguidor onde eu ia ele ia atrás, ele não dormia se não fosse comigo até o dia que conheci o Deemon, ele me disse que cuidaria de mim se eu cuidasse do moleque e eu jurei minha vida a ele.
Os dias mais felizes foram os dias em que os meninos viraram homens e começaram a ganhar seus lobos e os demais seres seus poderes, eles agora podiam chegar aos 18 anos, nos laboratórios ninguém chegava a essa idade. Em menos de um ano construímos a cidade, alguns visitantes indesejados tentaram conhecer nosso lugar, mas todos estavam quebrado ninguém queria visita por isso construímos uma muralha tão grande e forte que nenhum mortal poderia ultrapassar. Deixamos um lado inteiro da cidade para as cápsulas de bolha com os pequenos pois temos esperança de que voltem, minha irmã está lá hoje, nós chamamos o lugar de galpão da esperança.
* Eu preciso ir lá* disse a Lucy, e eu a repreendi por isso, aquele lugar era sagrado para eles, não poderia se tornar uma das piadas da Lucy.
– O que houve com os assassinos? – perguntei com a voz rouca de chorar
– Morreram em missões um a um, perdemos muitos desde que decidimos fazer isso, continuamos fazendo isso até hoje, so vamos parar quando acabar nosso número de refugiados não para de crescer com ajuda da capital temos especialistas apenas para cuidar de todosque chegam.
– Quem fica no Galpão da esperança – perguntei
– Não posso te levar lá, esse lugar é uma ferida para nós, temos seguranças que fazem rondas e cuidam do local, as crianças ganharam nomes e são mantidas com cuidado, para quando acordarem perceberem que são amadas e que eram esperadas. – Ela disse isso com lágrimas nos olhos e foi a primeira vez que a vi chorar – Além de mim só mais uma pessoa visitava aquele lugar.
– Qual é o nome da sua irmã?– perguntei, soluçando enquanto tentava engolir a bola enorme na minha garganta.
– Aurora, o Bloop era mantido em um laboratório e diariamente as vitimas eram afogadas numa tentativa de invocar as sombras, e toda vez antes de desmaiar ele lia um código no fundo da piscina B L 0 O P
O Caius levava choques todos os dias, os carrascos se chamavam de Caius.
Shadow tinha medo do escuro.
Minha irmã… bem a minha irma se chama Broke, transformamos nossos temores em força.